Zé Cocá cita exemplo do PV em Jequié e defende autonomia do PP nas eleições de 2026 mesmo diante de federação com o União Brasil

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), defendeu que o PP tenha autonomia para decidir seus rumos eleitorais em 2026 na Bahia, mesmo após a oficialização da federação nacional firmada com o União Brasil, que será comandada na Bahia pelo grupo liderado por ACM Neto. Em conversa com o Política Livre, ele lembrou que o partido no Estado sempre teve histórico de independência e não deveria abrir mão dessa tradição.

“Creio que o melhor caminho seria o PP da Bahia ser liberado pela Executiva nacional para ter autonomia. Acho que vai acabar acontecendo isso em alguns casos. Veja que em 2024, na eleição em Jequié, o PV apoiou a minha reeleição, mesmo contrariando a posição da federação que o partido forma com o PT e o PCdoB. Questões regionais e locais precisam ser respeitadas”, pontuou o prefeito.

Em 2024, a federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, apoiou oficialmente a candidatura de Alexandre da Saúde (PSD) a prefeito de Jequié. Os “verdes”, no entanto, abriram dissidência e ficaram ao lado de Cocá, mesmo que extraoficialmente. O movimento contou com o aval do presidente do PV baiano, Ivanilson Gomes, que é aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

No plano estadual, a bancada do PP na Assembleia Legislativa e boa parte dos prefeitos da sigla estão hoje na base de Jerônimo. Cocá, que apoiou ACM Neto no pleito de 2022 para o Palácio de Ondina, hoje está mais próximo do governador. Além disso, o presidente da legenda na Bahia, deputado federal Mário Negromonte Júnior, se posicionou contra a federação e também prega a autonomia em 2026.

Zé Cocá voltou a dizer que deve se posicionar sobre quem irá apoiar em 2026 para governador até o final deste ano. Ele garantiu que não está conversando ainda com Jerônimo ou com ACM Neto sobre as próximas eleições. “Meu diálogo com o governo tem sido institucional, buscando atrair investimentos para Jequié e toda a nossa região. Claro que se as coisas avançarem, isso deve se refletir em um apoio eleitoral”, declarou.

O prefeito de Jequié afirmou, ainda, que não pensa em deixar o PP. “Estou confortável sobre isso porque não sou, a princípio, candidato a nada em 2026. Claro, se houver algum convite para compor uma majoritária, vamos analisar todo o cenário”, concluiu.

Política Livre

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