Prefeito do União Brasil descarta aproximação com Jerônimo em troca de obras: “não me vendo”; assista


Em meio aos movimentos de aproximação de prefeitos à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o gestor de Conceição do Coité, Marcelo Araújo, fez um duro discurso na Câmara de Vereadores do município rechaçando a possibilidade de abrir conversas para apoiar o petista em troca de obras e investimentos.

Araújo é filiado ao União Brasil, legenda de ACM Neto, principal nome da oposição na Bahia.

“Algumas pessoas chegam para mim e falam: ‘prefeito, por que o senhor não procura o governador do Estado? O governador do Estado está dando tudo. Se o senhor procurar o governador do Estado, pode ter certeza que ele vai dar o que o senhor pedir para Coité’. E eu falo a quem me procura e diz isso: eu não me vendo”, afirmou.

Segundo ele, as demandas da cidade já são conhecidas da gestão estadual, que tem entre os seus aliados um deputado de Coité, fazendo uma menção indireta ao deputado Alex da Piatã (PSD).

“O governador do Estado sabe das necessidades do povo de Coité. O governador do Estado tem um deputado da bancada dele, terceiro mandato se não me falhe a memória, que sabe todas as nossas necessidades. Não precisa que o prefeito vá se humilhar e pedir coisas para Coité, porque ele sabe”, emendou, ao elevar ainda mais o tom.

“Se ele [Jerônimo] quisesse fazer, ele faria. Mas por que ele não faz? Porque ele quer negociar. E eu não negocio princípios, eu não negocio valores. O que está em jogo não é somente a governabilidade de Coité, o que está em jogo é o futuro da Bahia, é o futuro do Brasil”.

Marcelo Araújo aponta ainda que aspectos que considera críticos na gestão Jerônimo inviabilizam a aproximação com o grupo petista.

“Eu não posso negociar uma escola para apoiar o governador que tem a pior educação do Brasil. Eu não posso apoiar, em troca de uma pavimentação asfáltica, um governador que tem a pior segurança pública do Brasil, onde os nossos filhos não podem sair às ruas. O índice de homicídios na Bahia é o pior de todos. Como é que eu posso aceitar isso? Por questão política, por conveniência política, é por isso que esse Brasil está onde está”, completou.

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