Hugo Motta diz que não ‘funciona sob ameaça’ ao comentar sobre Eduardo Bolsonaro
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não funciona sob ameaça ao responder sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que comanda nos EUA uma campanha para punir autoridades brasileiras com o objetivo de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu sob acusação de golpismo.
Eduardo já afirmou que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), podem ser alvos da Lei Magnitisky, como o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
“Não levo muito em consideração essas ameaças, porque, primeiro, não funciono sob ameaça. Então, para mim, isso não altera nem o meu humor, nem a minha maneira de agir”, afirmou ao blog da Andréia Sadi, no G1.
Na semana passada, Motta enviou denúncias contra Eduardo para o Conselho de Ética, seguindo o trâmite previsto nas regras da Câmara. As representações, que acusam o deputado de usar o mandato para agir contra o país, foram protocoladas pelo PT, pelo PSOL e por parlamentares petistas.
“Temos dito que o deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como todo e qualquer deputado, obedecendo ao regimento da casa. Nem haverá privilégio, nem também haverá o interesse de prejudicar. Nós temos que saber separar as coisas, porque o papel do presidente da Casa é agir com muita imparcialidade. Nós temos que ter a condição de conduzir com muito equilíbrio para que a Câmara possa estar focada naquilo que realmente interessa, que são os problemas do nosso país”, disse ainda.
Na quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e Eduardo sob suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista. O relatório final da investigação, entregue ao tribunal na sexta-feira (15), afirma haver indícios de que os dois cometeram crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.
Nos últimos dias, Motta vinha criticando Eduardo Bolsonaro em entrevistas à imprensa.
“Não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas tragam danos à economia do país [de origem]. Isso não pode ser admitido”, afirmou, referindo-se ao tarifaço, em entrevista à Veja.
Eduardo se licenciou do mandato para viajar aos EUA, mas a licença se encerrou em 20 de julho e, desde então, ele tem faltado às sessões plenárias. A Constituição estabelece em seu artigo 55 que perderá o mandato o deputado ou o senador que faltar a um terço das sessões ordinárias do ano, salvo licença ou missão oficial.
Eduardo não perderá o mandato em 2025 por excesso de faltas mesmo que deixe de comparecer sem justificativa a todas as sessões até o fim do ano. A punição só é possível a partir de março de 2026, quando a Câmara analisa as faltas do ano anterior.
Carolina Linhares/Folhapress
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Siga-nos
Total de visualizações de página
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Publicidade
Ofertas do Mercadinho Deus Te Ama
Publicidade

Publicidade
Publicidade

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria.