Federação do PP com o União Brasil representa vitória de ACM Neto e deve fortalecer novos e antigos aliados de Jerônimo Rodrigues
![]() |
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto é o governador Jerônimo Rodrigues |
A confirmação da federação entre o União Brasil e o PP, além de representar uma vitória política do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente nacional do primeiro partido e um dos articuladores do movimento, também deve fortalecer o posicionamento (e as pretenções) de antigos e novos aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Como revelou em primeira mão o Política Livre na noite desta quarta (23), a federação será anunciada oficialmente na próxima semana. O comando do grupo no Estado será de ACM Neto. O site apurou que não deve ter efeito prático a tentativa do deputado federal Mário Negromonte Júnior, presidente do PP baiano, de mudar essa configuração. Até porque a Bahia entrou na negociação como uma das prioridades do União Brasil, sob o argumento da candidatura própria a governador, além da questão do número maior de deputados federais.
Ou seja, a exemplo do que já ocorreu em 2022, o PP apoiará, institucionalmente e por imposição nacional da federação, uma eventual candidatura do ex-prefeito de Salvador ao Palácio de Ondina, projeto defendido pelo deputado federal pepista João Leão e por seu filho, Cacá Leão, secretário de Governo da capital e presidente municipal da legenda.
Com isso, Jerônimo e o secretário estadual de Relações Institucionais, Adolfo Loyola, encerraram automaticamente as negociações para atrair o PP de forma institucional à base aliada. Antes, as conversas estavam apenas suspensas. Dessa forma, o governador perde o tempo de TV e o acesso ao fundo eleitoral pepista na corrida pela reeleição, mas os seis deputados estaduais do partido e boa parte dos prefeitos devem trocar de legenda para manter o apoio ao petista.
A avaliação feita hoje por integrantes da base do governador ao site é que, ao perder o PP para ACM Neto, Jerônimo vai buscar reforçar a relação com os aliados mais antigos. Um dos exemplos é o MDB. Os irmãos Vieira Lima, que têm se mantido leais ao chefe do Executivo estadual, não estão dispostos a ceder a vice na chapa em 2026, indicando novamente ao posto o atual titular Geraldo Júnior. E o governador não quer ver outro partido da base migrando para a oposição, o que favorece o posicionamento dos emedebistas.
Há quem diga que até o senador Angelo Coronel, do PSD, pode ser beneficiado. A leitura política, neste caso, é que o governador também vai atuar para evitar um racha com o partido, entretanto essa possibilidade é considera mais remota, diante da boa relação de Jerônimo e dos caciques do PT com o senador Otto Alencar, principal liderança pessedista na Bahia e que tem indicações importantes dentro e fora do governo, inclusive a presidência da Assembleia Legislativa.
Novos aliados do governador também devem ser beneficiados com o PP na oposição. O partido vinha negociando para ficar com o comando da Secretaria de Planejamento, pasta que agora pode entrar na cota do PDT, sigla que deve anunciar no início de maio a adesão ao Palácio de Ondina. Apesar disso, os pedetistas garantem que o acordo com o Palácio de Ondina envolve prioritariamente o fortalecimento da sigla para a disputa das eleições proporcionais de 2026.
O PDT também pode receber deputados que irão deixar o PP, assim como outros aliados mais antigos do governador, a exemplo do PSB, do Podemos, do Avante e do PSD. Essa operação, entretanto, não é fácil, e depende também da chamada matemática eleitoral.
Política Livre
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Siga-nos
Total de visualizações de página
Ouça aqui: Web Radio Gospel Ipiaú
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Publicidade
Faça seu pedido: (73) 98108-8375
Publicidade
Publicidade

Publicidade
Publicidade

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria.