Gleisi vai jantar no restaurante Fasano com integrantes do mercado financeiro

Gleisi Hoffmann discursa após ser reeleita presidente nacional do PT, em São Paulo

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, vai participar de um jantar com clientes da corretora Terra Investimentos no próximo dia 18, no restaurante Fasano, em São Paulo. O encontro será restrito, com lugares reservados apenas aos principais investidores que trabalham com a empresa. A coluna apurou que foram convidados, até agora, 14 clientes da corretora para o jantar.

Gleisi deve levar um assessor da área econômica com ela.

Há algumas semanas o PT vem intensificando seus contatos com empresários e com integrantes do mercado financeiro. A ideia é abrir diálogo e aparar arestas com o setor, hoje refratário ao partido. Com a dianteira de Lula nas pesquisas, uma fila de pedidos se formou para encontrá-lo. O ex-presidente, no entanto, tem feito reuniões apenas pontuais, e com empresários que conhece de longa data, como

Abilio Diniz, do Carrefour, e José Seripieri Jr, da Qualicorp.

Já Gleisi começou a aceitar alguns convites.

Na segunda (4), ela participou de um encontro organizado pelo grupo Esfera Brasil em SP.

Além de João Carlos Camargo, presidente do grupo, estavam presentes empresários como Cândido Pinheiro (Hapvida), Flávio Rocha (Riachuelo) e Eugênio Mattar (Localiza). A presidente do PT levou com ela o economista Gabriel Galípolo, ex-CEO do Banco Fator que passou a integrar o grupo mais próximo de Lula na área econômica. O clima foi de abertura de diálogo, mas com claras divergências, em especial em relação a uma eventual reforma da legislação trabalhista sob um governo do PT.

Gleisi procurou ressaltar que Lula é uma liderança aberta ao diálogo e disse que a condução da economia em um governo petista será exclusivamente dele. Alguns empresários, como Abilio Diniz, relativizaram a crise econômica por que passa o Brasil.
Para ele, a economia está “andando”, e a inflação alta é um fenômeno que penaliza mesmo economias em desenvolvimento.

Galípolo fez o contraponto ao afirmar que o país está chegando a “uma inflação de dois dígitos, com juros de dois dígitos e desemprego de dois dígitos”. Disse ainda que o Brasil está na mínima da série histórica de renda do trabalhador, e também da poupança. As pessoas estão devendo no cartão de crédito para compra de supermercado e, em segundo lugar, pagar as contas de casa.

Mônica Bergamo, Folhapress

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