Governo tenta pescar vice para Jerônimo entre aliados de Neto, mas interesse é maior em cargos e secretarias deixados pelo PP

Foto: Reprodução Instagram/Arquivo
A articulação política do governo estadual lançou uma ofensiva para atrair partidos que estão aliançados com o candidato do DEM ao governo, ACM Neto, sob a promessa de negociar com eles a vice na chapa do petista Jerônimo Rodrigues (PP), além de espaços no atual governo que ficaram vagos com a decisão do PP de romper com o PT e apoiar o democrata.

O objetivo é tentar reverter o impacto positivo sobre a campanha de ACM Neto que a chegada do PP tem causado, mostrando que o grupo governista mantém sua atratividade e, principalmente, passar a ideia de que o nome escolhido pelo PT ao governo, na semana passada, tem a mesma viabilidade eleitoral que o do senador Jaques Wagner, que renunciou à disputa.

O problema, no entanto, é desarmar a desconfiança dos interlocutores no crescimento de Jerônimo, candidato desconhecido do eleitorado e até de uma parcela dos prefeitos. Por este motivo, seus articuladores pretendem condicionar a ocupação das secretarias e dos cargos deixados pelo PP à indicação de quadros à vice pelos novos parceiros.

Entre as legendas definidas como preferenciais para uma conversa sobre o apoio a Jerônimo que hoje estão no time de ACM Neto estão o MDB, dos irmãos Vieira Lima, e o PDT, do deputado federal Félix Mendonça Jr., que desde que virou parlamentar, em 2011, já migrou mais entre os dois grupos políticos do que qualquer outro deputado no mesmo período.

Políticos ligados a ele têm dito, no entanto, que Félix parece mais focado em batalhar para participar da chapa de Neto, cuja competitividade, na avaliação de aliados, se elevou tanto com a agregação do PP como pela escolha de Jerônimo pelo PT, do que em abrir mão da reeleição para virar vice de um candidato cujo sucesso nas eleições de outubro é ainda uma verdadeira incógnita.

Para elevar seu poder de fogo, os emedebistas teriam chegado a discutir com o pedetista para iniciar as negociações de forma conjunta com o governo. Nenhum dos dois partidos, no entanto, estaria disposto a indicar seus melhores quadros, ou aqueles que tenham chance de eleição em chapas proporcionais, para ajudar Jerônimo ocupando a vice do candidato petista.

Política Livre

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