Deputado estadual de Rondônia propõe que polícia esquarteje criminosos

Foto: Reprodução/ALER

Um deputado estadual propôs durante uma sessão da Assembleia Legislativa de Rondônia na última terça-feira (31) que os policiais sejam autorizados a portar facões para “cortar a cabeça do meliante”.

“Cada policial, não andar só com uma arma, duas armas, [mas também] com um facão”, afirmou Geraldo da Rondônia (PSC), ao comentar a morte de um suposto assaltante pela PM. “Quando ele tiver esse ato de bravura, ele vai lá, corta a cabeça do meliante, deixa sem cabeça, sem braço e sem perna”, completou o parlamentar.

Após a declaração, Geraldo se atrapalhou com o termo “regulamenta” e foi socorrido por colegas: “Vamos ver se a gente reg…, relago… Como é que é a palavra? Regulamenta essa lei aqui. Parabéns pra esse policial. Agora, sinto muito de ele não andar com um facão bem amolado e cortar a cabeça, os dois braços e as pernas desse meliante”.

No início da fala, o deputado mencionou o termo “CPF cancelado”, usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus seguidores para se referir à morte de supostos criminosos.

Geraldo da Rondônia acumula problemas com a Justiça. No caso mais recente, em 19 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou seu mandato por irregularidades no financiamento da campanha de 2018 —a cassação não é automática e ainda precisa ser confirmada em outras instâncias. Em nota, o parlamentar diz que vai recorrer da decisão e negou as acusações do Ministério Público de Rondônia.

Em dezembro do ano passado, a bailarina Bárbara Knightz relatou, em redes sociais, que Geraldo da Rondônia lhe deu um tapa e a xingou enquanto ela trabalhava em uma casa de eventos em Ariquemes (RO).

O motivo teria sido a recusa em fazer uma performance exclusiva. O parlamentar, que chamou a acusação de fake news por meio de nota, foi denunciado por lesão corporal e abuso de autoridade.

Em janeiro, Geraldo da Rondônia invadiu uma sala do hospital de Ariquemes com a máscara no queixo e insultou profissionais de saúde, que registraram um boletim de ocorrência.
Fabiano Maisonnave/Folhapress

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