Alvo da PF, secretário do Amazonas alerta para politização da pandemia e pede reação de gestores estaduais

PF cumpre mandado de busca e apreensão no hospital de campanha Nilton Lins
Foto: Divulgação/

Alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (2), o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, enviou mensagem em grupo de aplicativo de gestores estaduais na qual alerta para a politização da pandemia e diz que é necessário que reajam de alguma forma.

Campêlo não foi encontrado pela PF, que o buscava com um mandado de prisão temporária. Segundo o site G1, a PF o procurou em três endereços. Os agentes também fizeram buscas na sede do governo estadual.
Na mensagem aos outros secretários de Saúde, ele diz que estava em viagem. Depois de publicá-la, deixou o grupo.

“Senhores, estava em viagem quando recebi a notícia de uma operação da PF em Manaus. Estou retomando agora para lá. De modo a manter a integridade deste grupo, sairei e aguardarei lá os próximos passos. Deixo o alerta quanto a politização da pandemia, com intenção de mandar a conta aos governos estaduais e especialmente aos secretários. Há de se fazer algo. Boa sorte e sucesso a todos!”, escreveu Campêlo.

Em operação contra desvios de recursos para o combate à Covid-19, a PF cumpriu 25 mandados judiciais na manhã desta quarta-feira (2) em Manaus e em Porto Alegre, incluindo busca e apreensão na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Os contratos sob investigação foram firmados em janeiro deste ano, quando o Amazonas atravessava a segunda e mais mortífera onda de casos de Covid-19.
Os crimes em investigação são de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão, afirma a PF.

Um dos mandados foi realizado na casa do empresário Nilton Costa Lins Júnior, dono do hospital contratado temporariamente pelo governo do Amazonas para tratar pacientes com Covid-19. Os policiais foram recebidos a tiros, mas ele acabou preso.
Painel/Folhapress

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