Derrotado nas urnas em 2018, Aleluia anuncia candidatura, defende filho e não garante ficar com Neto em 22

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados/
Sobre as falas do filho vereador contra o Democratas, José Carlos Aleluia afirmou que tem "fundamento”

Conselheiro de uma empresa federal, José Carlos Aleluia (DEM) disse que será candidato a deputado federal ou a majoritária nas eleições de 2022, e não garantiu a presença no grupo do presidente nacional do DEM, ACM Neto, no próximo pleito. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia divulgada nesta sexta-feira (16), também defendeu o seu filho, o vereador Alexandre Aleluia (DEM), que criticou recentemente a decisão do partido de criar o “Democratas Diversidade”.

Sobre as falas do filho contra a sigla, José Carlos Aleluia afirmou que tem “fundamento”. “Ele diverge das coisas, e tem todo direito de divergir. Um partido democrático é assim. O assunto tem que ser discutido internamente. Quando não é discutido, não é consolidada a posição, todos podem divergir. Não há nenhuma posição consolidada. Ele não criticou nenhuma posição consolidada do partido. Criticou posições de pessoas do partido. Não da Executiva”, declarou. Alexandre afirmou que, com o advento do “Democratas Diversidade”, a sigla estava “virando filial do PSOL”.

Ainda na entrevista, o ex-deputado federal afirmou que, na próxima eleição, pode ter mais de uma candidatura ao governo da Bahia do campo da direita. Além da provável postulação de ACM Neto, segundo Aleluia, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), Alexandre Aleluia ou a médica Raissa Soares podem disputar o Palácio de Ondina nas eleições de 2022. Eles são cotados para representar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na corrida eleitoral.

Na avaliação dele, a eleição presidencial caminha para um embate entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Hoje cada dia mais se consolida uma eleição entre Bolsonaro e Lula. Está claro que isso não é matemático, mas é uma tendência muito forte. Tudo é possível (ao falar de uma terceira via), mas acho que ficou muito apertado, porque Lula cresceu muito, e a tendência é Bolsonaro recuperar depois da pandemia”, pontuou. Questionado se marcharia com ACM Neto em 2022, Aleluia afirmou que hoje é “uma hipótese apenas”. “É uma hipótese apenas. Eu continuo amigo de Neto, gosto dele, tenho uma relação boa com ele. Mas política é outra coisa. Na eleição passada, as coisas foram muito mal montadas. Prejudicou todo mundo do grupo. Foi uma decisão dele. Não foi de uma outra pessoa”, ressaltou.

Na campanha de 2018, ACM Neto provocou uma revolta no grupo político ao anunciar que não seria candidato a governador da Bahia. O anúncio aconteceu no penúltimo dia determinado pela Justiça Eleitoral para se desicompatibilizar da prefeitura de Salvador e entrar na corrida eleitoral. A decisão dele gerou um descontentamento na base política, que condenaram a falta de planejamento na disputa eleitoral, e deputados que não conseguiram ser reeleitos atribuíram as derrotas ao ex-prefeito soteropolitano.
Por: Politica Livre

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