Prefeitos à beira de um ataque de nervos: Covid, comércio e eleições

Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)
Seguramente, 2020 vai merecer capítulos especiais na história de todos os segmentos. A grande maioria, sobre coisas ruins, das quais se tiram lições. É óbvio que prefeitos e vereadores pululam na fogueira (da Covid, ressalte-se). E por isso fica esse abre e fecha do comércio, e o corona indo e vindo.

Veja Feira Santana, a segunda maior cidade da Bahia, situada no estratégico eixo rodoviário com conexões aos quatro cantos da Bahia. Lá, teve o primeiro caso no Estado. O prefeito Colbert Martins (MDB), que é médico, travou. Conteve a Covid. Passou a sofrer pressão do comércio, cedeu. O corona voltou a pleno pique. Brecou.

De Itabuna

A pressão do comércio é compreensível lá em Feira, que é o maior conglomerado comercial do interior baiano. A Covid está matando também muitos CNPJs. É questão de sobrevivência. E os prefeitos, como Colbert, que é candidato a reeleição, ficam nessa pressão: salvar vidas humanas e de CNPJs. E ainda buscar votos.

Assim também está Herzém Gusmão (MDB), prefeito de Vitória da Conquista, o terceiro maior município da Bahia. Levou a coisa no meio termo, dia funciona um segmento do comércio, dia outro, e vai se dando bem.

Mas outros, como Fernando Gomes (PTC), de Itabuna, demonstram cansaço, como fez ao reabrir o comércio segunda.

— A gente fecha e não adianta, os números só sobem. Vou abrir.

Fernando, Fernando… Você já disse que não quer disputar a reeleição, mas no dia 30 próximo completa 81 aninhos. E o corona adora idosos.

Levi Vasconcelos
Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e

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