Objetos das vítimas de crime no ABC são encontrados na casa de suspeito

Reprodução/Record TV
A polícia encontrou objetos da família assassinada no ABC na casa de um homem que foi preso na noite desta segunda-feira (3), suspeito de ter participado no crime. Ele era vizinho da residência onde as suspeitas Carina Ramos e Ana Flávia Gonçalves, moravam há cerca de um ano, em uma comunidade de Santo André. Elas negam o crime e alegam inocência. As informações são da Record TV.

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Já o homem, que é primo de Carina Ramos, confessou o crime, depois que a polícia identificou objetos da família em sua casa. Ele ainda apontou outros duas pessoas que teriam participado do assassinato. Ele se mudou para uma residência próxima a do casal há cerca de um mês. A polícia investiga se eles teriam planejado o crime neste período.

Nesta terça-feira (4) à tarde, mais dois suspeitos foram presos. A polícia chegou a eles a partir do depoimento de Carina na segunda-feira (3).

Carina já havia apontado a participação do homem no crime. Em sua versão, Flaviana Gonçalves entrou na residência da família rendida, acompanhada de três homens. Ela reconheceu um dos assaltantes como



Os homens teriam rendido todos da residência e feito ameaças. Depois do assalto, eles teriam saído com o Carro Jeep da família, junto de Flaviana Gonçalves, de 40 anos, Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, e seu filho mais novo, Juan Gonçalves de 15. Carina e sua namorada teriam saído com um veículo Pálio, na frente do carro das vítimas. Ao deixar o local, ela teria perdido a família de vista.

A polícia considerou o depoimento inconsistente, já que Carina não conseguiu explicar o não envolvimento no crime, e o motivo de ter sido poupada junto com a a mulher. As duas já estão presas temporiamente.

Três corpos carbonizados foram encontrados dentro de um Jeep Compass em uma área de mata na Estrada do Montanhão, área de mata em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na madrugada de terça-feira (28). Quando as equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local, o veículo ainda estava pegando fogo.

Os corpos eram do casal Flaviana Gonçalves, de 40 anos, e Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, e seu filho mais novo, Juan Gonçalves de 15.

A filha mais velha do casal, Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, e a mulher dela, Carina Ramos, de 31, tiveram prisão temporária de 30 dias decretada na noite de quarta-feira (29). A polícia justificou o pedido de prisão alegando contradições no depoimento do casal.

De acordo com a polícia, no primeiro depoimento as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do adolescente no carro, porém, fez a polícia desconfiar da versão. A Polícia Civil já tinha como uma das linhas de apuração uma possível briga familiar. Os pais, segundo os investigadores, não aceitavam o relacionamento da filha com outra mulher.

Investigação

Na primeira visita da polícia à casa onde a família morava, em um condomínio de Santo André, os agentes encontraram o imóvel revirado, além de marcas de sangue pelos cômodos. Os investigadores consideraram estranho a residência estar nestas condições, pois não havia sinais de arrombamento. Do local foram roubados eletrodomésticos, cerca de R$ 8 mil, dólares, joias e uma arma.

De acordo com a perícia, litros de água sanitária e manchas de sangue foram encontrados no quarto do adolescente. Também foram localizadas manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia, a filha.

Uma testemunha que está sendo preservada contou aos policiais que ouviu barulhos estranhos vindos da casa das vítimas. Um laudo preliminar apontou que, antes de terem seus corpos carbonizados, as três vítimas morreram com pauladas na cabeça. Como todos os golpes foram do lado direito, a suspeita é de que o autor seja canhoto.

Um homem de cerca de 1,90 m de altura foi visto por uma testemunha junto com as duas suspeitas, na noite do crime, carregando algo pesado para o carro. O suspeito é um primo de Carina, preso na manhã de terça-feira (4). Em depoimento, segundo a polícia, ele confessou o crime, disse que ele foi premeditado e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.

Segundo o depoimento do suspeito, a ideia do trio era roubar jóias e dinheiro do cofre da casa. O pai e o adolescente estavam em casa, no condomínio de Santo André, com a irmã e a esposa dela quando três suspeitos chegaram e anunciaram o assalto.

Carina teria sido a primeira a ser rendida. Os homens exigiam valores. Pai e filho foram levados para o quarto do adolescente. De acordo com o depoimento do suspeito, os dois foram espancados e torturados enquanto Ana Flávia e Carina ficaram no andar de baixo da casa.

O suspeito revelou à polícia que os dois foram mortos asfixiados depois de apanhar. Já a mãe chegou à casa mais tarde e foi vendada. Como o cofre estava vazio e o dinheiro recebido por Romuyuki não estava na residência, houve uma conversa entre os suspeitos. Naquele momento, segundo a versão do suspeito, as duas autorizaram a morte de toda a família.

Câmeras

As suspeitas sobre a filha ganharam força depois de as imagens da câmera de segurança mostrarem que ela e a mulher estavam na casa na noite do crime. Por diversas vezes, as duas foram flagradas manobrando os carros da família. O carro de Ana Flávia e Carina também é visto entrando e saindo do local várias vezes. Em depoimento à polícia, Carina, que chegou às 20h ao local, alegou ter entrado por volta das 22h. Câmeras mostram que ela usava um casaco com capuz, mesmo fazendo calor, o que também gerou desconfiança da polícia.

Quando o veículo da família deixa o condomínio, por volta de 1h, o carro de Carina e Ana Flávia sai na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados.

Segundo a polícia, ao serem questionadas para onde seguiram após deixarem o condomínio, cada uma das suspeitas disse que se dirigiram a lugar diferente. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico das duas mulheres para analisar sua troca de mensagens.

Lucas Domingos, então advogado do casal, negou qualquer tipo de participação das duas com o crime e disse não ter certeza se há contradições em seus depoimentos.

A polícia investiga as circunstâncias da morte de Flaviana, a mãe. De acordo o primo de Carina, ela não foi morta em casa, mas tiros foram ouvidos antes de o carro ser abandonado em uma estrada de terra de São Bernardo do Campo. Na sequência, o veículo foi incendiado.

A polícia cogita a hipótese da vítima ter sido obrigada a dirigir seu próprio carro com os corpos do marido e do filho. Também está sendo apurada a hipótese de Flaviana ter sido rendida antes mesmo de chegar em casa e de seu corpo ter sido transportado no porta-malas junto com os outros dois. Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o momento da saída do Jeep que, mais tarde, seria encontrado com os três mortos.

Fonte: R7


seu primo, conhecido como "Buiú", carregando uma arma.

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