Com chances de reduzir ainda mais, PSDB eleva o número pré-candidatos em Salvador

Foto: Divulgação
Confirmando a tese de partido rachado, em que nem mesmo a prévia do Congresso Nacional na Bahia, que ocorreu no último dia 29, na Abase, conseguiu reunir toda cúpula baiana, eleva-se cada vez o número de pré-candidatos tucanos. Além do ex-presidente da sigla João Gualberto que retorna do Texas a solo soteropolitano nos próximos dias para tentar retomar as rédeas do processo, já soma-se a ele, além dos deputados estaduais Paulo Câmara e Tiago Correia, que surgiram como resistência ao seu nome, os também deputados David Rios e Marcell Moraes.

Nessa guerra de gigantes, conforme o Política Livre antecipou, Marcell Moraes e Paulo Câmara nos últimos dias anunciaram oficialmente que estão à disposição do PSDB para serem os representantes na disputa pela Prefeitura de Salvador em 2020. Contudo, antes deles, com exclusividade a reportagem antecipou que o campeão de votos em Salvador, atrás apenas de João Isidório (Avante), filho do Pastor Sargento Isidório (Avante), Rios havia sido escolhido como estratégia do grupo para barrar a propagada imposição ao desejo externado de Gualberto de representar o partido nas urnas em 2020, que levou quadros importantes a ameaçar uma futura debandada em massa da sigla. Já havia, inclusive data para o lançamento do seu nome, mas algo teria dado errado.

E o resultado pode ser uma baixa na sigla. O deputado, conforme informações chegadas ao Política Livre, deve entrar na Justiça para mudar de partido sem perder o mandato e concorrer nas eleições de 2020 pelo Patriota e isso já teria sido comunicado ao presidente do PSDB na Bahia, Adolfo Viana.
Confirmando a insatisfação, que na legenda é tida a sete Chávez pelos colegas, Rios, propagou nota atestando que está sendo “alijado” das discussões do PSDB para 2020”.

Conforme ele, já existe , inclusive, uma movimentação de entregar os diretórios municipais a adversários políticos dele em municípios do interior da Bahia, o que contraria a tradição tucana de delegar as negociações para o parlamentar mais votado em cada município. Isso no varejo”, diz o pronunciamento.

David Rios ainda se diz “incomodado com os atos da presidente do diretório do partido de Salvador, Cristiane Correia” e da executiva estadual do PSDB “justamente por ignorarem a representatividade que lhe foi conferida pelas urnas no momento das tomadas de decisões no âmbito do partido”. Rios obteve mais de 36 mil na capital baiana.

Com a bancada de três vereadores na Câmara de Salvador, um com a saída confirmada [ Cézar Leite] a permanência dos outros dois [Atanázio Júlio e Sérgio Nogueira] na ocasião da janela partidária também não estão garantidas.

O partido, que chegou a ter três deputados federais, hoje tem apenas um: Adolfo Viana, enquanto na Assembleia Legislativa da Bahia quatro – David Rios, Marcell Moraes, Paulo Câmara e Tiago Correia. Além disso, mantém a dificuldade de ganhar capilaridade no interior baiano. A perda de representares históricos no Congresso, como Antonio Imbassahy e Jutahy Magalhães (PSDB), derrotados nas urnas, também não teria sido engolida.

Fernanda Chagas

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