J. Carlos se une a Rui Costa para dar 'rasteira' em Pelegrino: 'É uma miopia política'

                                                                          

Uma articulação para derrubar a liderança de deputado federal Nelson Pelegrino do PT em Salvador pode incendiar a disputa pela presidência estadual da sigla e impactar na escolha do candidato do partido à sucessão do governador Jaques Wagner. A menos de dois meses do Processo de Eleição Direta (PED) petista, a ex-vereadora Marta Rodrigues, que seria reconduzida ao posto de comandante do diretório municipal pela tendência Esquerda Democrática e Popular (EDP) – que detém cerca de 40% dos filiados na capital baiana –, foi alvo de uma movimentação promovida pelo parlamentar estadual J. Carlos, da corrente Articulação CNB (Construindo um Novo Brasil). Em consonância com os grupos de Rui Costa (Reencantar) e Valmir Assunção (Esquerda Popular Socialista – EPS), o ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários lançou o seu assessor Paulo Teixeira em "dobradinha" com a candidatura de Everaldo Anunciação (CNB) para o comando estadual da legenda. "É uma contradição fazer uma movimentação contra uma liderança que tem 46,5% dos votos na cidade e que teve a maior performance entre todas as eleições que o PT disputou até hoje em Salvador. É um tremendo equívoco. É uma miopia política esse tipo de atitude. Contaminar uma disputa estadual, uma escolha de governador, por causa de uma disputa municipal é pensar pouco amplo", sinalizou Pelegrino, em entrevista ao Bahia Notícias.


Tanto Reencantar, quanto EPS e Articulação CNB defendem o nome de Rui Costa ao Palácio de Ondina. Em reação, a EDP se articula com a Democracia Socialista (DS), protagonizada pelo senador Walter Pinheiro, o que pode causar um racha seguido de bate-chapa para decidir quem será o indicado do PT para suceder Wagner. Rivais históricos internamente, Pinheiro e Pelegrino podem lançar o nome de Edson Valadares (DS) para a direção municipal e apoiar na estadual o jornalista Ernesto Marques, da corrente Movimento PT, liderada pelo deputado estadual e ex-presidente petista, Marcelino Galo. Embora Pelegrino diga que "a gente não vai deixar contaminar o processo", caso a união se consolide, as três correntes podem endossar o nome de Pinheiro, que ainda tenta ser candidato a governador, para enfrentar o escolhido de Wagner, Rui Costa.

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