Médicos estrangeiros têm primeiro encontro do treinamento


                  
O espanhol Miguel Orte veio porque adora a Bahia; o angolano naturalizado português Francisco Manoel quer ajudar, assim como a maioria dos cubanos. Com motivações diversas, 63 médicos de diversas nacionalidades se reuniram ontem de manhã no encontro de boas-vindas do Programa Mais Médicos, com o secretário estadual de saúde, Jorge Solla, no auditório do Banco do Brasil, na Piedade.

Organizados a partir de pulseiras com cores da bandeira brasileira, os profissionais estrangeiros passaram o dia na agência, onde foram atendidos pela Polícia Federal para a retirada de documentos e abertura de  conta bancária. Nas próximas três semanas, eles terão treinamento sobre a saúde da população brasileira, legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) e Língua Portuguesa. O período, de 120 horas, divididas em oito horas por dia, também inclui uma avaliação sobre o conteúdo.


A língua foi assunto abordado pelo ministro Alexandre Padilha, que também deu boas-vindas aos profissionais que chegaram em Brasília. “Não sintam vergonha de não saber falar português. Eu já atendi a vários povos de comunidades indígenas sem falar a língua deles. Salvei vidas”, disse, em um auditório da Universidade de Brasília. Ao todo,  400 médicos cubanos e outros 282 profissionais formados no exterior começaram o treinamento em oito capitais. 

Em Salvador, a médica cubana Ivett Piloto Lopez, 44 anos, afirmou que um mês será suficiente para o domínio da língua. Ela garante que já trabalhou em condições de trabalho precárias, como na Venezuela, Bolívia, Angola e Gâmbia. “A gente trabalha em qualquer lugar. Já trabalhei em 69 países, tenho 21 anos de experiência”, contou. Para ela,  o programa é muito bom para o Brasil. “Viemos para ajudar, pela solidariedade”, ressaltou.
Fonte Correio da Bahia

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