Governador Mangabeira: Prefeita nega envolvimento em desvio de R$ 500 mil do Fundeb
A
prefeita de Governador Mangabeira, na Região Metropolitana de Salvador,
Domingas Souza da Paixão (PT), rebateu, em entrevista ao Bahia
Notícias, os vereadores de oposição que a acusam de envolvimento
no suposto desvio de R$ 500 mil do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), caso denunciado por ela mesma à polícia em abril. De
acordo com relatório da prefeitura adquirido pelo Bahia Notícias, a
gestão também tomou providências junto ao Ministério Público, Tribunal
de Contas dos Municípios, à Vara da Fazenda Pública da Comarca
Municipal, ao Conselho Municipal e, internamente, com abertura de
Processo Administrativo Disciplinar. A petista nega envolvimento com o
esquema ilícito e acusa o grupo de oposição, segundo ela, liderado pelo
advogado dos edis, Marcelo Pedreira, de comandar uma “revanche”, já que
ela foi trabalhadora doméstica da família do defensor e assumiu o posto
máximo do Executivo Municipal. “Ele obcecou e não conseguiu resolver
isso. Eles estão tentando colocar meu nome na lama e não conseguem”,
acusou.
“A motivação dos vereadores [de oposição] é claramente política.
Marcelo Pedreira é nosso principal adversário político e ele coordena a
oposição. Eles queriam forçar uma CEI [Comissão Especial de Inquérito],
mas não conseguiram. Quem tem poder de investigação é a polícia, que já
foi informada”, corrobora o presidente da Câmara, Edgar Henrique de
Oliveira (PTB). Conforme Domingas da Paixão, assim que tomou
conhecimento do desvio denunciou à Polícia Civil, que resolveu
encaminhar o caso à Polícia Federal. Ela conta que a delatora do caso
foi a funcionária de contabilidade Jamile Rocha, que chegou a devolver
R$ 100 mil, o que a possibilitou de identificar mais dois servidores
municipais supostamente envolvidos no caso, o pregoeiro Marcos Fernando
Kischel e a superintendente administrativa Gleicia Martins, além da
empresa que teria participado do desvio, a M. Pinheiro Construções e
Serviços, sediada em Alagoinhas. “Eles simularam um processo de
licitação, mas fizeram primeiramente a transferência”, afirmou o
presidente da Câmara. A fim de aumentar a transparência em relação ao
caso, Domingas da Paixão informa que contratou uma auditoria para
avaliar a administração e já pediu ao Banco do Brasil a movimentação da
própria conta bancária, para contribuir com a PF nas investigações.
Fotos: Lara Almeida/ Bahia Notícias
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