Jovem de 26 anos morre no distrito do Japomirim; família desmente boato sobre suicídio

A jovem Sarah Gavião Santos, de 26 anos, moradora do distrito de Japomirim, em Itagibá, faleceu na manhã desta terça-feira (09). Segundo familiares, ela havia passado mal na noite anterior e foi encaminhada ao Hospital Geral de Ipiaú, onde recebeu atendimento médico, foi medicada e liberada para casa.

Ainda conforme relatos da família, na manhã desta terça-feira o estado de saúde de Sarah voltou a se agravar. Uma equipe do Samu foi acionada, mas ela não resistiu e o óbito foi confirmado no local.

Fake news circulou nas redes

Pouco tempo depois da confirmação da morte, uma fake news começou a circular em grupos de WhatsApp, atribuindo o falecimento a um suposto suicídio. A família se manifestou para esclarecer a situação: “Queríamos esclarecer que Sarah Gavião Santos não cometeu suicídio, no entanto passou mal durante a noite e, pela manhã, não resistiu. Em todo momento estava acompanhada da família”, informou a nota.

O corpo de Sarah será velado no templo da Primeira Igreja Batista do Japomirim. O horário do sepultamento ainda não foi definido.

Fonte: Giro Ipiaú

Julgamento de Bolsonaro ao vivo no STF: assista agora ao 3º dia de sessões

O ministro Alexandre Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), elencou 13 atos executórios da trama golpista em seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda em andamento.

O ministro compartilhou a percepção da PGR (Procuradoria-Geral da República) de que a tentativa de golpe se deu a partir de uma sequência de atos que já eram a execução do golpe e tinham imbuídos neles violência ou grave ameaça, mesmo antes de culminarem no 8 de Janeiro de 2023.

Moraes faz uma apresentação em que está detalhando 13 eventos que classificou como atos executórios. Classificar tais ações como etapa de execução dos crimes é importante porque a legislação brasileira não prevê punição para a fase de preparação nos casos dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito e de golpe de Estado.

Bolsonaro é julgado por esses dois crimes, além de organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio. Se condenado, ele pode pegar mais de 40 anos de prisão, além de aumentar a inelegibilidade, que atualmente vai até 2030.

Eventual absolvição ou condenação deve acontecer até esta sexta-feira (12), último dia de sessão marcada para que os ministros julguem a trama golpista no Supremo.

Moraes destacou como o primeiro ato executório do grupo a utilização de órgãos públicos para o monitoramento de adversários políticos a fim de atentar contra o poder Judiciário e tentar deslegitimar as urnas.

A segunda classe de atos executórios seria a live de 29 de setembro de 2021, na qual Bolsonaro falou no Palácio do Planalto sobre fraudes nas urnas eletrônicas.

O ministro a conectou com o ato anterior, uma vez que a fala do ex-presidente se respaldaria no material produzido pela organização criminosa. Outros eventos destacados pelo magistrado foram falas do ex-presidente com ameaças ao sistema eleitoral.

O terceiro ponto elencado pelo magistrado foi o 7 de setembro de 2021, no qual o juiz apontou ter havido tentativa com emprego de grave ameaça de restringir o poder Judiciário.

Ele cita em seguida, nos pontos 4 e 5, reuniões ministeriais e com embaixadores feitas pelo ex-presidente contra as urnas.

Aparecem também nos itens elencados pelo magistrado: 6). a utilização indevida da Polícia Rodoviária Federal para impedir o voto de eleitores do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022, 7. utilização indevida da estrutura das Forças Armadas para produzir um relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação, 8. atos depois do segundo turno das eleições de 2022 de monitoramento de autoridades e eventos como a reunião golpista de Kids Pretos em 28 de novembro de 2022.

“Demonstrarei os diversos atos executórios das infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República após o segundo turno das eleições, demonstrando o caráter golpista dessa organização criminosa”, disse o ministro, que ainda está tratando ponto a ponto as ações por ele elencadas.

O magistrado também destacou, no item 9, o Plano Punhal Verde Amarelo, envolvendo a morte de autoridades como o presidente Lula.

Ele disse que também serão analisado os atos executórios seguintes ao plano, que classificou como o ponto dez da apresentação, composto por, por exemplo, o monitoramento do presidente eleito e o discurso pós-golpe.

O item 11 é a minuta do golpe de estado apresentada aos comandantes das Forças Armadas, seguido pelo 8 de Janeiro. Por fim, no item 13, o magistrado destaca a apuração sobre o planejamento de um gabinete de crise depois da consumação do golpe.

A fala do magistrado vai na mesma direção do que expôs a PGR em manifestação na última semana. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, falou em uma série de atos que já trariam em si violência ou ameaça, para além do 8 de Janeiro ou o plano para matar autoridades.

Com a fala, Gonet sinalizou que a perspectiva adotada pela acusação extrapola o foco da violência em pessoas concretas, se coadunando com uma perspectiva mais ampliada que pensa na ofensa a instituições e bens jurídicos, ao contrário do que tem defendido advogados de réus como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

 

Cúpula militar pede para Bolsonaro não ser preso em quartel

A cúpula militar brasileira fez chegar ao Supremo Tribunal Federal um pedido: que Jair Bolsonaro (PL) não seja detido em um quartel, caso venha a ser condenado à prisão em regime fechado no julgamento da trama golpista, ora em fase final.

A prisão de Bolsonaro é amplamente vista como inevitável, e a questão da dosimetria da pena deverá ser decidida na próxima sexta (12), caso isso se confirme.

A expectativa no Supremo e no Exército é de que Alexandre de Moraes conceda ao ex-presidente a prisão domiciliar devido aos problemas de saúde de Bolsonaro, mas isso só ocorre na fase de recurso. Ela pode ser curta, de alguns dias, mas levará à questão sobre onde prendê-lo.

Como mostrou a Folha, três opções principais foram aventadas, nunca publicamente: uma unidade militar, da Polícia Federal ou a área reservada a presos mais expostos na Papuda, o principal presídio do Distrito Federal.

Segundo dois generais de alta patente, o Alto-Comando do Exército avalia que Bolsonaro gostaria de ir para um quartel, já que é capitão reformado. O general Walter Braga Netto, réu no mesmo processo, está detido em uma sala na 1ª Divisão do Exército, no Rio.

Um militar que esteve na unidade na semana passada relata constrangimento no local, mas a preocupação com Bolsonaro é outra: que uma detenção em Brasília, talvez no Comando Militar do Planalto, iria gerar uma romaria de visitas de aliados ou, pior, concentração de apoiadores nas imediações.

A memória dos acampamentos golpistas em torno de quartéis nas semanas que antecederam o 8 de Janeiro assombra os fardados, até porque desta vez seriam obrigado a agir contra manifestantes.

A opção pela PF parece racional, dada a isonomia com o caso de Lula (PT), que passou 580 dias presos na superintendência do órgão em Curitiba. Lá, havia vigília constante de aliados, mas como não há limitação de concentração de pessoas como há em torno de unidades militares, o problema é menor.

Uma questão levantada em conversas de ministros do Supremo é a eventual associação, entre apoiadores de Bolsonaro, da PF com a prisão. A polícia, afinal, é um órgão do governo federal liderado pelo petista.

Sobra então a Papuda, que adicionaria um gosto de punição extra a Bolsonaro —é um presídio notório e de longa história. Contra essa opção, há a ideia de que isso potencializaria a vitimização do ex-presidente, ainda que por pouco tempo. A palavra final será de Moraes, se a hipótese da prisão for confirmada.

Israel lança panfletos ordenando saída de civis da Cidade de Gaza

Palestinos que vivem nas ruínas da Cidade de Gaza receberam panfletos israelenses na terça-feira (9) ordenando que saíssem, depois que Israel disse que estava prestes a destruir a área em um ataque para acabar com o Hamas.

Moradores da cidade, que abrigava um milhão de palestinos antes da guerra, esperam um ataque há semanas, desde que o governo israelense elaborou um plano para eliminar o Hamas no que ele diz serem os últimos redutos do grupo armado.

"Eu digo aos moradores de Gaza: aproveitem esta oportunidade e me ouçam com atenção: vocês foram avisados ​​— saiam daí! ", disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
O exército israelense lançou panfletos com ordens de retirada sobre moradores que estavam em meio aos escombros da Cidade de Gaza, onde bombardeou torres residenciais nos últimos dias.

As ordens de retirada causaram pânico e confusão entre os moradores do maior centro urbano da Faixa de Gaza, que afirmam não haver lugar seguro para escapar dos bombardeios e de uma crise humanitária. Alguns disseram que não teriam escolha a não ser partir para o sul, mas muitos disseram que ficariam e não havia sinais imediatos de um êxodo em massa.

"Apesar do bombardeio na semana passada, resisti em partir, mas agora irei ficar com minha filha", disse Um Mohammad, 55 anos, mãe de seis filhos , por mensagem de texto .

As autoridades de saúde em Gaza anunciaram que retirariam as pessoas dos dois principais hospitais operacionais da Cidade de Gaza, Al-Shifa e Al-Ahli, acrescentando que os médicos não deixariam os pacientes sem atendimento.

A maioria dos moradores de Gaza já foi deslocada várias vezes desde que a guerra começou em outubro de 2023, quando combatentes liderados pelo Hamas atacaram Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com contagens israelenses.

O ataque militar subsequente de Israel matou mais de 64 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Quase toda a população foi deslocada internamente, grande parte do território está em ruínas e a crise de fome se agravou consideravelmente nos últimos meses.
O exército israelense instruiu os moradores da Cidade de Gaza a se deslocarem para uma "zona humanitária" designada na área já superlotada de Al-Mawasi, ao longo da costa sul, onde milhares de palestinos já estão abrigados em tendas. Israel também bombardeia regularmente o sul.

Um Samed, uma mãe de cinco filhos de 59 anos, disse que a escolha agora era entre "ficar e morrer em casa, na Cidade de Gaza, ou seguir as ordens de Israel e deixar Gaza e morrer no sul".

"Furacão poderoso"

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse na segunda-feira que os militares desencadeariam um "furacão poderoso " que destruiria Gaza se o Hamas não libertasse os últimos reféns que mantém e se rendesse.

Israel convocou dezenas de milhares de reservistas para uma operação terrestre. Netanyahu disse que as forças israelenses estavam se organizando e se reunindo na Cidade de Gaza.

A operação em larga escala ainda não está prevista para começar na próxima semana, e nenhum novo avanço de tanques para aprofundar a ofensiva terrestre foi relatado até o momento na terça-feira (9). Forças israelenses operam nos arredores da Cidade de Gaza desde o mês passado, e os militares afirmam já estar no controle de 40% da cidade.

Lançar o novo ataque israelense poderia complicar os esforços de cessar-fogo para encerrar a guerra de quase dois anos. As esperanças estavam depositadas em esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo que frustrasse o plano de Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza apelou à comunidade internacional para proteger os hospitais da Cidade de Gaza, alertando para "uma catástrofe humanitária que ameaça a vida de milhares de pacientes e feridos".

Crítica internacional

Vários países europeus, irritados com o bombardeio israelense em Gaza, disseram que reconhecerão o Estado palestino neste mês, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas se reunir em Nova York. Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos, rejeitam as medidas de reconhecimento.

Críticos internacionais dizem que o plano de Israel, que inclui a desmilitarização de toda a faixa enquanto Israel assume o controle da segurança, pode piorar a situação humanitária dos 2,2 milhões de palestinos que vivem lá.

Israel tem sofrido pressão de nações árabes e ocidentais por sua conduta na guerra em Gaza. Um monitor global da fome, apoiado pelas Nações Unidas, declarou fome em áreas como a Cidade de Gaza.

Netanyahu afirma que Israel não tem escolha a não ser concluir o trabalho e derrotar o Hamas, visto que o grupo militante se recusou a depor as armas. O Hamas afirma que não se desarmará a menos que um Estado palestino independente seja estabelecido e não libertará todos os reféns sem um acordo que ponha fim à guerra.

Uma flotilha que busca romper o bloqueio naval israelense e levar ajuda a Gaza informou na terça-feira que um de seus principais barcos foi atingido por um drone em um porto na Tunísia, embora todos os seis passageiros e tripulantes estejam em segurança. A flotilha inclui a ativista sueca Greta Thunberg, que em uma tentativa anterior de chegar a Gaza em junho foi capturada no mar por Israel e deportada.
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Brasil tem a 4ª maior proporção de jovens que não trabalham nem estudam, diz OCDE

O Brasil é o quarto país com a maior proporção de jovens (de 18 a 24 anos) que não conseguiu continuar estudando e nem encontrar um emprego. Os dados são do relatório Education at a Glance 2025, da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado nesta terça-feira (9).

Segundo o documento, 24% dessa faixa etária estavam nessa situação no país em 2024. A proporção brasileira é quase o dobro da média dos países-membros da OCDE, de 14%.

Apenas Colômbia, Costa Rica e África do Sul possuem taxas maiores que a brasileira, com 27%, 31% e 48%, respectivamente. Islândia e Holanda são os países com a menor proporção, atingindo apenas 5% dos jovens.

O relatório destacou que, apesar de ter uma proporção alta de jovens nessa situação, o Brasil tem conseguido avançar nos últimos anos. Em 2019, 30% da população dessa faixa etária não estudava e nem trabalhava —ou seja, houve um recuo de 6 pontos percentuais em cinco anos.

O Brasil foi a segunda nação que mais reduziu essa taxa, atrás apenas da Itália, que conseguiu diminuir em 8 pontos percentuais.

Segundo o relatório, essas reduções indicam que mecanismos adotados por esses países para apoiar a transição dos jovens para o trabalho ou educação estão surtindo efeito e indicam estratégias que precisam ser reforçadas.

O documento destacou ainda que essa situação ocorre com enorme desigualdade de gênero no Brasil, já que atinge 29% das mulheres dessa faixa etária e 19% dos homens. Na média dos países membros da OCDE, a proporção é a mesma entre os dois gêneros.

O Education at a Glance é um documento anual que analisa uma série de indicadores educacionais. Nesta edição, o foco da análise foi a situação do ensino superior e emprego nos 38 países membros da OCDE, a maioria de renda elevada. Também foram analisados os dados do Brasil, Argentina, Bulgária, China, Croácia, Índia, Indonésia, Peru, Romênia, Arábia Saudita e África do Sul, que não fazem parte do grupo.

Essa etapa da vida é considerada a de transição da educação para o mundo do trabalho, ou seja, quando os jovens deveriam cursar uma graduação ou curso técnico para conseguir um emprego.

O relatório destaca que essa etapa é determinante para o futuro sucesso dos jovens e também para a economia dos países. Por isso, alerta que os governantes precisam priorizar políticas de apoio para essa faixa etária.

“Períodos prolongados de desemprego podem ter consequências graves, especialmente para os jovens, cujas vidas profissionais podem ser posteriormente impactadas pelas consequências desse desemprego precoce”, diz o documento.

Estar fora do mercado de trabalho por um período prolongado reduz suas oportunidades de adquirir experiência profissional e desenvolver habilidades interpessoais essenciais, tornando cada vez mais difícil a obtenção de emprego.

“Este ciclo de experiência limitada e desemprego prolongado pode levar à exclusão social e do mercado de trabalho persistente, especialmente para aqueles com níveis mais baixos de escolaridade ou qualificações profissionais”, alerta o relatório.

Além das implicações econômicas, o relatório destaca que essa situação pode ter efeitos psicológicos significativos, incluindo aumento do desânimo e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão entre os jovens.

Isabela Palhares/Folhapress

Lupi repete desculpa de 2011 para se eximir de fraudes no INSS: ‘Posso ter errado; não teve má-fé’

O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi afirmou à CPI do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ter tomado conhecimento sobre indícios de fraudes em descontos irregulares de associações de aposentados em 2023, mas que o órgão previdenciário era “autarquia independente”, sem gestão direta dele.

Para Lupi, o INSS falhou ao não adotar “ação mais enérgica” diante de recomendações feitas por ele para coibir fraudes em descontos a aposentados. O ex-ministro presta depoimento como testemunha à CPI, nesta segunda-feira, 8.

“Sou um ser humano que vive do coração. Errar é humano. Eu posso ter errado várias vezes. Má-fé eu nunca tive. Acobertar desvios, nunca fiz na minha vida”, afirmou Lupi.

Uma declaração semelhante foi dada 14 anos atrás por Lupi quando também perdeu o cargo por denúncias de participação em esquema de fraudes. Quando era ministro do Trabalho em 2011, Lupi participou de audiência no Senado para explicar acusação de ter se beneficiado de convênios irregulares da sua pasta com ONGs.

“Pode ter havido erro, porque o erro é inerente ao ser humano. Mas dolo e má fé, não. Não há ninguém do ministério denunciado por isso”, disse Lupi, em sessão do Senado em agosto de 2011.

O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) ironizou Lupi. “Coincidentemente, na sua segunda passagem pelo governo Lula, o senhor, mais uma vez, é obrigado a renunciar ao cargo de ministro de Estado. Eu pergunto ao senhor: é ‘padrão Lupi’ ser envolvido em denúncias de corrupção, foi omissão deliberada, ou o senhor funcionava como ‘rainha da Inglaterra’?“, questionou.

À CPI, Lupi confirmou que foi informado do esquema fraudulento em 2023, mas disse não ter feito nada sobre INSS, por se tratar de uma autarquia “independente”. Ele disse aos deputados e senadores do colegiado que as explicações devem ser prestadas pela antiga direção do INSS.

Ele disse que o INSS não teve “ação mais enérgica” diante de recomendações feitas por ele para coibir fraudes em descontos a aposentados. O ex-ministro citou uma instrução normativa editada por ele, em março de 2023, que restringia descontos a beneficiários ao proibir, por exemplo, a liberação de descontos em lotes.

“Não deu o resultado que nós esperávamos, é aí que está a falha, porque se isso tivesse dado o resultado que nós esperávamos, nós não estaríamos aqui hoje explicando isso. Infelizmente, falhamos nisso, falhamos em ter uma ação mais enérgica do INSS para coibir”, disse.

“Como vai ter a oportunidade de estar o representante do INSS aqui, é importante que o nobre relator pergunte a eles o porquê. Eu não tenho nem o poder de estar dentro da autarquia”, complementou.

Lupi integrou o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o primeiro dia, e também participou de outras gestões petistas.

Ele afirmou que o esquema só veio à tona porque a Polícia Federal do governo que ele representa o investigou, após duas apurações anteriores que acabaram arquivadas, uma delas no governo de Jair Bolsonaro.

“O erro nosso pode ter sido acreditar que aquelas medidas fossem eficazes dentro da autarquia. Não foram. Infelizmente, não foram. O fato é que essa operação só está vindo à tona porque a PF do governo que eu represento está agindo, prendendo, punindo, verificando. Antes, tivemos ações da PF em 2016 e 2020. As duas foram arquivadas”, afirmou.

Embora as irregularidades no INSS tenham se iniciado em gestões anteriores, foi a disparada dos descontos a partir de 2023 que levou à abertura da investigação. A manutenção do esquema durante a gestão de Lupi, aliada à demora em adotar medidas efetivas, agravou o desgaste político e tornou sua permanência no cargo insustentável.

O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto foi nomeado por Lupi em julho de 2023, após o antecessor, Glauco Wamburg, ser demitido por Lula por suspeitas de irregularidades em investigação que ficou conhecida como a “farra das passagens”.

Lupi também defendeu Stefanutto à CPI. “Sigo o preceito constitucional: ‘Todo mundo é inocente até provado o contrário’”, respondeu Lupi ao ser questionado pelo relator da CPI se Stefanutto ainda era uma pessoa da confiança dele.

Stefanutto é um dos alvos de pedido de prisão preventiva feito pela CPI na semana passada.

Lupi deixou o ministério da Previdência em maio de 2025. No fim de abril, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto, que estimou em R$ 6,3 bilhões o total de cobranças irregulares entre 2019 e 2024.

A operação levou ao afastamento, por ordem judicial, do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi, e à sua posterior demissão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Levy Teles/Vinícius Valfré/Estadão

STF retoma julgamento de Bolsonaro com voto de Moraes em meio a tensão com Tarcísio

O STF (Supremo Tribunal Federal) inicia nesta terça-feira (9) as sessões decisivas do julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um ambiente de tensão renovado pelos ataques à corte feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no domingo (7).

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, começa às 9h a leitura do seu voto no processo contra o núcleo central da trama golpista.

A expectativa é que a manifestação dure todo o dia e que Moraes faça uma avaliação rigorosa dos crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República), apesar das pressões políticas e do governo Donald Trump, dos EUA, por um alívio aos réus da ação.

Em ato na avenida Paulista no domingo, Tarcísio atacou o STF, chamou Moraes de ditador e defendeu uma anistia “ampla e irrestrita”, diante de um público estimado em 42 mil pessoas. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, disse Tarcísio.

No ato, o governador paulista pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e disse que o STF julga “um crime que não existiu”.

A fala repercutiu mal entre os ministros do Supremo. O decano da corte, Gilmar Mendes, divulgou uma nota na qual dizia que “o que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe”.

“É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão”, afirmou. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse que o tribunal opera “à luz do dia” e que na ditadura é que existia “um mundo de sombras”.

Sob reserva, um terceiro ministro disse que Tarcísio queima pontes com o tribunal ao fazer ataques diretos a Moraes.

Até o julgamento, a relação de Moraes e Tarcísio era vista como amistosa, e o governador foi elogiado como moderado por diversos ministros do STF.

Nesta terça, após Moraes, votarão os demais ministros da Primeira Turma do Supremo. Pela ordem, ele será sucedido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A avaliação dos membros da Primeira Turma é que o voto de Luiz Fux —ministro que tem uma postura de contraponto a Moraes e de maior flexibilidade em relação aos réus envolvidos em atos golpistas— também deverá ser longo.

Além de Bolsonaro, Moraes e os demais integrantes da turma também irão tratar das acusações que envolvem os outros sete réus do núcleo central da tentativa de golpe após a derrota de Bolsonaro para Lula (PT), em 2022.

Caso o voto de Moraes não seja encerrado nesta terça, ele continuará a leitura na quarta-feira (10) pela manhã. O desejo do ministro é que o julgamento seja concluído ainda nesta semana, e que o ritmo das sessões não seja quebrado antes do encerramento do caso.

A pedido de Moraes, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, acrescentou um dia extra de sessões.

Inicialmente, haveria julgamento apenas na terça, na quarta e na sexta (12). Na semana passada, porém, foi definido que também serão realizadas sessões na quinta (11).

À exceção da quarta, que terá julgamento apenas pela manhã, as sessões começarão às 9h, com um intervalo, e devem acabar às 19h.

Na quinta, a sessão vespertina do plenário foi cancelada. Além disso, a sessão de quinta-feira TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que acontece às 10h, será presidida pelo ministro Kassio Nunes Marques, que não faz parte da Primeira Turma do Supremo. A presidente da corte eleitoral, Cármen Lúcia, pretende acompanhar apenas o julgamento da trama golpista.

Na semana passada, Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defenderam punições pela trama golpista.

Em uma declaração inesperada, Moraes quebrou o padrão de iniciar o julgamento com a leitura do relatório, que é um resumo descritivo do processo, e disse que a pacificação do país não pode ser alcançada com impunidade, além de mandar recados contra as tarifas de Donald Trump e as articulações de Eduardo Bolsonaro nos EUA.

Moraes afirmou ainda que o tribunal julga o caso sem interferências e que ignora tentativas de obstrução.

“Esse é o papel do Supremo Tribunal Federal: julgar com imparcialidade e aplicar a Justiça a cada um dos casos concretos, independentemente de ameaças ou coações, ignorando pressões internas ou externas”, declarou.

No segundo dia do julgamento, na quarta (3), a defesa de Bolsonaro buscou desvinculá-lo do 8 de Janeiro e do plano de assassinato de autoridades.

Bolsonaro é acusado pela PGR de praticar os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade.

Também são réus no processos no processo Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI); Mauro Cid (ex-chefe da Ajudância de Ordens, que também é delator), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

José Marques, Cézar Feitoza e Ana Pompeu/Folhapress

Itagibá: Homem é preso por tentar matar a própria filha após discussão por herança

A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia Territorial de Itagibá, cumpriu na tarde desta segunda-feira (08), por volta das 16h30, um mandado de prisão preventiva contra um homem acusado de tentativa de homicídio no âmbito da violência doméstica. A ação ocorreu no distrito de Tapiragi, zona rural do município.

De acordo com as investigações, o suspeito A.D.S.N. é apontado como autor de um ataque contra sua própria filha, ocorrido no dia 11 de agosto de 2025. Na ocasião, ele teria desferido vários golpes de facão, deixando a jovem gravemente ferida. O crime teria sido motivado por uma discussão relacionada a uma herança pertencente à mãe do acusado e avó da vítima.

O mandado de prisão foi expedido pela Juíza de Direito da Comarca de Itagibá e cumprido pela equipe da Polícia Civil sob a coordenação do delegado Jefferson Almeida Ribeiro.

Após a prisão, o acusado foi encaminhado à unidade policial, onde permanece à disposição da Justiça. A vítima segue em recuperação das lesões sofridas durante o ataque. Fonte: Giro Ipiaú

Governador sanciona leis para criação de novos comandos e promove oficiais da Polícia Militar

A segurança pública na Bahia ganhou novo fôlego. Nesta segunda-feira (8), o governador Jerônimo Rodrigues sancionou leis para criação de novos comandos regionais, batalhões e companhias independentes, além de cargos estratégicos para a Polícia Militar da Bahia (PMBA). O ato realizado no Centro de Operações e Inteligência, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, reforça a presença do Estado no combate à criminalidade.
“Esses projetos fazem parte de um grande esforço de reorganização e mostram como estamos ampliando o alcance e a eficiência da segurança em todo o território baiano. É o intermédio entre o que estamos fazendo com a segurança pública e a responsabilidade de poder ajudar a construir uma Bahia mais segura. Segurança Pública se faz com planejamento, com orçamento, com capacitação e formação. Eu não abro mão de fazer a defesa da minha terra”, destacou Jerônimo Rodrigues.

Além de nomeações e designações para novas funções e comandos, o governador anunciou a promoção de 90 tenentes-coronéis, 95 majores e 114 capitães. Três comandos regionais foram criados para Jequié; Alagoinhas e Irecê; e novos batalhões implementados no Nordeste de Amaralina, em Itapuã, Feira de Santana, Eunápolis, Luís Eduardo Magalhães, Jacobina, Valença e Candeias. Já os municípios de Cafarnaum, Monte Santo, Conceição do Jacuípe, Cachoeira e Xique-Xique ganharam novas companhias independentes.

“Esse é o objetivo, demonstrar a importância da segurança pública. Não só ampliar a sensação, mas garantir a segurança na capital e no interior, se aproximando, cada vez mais, dos cidadãos”, destacou o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola.
O secretário Marcelo Werner explicou que a reestruturação não é apenas administrativa, mas tem impacto direto na vida da população. “Demonstra, efetivamente, o engajamento, a preocupação com a segurança pública do nosso estado. De 2023 para cá, já são duas reestruturações. Estamos fortalecendo a PM e a Polícia Civil, criando condições para intensificar as operações contra a violência”, frisou Werner.

Para o comandante-geral da PMBA, coronel Antônio Magalhães, as mudanças marcam um avanço histórico para a corporação. “Isso aqui é resultado exatamente de uma demanda que levamos ao nosso governador, que, sensível, demonstra que a segurança pública tem sido feita de forma transversal, mas também direta e cada vez mais recebe investimentos”, pontuou o comandante-geral.
A major Dulce Tarapow, agora promovida ao posto de tenente-coronel, celebrou. “Com a criação de mais comandos de policiamento regional, também ocorre a descentralização, o que traz um olhar mais individualizado para a região que tem características próprias, um olhar mais cuidadoso, mais atuante. Criar os cargos é uma alegria para a ascensão na carreira, para a realização de sonhos. Então profissional e pessoalmente falando, hoje é um momento extremamente feliz”, comentou a oficial que está há 31 anos na corporação.

Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA

Itagibá inaugura Praça Quintiliano Cardoso no Bairro Gilda Fonseca nesta sexta-feira (12)

A Prefeitura de Itagibá, sob a gestão do Prefeito Marquinhos, convida toda a população para a inauguração da Praça Quintiliano Cardoso, no Bairro Gilda Fonseca, nesta sexta-feira, 12 de setembro, às 16h.

O novo espaço público foi totalmente revitalizado para oferecer mais lazer, convivência e bem-estar aos moradores, tornando-se um ponto de encontro para famílias, amigos e toda a comunidade.

Esse momento reforça o compromisso do Prefeito Marquinhos e da gestão municipal em investir em obras que melhorem a qualidade de vida da população e fortaleçam o desenvolvimento da cidade.

“Essa praça é uma conquista de todos os itagibenses. Estamos trabalhando para transformar cada bairro em um lugar melhor para se viver, com espaços de lazer e de convivência para as famílias”, afirmou o Prefeito Marquinhos.

Toda a comunidade está convidada a participar e prestigiar esse momento especial para Itagibá.

Prefeitura de Itagibá – A cidade cresce sem parar.

Governador Jerônimo Rodrigues sanciona leis com ganhos salariais para 45 mil servidores públicos da Bahia

Os incrementos variam de 10,2% a 22,1% em dois anos (2025/2026)
Fotos: Wuiga Rubini/GOVBA
O governador Jerônimo Rodrigues, sancionou nesta segunda-feira (8), em Salvador, o conjunto de Projetos de Lei que preveem reajustes salariais para mais de 45 mil servidores públicos estaduais da Bahia. A legislação contempla servidores das áreas de Fiscalização e Regulação, Gestão Pública e Obras Públicas, Desenvolvimento Fazendário, e Especialistas em Informações Econômicas e Sociais e Geoambientais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEl), além disso, a lei também estabelece o quadro de Magistério Público das universidades estaduais. As novas leis preveem ganhos salariais que variam de 10,2% a 22,1%, divididos em dois anos (2025/2026).

Serão beneficiadas 55 carreiras do funcionalismo público estadual, sendo 36 de nível superior e 19 de nível médio. A reestruturação altera a composição remuneratória das carreiras, possibilitando a promoção dos cargos e gerando ganhos salariais nos próximos dois anos. Os reajustes serão implementados nas folhas de pagamentos dos meses de setembro e outubro, a depender da carreira. Os percentuais foram frutos de acordos entre Governo do Estado e entidades de representação dos servidores, dentro do canal de diálogo permanente entre os trabalhadores e a gestão estadual.

“Hoje, praticamente toda a Assembleia está aqui, e isso me deixa muito feliz. Este momento representa uma superação — por mais que saibamos que, mesmo com a sanção de sete projetos de lei, isso é apenas uma etapa. Daqui a dois anos, novas demandas certamente surgirão, e é natural, é correto que isso aconteça. Precisamos monitorar os ganhos e as perdas desse movimento”, disse o governador.

Para o senador Jaques Wagner, “aqui é uma combinação daquilo que se quer, com aquilo que pode [ser feito]. Tenho certeza que o governo fez o máximo para atender melhor as categorias”.

Grupos ocupacionais contemplados
As novas leis vão beneficiar as carreiras dos seguintes grupos ocupacionais: Artes e Cultura, Comunicação Social, Técnico Administrativo, Técnico Específico, Serviços de Apoio Técnico-Administrativo da Procuradoria Geral do Estado, Gestão Pública, Obras Públicas e Fiscalização e Regulação. Também estão contempladas as carreiras de Procurador do Estado, Procurador Jurídico e Especialista em Produção de Informações Econômica, Sociais e Geoambientais, além dos cargos do Quadro Especial das Universidades e do extinto CEPED, cargos em comissão da Administração Direta, autárquica e fundacional. Servidores de cargos em comissão do Magistério Público Estadual do Ensino Fundamental e Médio (diretor, vice-diretor e secretário escolar) e das universidades estaduais, e das funções de confiança do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) completam a lista de beneficiados pelo ato.

As medidas vão gerar um impacto econômico para os cofres públicos estaduais de R$ 128,33 milhões até o fim deste ano, R$ 408,06 milhões em 2026, além de R$ 457,54 milhões, no ano de 2027. “Nós temos que buscar os recursos para atender cada vez melhor a nossa população. E hoje estamos comemorando uma conquista muito importante para a valorização dos servidores”, completou o secretário da Fazenda, Manoel Vitório.

Já o secretário de Administração, Rodrigo Pimentel, acrescentou sobre o impacto da medida. “Estamos comemorando o retorno do diálogo com as categorias, com todas as classes. Estamos tendo ganho real. Então, são diversos ganhos que só demonstram o compromisso com a valorização do servidor público. E isso só engrandece nossa responsabilidade para trabalhar cada vez mais pela população baiana”. Participaram também do evento o vice-governador, Geraldo Júnior, vereadores e deputados; além de representantes das classes beneficiadas.

Benefícios
As mudanças trazidas pelas novas leis se somam ao pacote de benefícios concedidos este ano pelo Governo do Estado para parte do funcionalismo. No mês de fevereiro, foi concedido reajuste para 5.840 professores e técnicos (ativos e inativos) das universidades estaduais, fixado este ano em 6,8%, com pagamento em duas parcelas, já efetuadas.

O impacto orçamentário é de R$ 15,1 milhões, só este ano, e de aproximadamente R$ 30 milhões, em 2026. Os vencimentos do magistério superior serão reajustados em 13% ao todo, e o pagamento será feito também em duas parcelas, no ano de 2026. “O que foi discutido e aprovado aqui hoje vai além de salário ou remuneração. Foi um passo importante para as nossas universidades — e eu falo como parte desse quadro, pois sou professor universitário”, acrescentou Jerônimo Rodrigues.

A secretaria da Educação, Rowenna Brito, explicou que a medida alcança servidores e estudantes. “Serão 506 professores com promoção garantida nesse primeiro momento.Esse movimento é de valorização dos profissionais, é reconhecimento do trabalho que a universidade faz, das entregas e das marcas que a universidade deixa na vida de estudantes e na sociedade no desenvolvimento de pesquisa, de inovação, de extensão”.

Em março, o governador sancionou a lei que garante o reajuste salarial, nos anos de 2025 e 2026, dos profissionais da Educação Básica da rede estadual. Para este ano, ficou definido reajuste de 6,27%. Para 2026, ficou definido ainda o pagamento do Piso Nacional da Educação, no valor nominal que venha a ser fixado, a partir de fevereiro.

Em abril, o governador sancionou a lei que garante reajuste salarial acumulado de 13,63% até 2026 para todos os servidores estaduais das carreiras da área de saúde. A medida beneficia mais de 13 mil funcionários públicos, incluindo ativos, aposentados e pensionistas, além de servidores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). O aumento será pago de forma escalonada, em quatro parcelas: duas em 2025 (já efetuadas), de 4% e 2,5% – e duas em 2026, com os mesmos percentuais e meses de aplicação.

A medida representou um impacto de R$ 101,7 milhões, na folha de pagamento deste ano, e a estimativa é que o impacto seja de R$ 246,8 milhões, no ano que vem. Foram contempladas as 31 categorias do grupo ocupacional Serviços Públicos de Saúde, que abrange desde auxiliares e técnicos – como os de Enfermagem, Nutrição e Higiene Dental – até profissionais com formação superior, a exemplo de enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, odontólogos, biólogos e terapeutas ocupacionais.

Em maio, foram beneficiadas com reajustes as carreiras da Polícia Militar, Polícia Civil e dos agentes penitenciários. Para policiais e bombeiros militares, o ganho médio será de 14,76% até 2026, sendo que agentes da reserva e pensionistas terão direito ao aumento, que incide também sobre as gratificações. O impacto estimado para os cofres públicos é de R$ 250,5 milhões até o final deste ano e de aproximadamente R$ 521 milhões em 2026. Para a Polícia Civil, o ganho acumulado será de 14% até 2026 para cargos de delegados, perito criminal, perito médico legista e perito odonto-legal. Já os investigadores e escrivães terão ganho de 22%. O custo para os cofres públicos nesse caso será de R$ 373 milhões, em 2025, e de R$ 869 milhões, em 2026. Para agentes penitenciários, o reajuste será de 13,29% ao longo deste ano e no próximo.

Avanços
O governador Jerônimo também concedeu reajustes salariais ao funcionalismo nos dois primeiros anos de sua gestão. Em 2023, o percentual estabelecido foi de 4%, que teve repercussão linear sobre os vencimentos, subsídios, soldos e gratificações dos cargos efetivos, cargos em comissão e funções gratificadas, além de aposentadorias, reservas, reformas e pensões. Ainda em 2023, a Lei n° 14.565 promoveu aumento na estrutura remuneratória das carreiras de diversos grupos ocupacionais, abarcando delegados de Polícia Civil e Magistério Público das universidades estaduais. Para encerrar o ciclo de avanços daquele ano, foi editada a Lei nº 14.569, que beneficiou os professores dos ensinos fundamental e médio e professores indígenas.

Em 2024, as Leis 14.725 e 14.729 promoveram uma segunda revisão geral com aplicação de pagamento de 2% - retroativo a 1º de fevereiro - e o pagamento de mais 2% em 1º de setembro, ambos incidentes sobre os vencimentos, subsídios, soldos e gratificações dos cargos efetivos, cargos em comissão e funções gratificadas, proventos e pensões do Poder Executivo.

A nova legislação também alterou a estrutura remuneratória dos cargos das carreiras dos grupos ocupacionais Artes e Cultura, Comunicação Social, Fiscalização e Regulação, Obras Públicas, Técnico-Administrativo, Técnico-Específico, Serviços de Apoio Técnico-Administrativo da Procuradoria Geral do Estado – PGE, Fisco, Magistério Público das universidades estaduais, dentre outras. Além disso, por força do Decreto n° 22.863 de 10 de junho de 2024, foi estabelecido novo valor para o auxílio- alimentação, fixado em R$ 440 para servidores com carga horária de 40 horas semanais.

Fonte: Ascom/Saeb com informações da repórter Joci Santana/GOVBA

Música gospel ganha espaço com estreia do Canta Itagibá

Foto: Divulgação

No último sábado (06), o Ginásio de Esportes César Borges foi palco do Primeiro Show de Calouros Gospel em Itagibá. O evento fez parte do projeto Canta Itagibá, idealizado e organizado pelo vereador Júnior da Saúde, com o objetivo de valorizar talentos locais e incentivar a participação das igrejas no cenário cultural do município.

A competição contou com a inscrição de 17 candidatos, representantes de igrejas da sede e dos distritos de Acaraci, Tapiragi e Japomirim. As apresentações reforçaram a importância da música gospel como expressão de fé e também como espaço de integração entre comunidades religiosas.

Após as apresentações, o júri definiu os três primeiros colocados:


🥈 Elizama Santos – Assembleia de Deus Santo Amaro de Itagibá


Segundo o vereador Júnior da Saúde, a primeira edição superou as expectativas pela adesão dos participantes e pelo envolvimento do público:

“Foi emocionante ver nossa juventude e nossas igrejas reunidas em um só propósito: louvar a Deus e celebrar o dom da música. Esse é apenas o começo de um projeto que pretende crescer e revelar ainda mais talentos”, afirmou.

A iniciativa abre caminho para a continuidade do Canta Itagibá, que deve contar com novas edições nos próximos anos, ampliando a participação e dando visibilidade a outros artistas locais.

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