Faria Lima começa a medir ‘risco PCC’ em investimentos

Conversas sobre o crime organizado, antes restritas ao ambiente da crônica policial, ganham espaço inusitado no coração financeiro do Brasil: quem frequenta as sedes de bancos e empresas na região da avenida Faria Lima, em São Paulo, está preocupado com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).

Investidores estrangeiros querem entender como essas facções estão agindo no mercado brasileiro e, à mesa, em almoços e jantares, os principais homens de negócio do país discutem como podem ser afetados.

A Folha entrevistou empresários, gestores de fundos —inclusive internacionais—, economistas e líderes de entidades e ouviu a mesma preocupação: as facções estão encontrando brechas na economia formal, ameaçando não apenas os ganhos de grandes empresas que atuam na legalidade, mas também a segurança do ambiente de negócios.

A leitura é que, se os criminosos chegarem a comprometer grandes companhias de São Paulo, perde-se o Brasil.

“O crime organizado, de todas as vertentes e tamanhos, está entrando com tudo numa série de setores, criando concorrência desleal para quem trabalha na legalidade”, disse à Folha o empresário Rubens Ometto, controlador do grupo Cosan, que atua em áreas como ferrovias, usinas de açúcar e álcool, distribuição de combustíveis.

Operações policiais já indicaram que as facções estão se infiltrando em áreas tão diversas quanto refino, distribuição e venda de combustíveis, mercado imobiliário, transporte privado e público, clínicas odontológicas e diferentes serviços, como de internet, saúde, limpeza urbana, coleta de lixo e até no setor financeiro.

Uma investigação identificou gente ligada ao PCC em agências que cuidam da carreira de funkeiros, sem que os artistas tivessem a menor ideia.

Está sob investigação até a atuação desses grupos no Congresso e no Judiciário, onde buscam garantir leis que possam manter as brechas permeáveis à manutenção do crime dentro da economia.

Analistas que preferem não ter o nome citado afirmaram à Folha ter obrigação profissional de medir esses riscos para os investidores, por mais desafiador que isso seja. No mercado financeiro, alguns usam até um apelido para designar os grupos ilegais: “ala business do PCC”.

Não é de agora que tráfico, milícia e criminosos em geral criam problemas para negócios formais. Há 20 anos, empresas como a Copagaz começaram a enfrentar problemas para vender um simples botijão de gás nas comunidades do Rio de Janeiro. A distribuidora Light sofre com roubos de cabos. Só de janeiro a abril deste ano foram furtados 58 mil metros, o suficiente para dar 62 voltas ao redor do Maracanã.

Mas, do lado do crime organizado, agora é diferente. Ocorreu uma mudança no modus operandi das facções a partir da pandemia da Covid-19, diz o promotor de Justiça Fábio Bechara, integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Apesar de ainda persistirem antigas práticas, como a venda de produtos ilegais obtidos por meio de roubo, contrabando, adulteração e falsificação, representantes das facções passaram a aproveitar brechas legais para se infiltrar nas estruturas dos negócios.

Em comparações simples, mas ilustrativas: “Se antes os criminosos precisavam enterrar dinheiro, agora alguns já lavam recursos por meio de uma fintech aberta por parceiros; se antes saqueavam transportadoras para vender segurança ou ter influência sobre a empresa, agora tentam manter as suas próprias frotas”, diz Bechara.

É um novo ambiente, complexo e desafiador, pois é necessário refinar a apuração para separar lícito de ilícito. A empresa pode ser formal, prestar serviços, mas ter sido criada com dinheiro da venda de cocaína e ter traficantes entre os sócios.

“Nas investigações, a gente tem a preocupação de trabalhar com dados e evidências, filtrando o que é boato e exagero, até para não distorcer a ação da política pública ou criar temor desnecessário que possa impedir o bom funcionamento da economia”, diz o promotor de Justiça do Gaeco Lincoln Gakiya, que atua com a investigação de facções criminosas, especialmente o PCC, há mais de duas décadas.

“Mas é fato que as facções estão constituindo empresas que não são de fachada —operam na economia formal.”

Em São Paulo, afirma Gakiya, uma demonstração disso veio com a Operação Fim da Linha, que encontrou o PCC em duas empresas de ônibus que chegaram a transportar cerca de 700 mil passageiros diários nas zonas sul e leste da capital paulista.

A facção se infiltrou nas licitações de transporte público sem seguir a cartilha da criminalidade tradicional. Formou uma rede de advogados especializados em concessões públicas, criou as empresas e seus perfis, disputou e ganhou a licitação. A estratégia de combate também precisou ir por outra vertente, mostrando o desafio da situação: denunciar a concessão para tirar essas empresas da operação.

No setor imobiliário, os investigadores se depararam com uma engenharia financeira inusitada. Em sua colaboração, antes de ser assassinado a tiros na entrada do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach detalhou como o crime organizado estava usando os FIPs (Fundos de Investimento em Participações). Não eram FIPs exclusivos do PCC, mas papéis que recebiam aplicações de investidores em geral.

Um advogado de um importante escritório paulista, que atua na área empresarial, já se deparou com esse problema, que qualificou como gravíssimo para os seus clientes. Afirma que, como as estruturas societárias se tornaram muito sofisticadas, é difícil identificar quem é o verdadeiro dono de uma empresa com quem se faça qualquer transação. Ou seja, o temor de gente séria e honesta é estar trabalhando, sem saber, com o PCC.

Um dos setores em que a ação dos criminosos tem gerado grande preocupação é o de combustíveis. Segundo as autoridades, o fato de ele ter falhas de regulação e de fiscalização abriu espaço para inúmeras práticas ilegais, antes até de qualquer relação com PCC e CV —adulteração, sonegação, fraudes em medição de bombas, importação ilegal de nafta. Todos os elos da cadeia estão comprometidos, incluindo refino, distribuição, transporte e fornecimento ao consumidor na bomba. Agora, exige investigação redobrada para identificar onde estão as facções.

“Estamos diante de uma situação muito delicada, não apenas pela concorrência desleal que o crime cria para empresas formais, mas pela insegurança que gera, tanto regulatória quanto para o ambiente de negócios”, disse à Folha Paulo Gonet, procurador-geral da República que acompanha o problema em nível nacional.

Gonet defende que um instrumento importante para deter o avanço de facções dentro do tecido da economia formal é a instituição do Gaeco Nacional. O organismo, diz, vai unificar as ações das procuradorias no combate a grupos criminosos.

Segundo a Folha apurou, os riscos do crime organizado na economia e a busca de alternativas para deter seu avanço já foram discutidos até em organismo como o CDPP (Centro de Debate de Políticas Públicas), think tank independente e suprapartidário que reúne uma elite de pensadores da economia nacional.

A Febraban, federação que representa os grandes bancos, preocupada com a possibilidade de uso de algumas fintechs por criminosos, defende a antecipação do prazo para que todas essas instituições se regularizem e peçam autorização junto ao Banco Central.

“Embora a concorrência seja bem-vinda e saudável, tem de ocorrer em condições de igualdade, particularmente na observância das regras prudenciais e de prevenção a lavagem de dinheiro”, destacou em nota enviada à reportagem.

A USP (Universidade de São Paulo) também se dedica a pesquisar e apresentar soluções para a infiltração do crime organizado por meio da Esem (Escola de Segurança Multidimensional), do IRI (Instituto de Relações Internacionais). Em dezembro do ano passado, fez o seminário “A Grande Convergência: Crime Organizado e a Infiltração nas Cadeias Produtivas no Brasil”.

“Existe a preocupação de tentar minimizar o impacto do processo de infiltração do crime nos setores produtivos”, explica Leandro Piquet, coordenador da Esem que tem dedicado especial atenção ao tema.

“Essa mudança, do crime violento e predatório para os crimes baseados em mercado, é uma realidade global, e o Brasil está nisso, de forma acelerada, porque está cheio de lacunas e de brechas regulatórias —e essas oportunidades são capturadas por organizações criminosas por meio de múltiplos vínculos.”

O caráter transnacional desse tipo de crime e a necessidade de um combate orquestrado mobilizam organismos como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Em dezembro passado, lançou a Aliança para a Segurança, a Justiça e o Desenvolvimento, uma plataforma para facilitar a colaboração contra ilícitos, que já tem a adesão de 22 países.

Para o presidente do BID, Ilan Goldfajn, a estratégia contra facções deve ser similar à adotada contra o terrorismo: identificar a fonte do dinheiro, segui-la e interrompê-la. Em suas palavras, “cortar o oxigênio do crime organizado”.

Alexa Salomão, Folhapress

‘Representando os baianos na luta por justiça, liberdade e anistia’, diz Diego Castro na Paulista

O deputado estadual Diego Castro (PL) participa, neste domingo (29), do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste domingo (30), na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento é organizado sob o slogan “Justiça Já”.

A manifestação tem como foco rebater a acusação de golpe de Estado atribuída a aliados do ex-presidente, em especial após os desdobramentos envolvendo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e uma das figuras centrais nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estarei representando os baianos na luta por justiça, liberdade e anistia dos perseguidos políticos no Brasil. Ao lado do povo e de Jair Bolsonaro, seguimos firmes na defesa da verdade e contra os abusos de poder”, declarou Diego Castro.

O parlamentar baiano, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado, tem marcado presença em atos promovidos pelo bolsonarismo nos últimos meses, dentro e fora da Bahia.

Bolsonaro intensificou a convocação do ato por meio das redes sociais ao longo da semana. No último dia 21, publicou um vídeo no X (antigo Twitter) em que afirmou: “O Brasil precisa de todos nós. É por liberdade, por Justiça”.

A mensagem foi acompanhada por críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com menções a temas como inflação, custo dos alimentos e cortes na saúde.
O vídeo traz ainda a música “Volta, capitão”, que pede o retorno de Bolsonaro à presidência — embora ele esteja inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Governador Jerônimo prestigia São Pedro de Ipiaú e reforça apoio à cultura baiana

Com mais de R$ 180 milhões investidos nas festas juninas em 2025, Estado reforça compromisso com a cultura, turismo e geração de renda em mais de 280 municípios.
Depois do São João, é hora de celebrar o São Pedro, e em Ipiaú, no Sul baiano, a festa não perde em animação! Acompanhado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o governador Jerônimo Rodrigues, prestigiou a festa da cidade e acompanhou de perto a celebração da tradição das quadrilhas juninas, valorizando as riquezas culturais do estado.

“Tanto para a nossa cultura, que somos nordestinos, quanto para a economia, nos faz feliz. Festa tranquila, de paz, a gente não vê excessos. Os leitos de hospedagens, de pousadas, de hotéis ocupados, as casas alugadas, restaurantes, bares cheios, a economia subiu”, disse Jerônimo, parabenizando a organização da festa.

Em 2025, o Governo do Estado, através das secretarias estaduais do Turismo (Setur-BA) e da Cultura (Secult-BA), investiu mais de R$ 180 milhões nas festas juninas em mais de 280 municípios. O apoio inclui desde a contratação de artistas até o reforço na segurança e na saúde pública. De acordo com o chefe do Executivo baiano, a ação tem parceria com o Ministério Público e Tribunal de Contas, que acompanham a aplicação dos recursos públicos.

Em 2025, o Governo do Estado, através das secretarias estaduais do Turismo (Setur-BA) e da Cultura (Secult-BA), investiu mais de R$ 180 milhões nas festas juninas em mais de 280 municípios. O apoio inclui desde a contratação de artistas até o reforço na segurança e na saúde pública. De acordo com o chefe do Executivo baiano, a ação tem parceria com o Ministério Público e Tribunal de Contas, que acompanham a aplicação dos recursos públicos.

A programação do São Pedro, em Ipiaú, segue até segunda-feira (30), na Praça de Eventos Álvaro Jardim, com entrada gratuita. A grade de atrações deste sábado (28) não deixou ninguém parado, com grandes nomes do forró e do sertanejo como Juninho dos Teclados, Solange Almeida, Zé Neto & Cristiano, Danniel Vieira, Tayrone, Capim de Ferro e Kiko Cigano. Para os demais dias, além de artistas locais, outros nomes conhecidos no cenário nacional como Gustavo Mioto, Calcinha Preta e Bruno e Marrone, animam o público.

A professora Juliana Machado diz estar disposta a curtir todos os dias de festa. “O São Pedro de Ipiaú é referência na nossa Bahia, é tradição e todo mundo espera. Eu acredito que até segunda vai bombar, porque as atrações são boas. Está ótimo, está maravilhoso”, afirmou ela.
No local, Jerônimo visitou o espaço dedicado aos catadores e catadoras de material reciclável e jantou com os trabalhadores que atuam na festa.

Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA
Fotos: Amanda Ercília/GOVBA

Homem é morto a tiros no centro de Ipiaú; é o segundo homicídio em pouco mais de 24h na cidade

A cidade de Ipiaú voltou a registrar um novo homicídio em pouco mais de 24 horas. Na noite deste sábado (28), por volta das 19h30, um homem identificado pelo prenome de Maxuel, conhecido como Suel, de 31 anos, foi assassinado a tiros na Rua Menoel Souza Chaves, popularmente conhecida como Rua da Ciranda.

Segundo informações apuradas pela reportagem do GIRO no local do crime, a vítima estava em frente à própria residência quando foi surpreendida por um carro branco. Um dos ocupantes desceu do veículo com uma arma de fogo e passou a perseguir Maxuel, que ainda tentou fugir, mas acabou sendo atingido por disparos e caiu a cerca de 50 metros de sua casa. Moradores relataram ter ouvido pelo menos seis disparos. Após os tiros, o autor fugiu no mesmo veículo, que ainda não foi identificado pelas autoridades.
Este é o segundo homicídio registrado em Ipiaú em pouco mais de 24 horas. Na tarde da última sexta-feira (27), o mototaxista José Henrique Ferreira Andrade, conhecido como Bufantão, de 19 anos, foi executado a tiros na região rural conhecida como Zeca Souza, também no município.

A autoria e motivação dos dois crimes ainda são desconhecidas. A Polícia Civil irá investigar os casos. Até o momento, ninguém foi preso. A sequência de assassinatos tem causado preocupação entre os moradores da cidade. (Giro Ipiaú)

Ação Policial em Barra do Rocha termina com prisão de suspeitos armados e apreensão de drogas e com veículo roubado

Na noite do último sábado (28), uma ação conjunta entre guarnições da 55ª CIPM resultou na interceptação de um veículo com três indivíduos suspeitos de envolvimento em um homicídio ocorrido em Ipiaú.

Durante a abordagem na cidade de Ubatã, foram apreendidas duas armas de fogo (uma pistola 9mm e um revólver calibre .38), diversas munições, drogas e celulares. O veículo utilizado pelos suspeitos de 32, 28 e 27 anos  de idade possuía restrição de roubo.

Todos os envolvidos, que já tinham passagens pela polícia, foram apresentados na Delegacia de Ipiaú, onde a ocorrência foi registrada.

A 55ª CIPM reforça seu compromisso com a segurança da população, atuando firmemente no enfrentamento ao crime na região.

PM apreende drogas e prende suspeito de tráfico no bairro Euclides Neto, em Ipiaú

Na tarde deste sábado (28), por volta das 18h20, uma guarnição do PETO da 55ª CIPM realizou uma ação de combate ao tráfico de drogas no bairro Euclides Neto, em Ipiaú, após receber denúncia via Central de Operações.

A informação dava conta de que um indivíduo, trajando calça jeans e camisa escura, estaria comercializando entorpecentes nas proximidades de um bar localizado na Rua 19 de Abril. De imediato, os policiais se deslocaram até o local indicado, onde localizaram um suspeito com as mesmas características repassadas na denúncia.

Durante a abordagem e busca pessoal, foram encontrados 87 pinos de substância análoga à cocaína, uma balança de precisão, um aparelho celular e a quantia de R$ 1.080,00 em espécie.

O suspeito de 43 anos de idade e todo o material apreendido foram apresentados na Delegacia de Polícia de Ipiaú, onde a ocorrência foi registrada .

Material apreendido:

  • 87 pinos de substância análoga à cocaína
  • 01 balança de precisão
  • 01 aparelho celular (marca iPhone)
  • R$ 1.080,00 em espécie

A 55ª CIPM reforça seu compromisso com a segurança da população, atuando firmemente no enfrentamento ao crime na região.

Prefeitura de Ipiaú realizará `Processo Seletivo na área da Saúde

A Prefeitura de Ipiaú publicou no Diário Oficial do Município dessa sexta-feira, 27, o edital do processo seletivo simplificado com a finalidade de atender demanda interna de profissionais destinados à manutenção dos serviços de atendimento de saúde do município.

Serão disponibilizadas 58 vagas para provimento de cargos temporários de médicos clínicos, endocrinologista, pediatra, gastro, infectologista e ultrassonografia, além de terapeuta ocupacional , fonoaudiólogo, psicólogo , farmacêutico, técnico de radiologia, técnico de enfermagem, técnico de saúde bucal, oficineiro e fiscal sanitário.

Na quantidade de vagas oferecidas há previsão destinada ao preenchimento por pessoas com deficiência e vagas de ampla concorrência.

Esse processo seletivo se justifica porque não houveram candidatos aprovados em quantitativo total de vagas disponibilizadas no Concurso Público n.º 001/2024 realizado, ficando o quadro de servidores insuficiente para atender de forma plena as demandas existentes na Secretaria Municipal de Saúde.

INSCRIÇÕES

As inscrições dos candidatos que concorrerão ao Processo Seletivo Simplificado foram abertas nesse sábado, 28 de junho, e prosseguem até às 23h59min da próxima quarta-feira, 02 de julho, e deverão ser realizadas, exclusivamente, por meio do endereço eletrônico: eletivosesau.ipiau2025.2@gmail.com mediante o envio do formulário de inscrição anexo ao edital e da documentação exigida em formato pdf (preferencialmente em arquivo único).

As contratações serão feitas por prazo determinado, inicialmente por até 12 (doze) meses, prorrogável por igual período, na forma do art. 4.º da Lei Municipal n.º 2.269/2017, ou até o tempo necessário à realização de novo concurso público, respeitado o prazo máximo de vigência de contratos temporários estabelecido na Lei Municipal nº 2.269/2017.

O exercício das atividades de que trata este processo seletivo simplificado dar-se-á nas zonas urbana e rural do Município de Ipiaú. A seleção será realizada na forma prevista no ANEXO I do presente edital compreendendo uma única fase, considerando, a saber: análise curricular, de natureza classificatória e eliminatória. As contratações serão distribuídas de acordo com a conveniência da Administração Pública.

Maiores detalhes e informações podem ser obtidas no Diário Oficial do município por meio EDITAL PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO SESAU Nº 003/2025 -SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE IPIAÚ-PROCESSO ADMINISTRATIVO SESAU Nº 074/2025. (José Américo Castro- DECOM PMI)

Projeto eólico do Brasil reativa questão de disputa territorial com Uruguai

A construção de um parque eólico no Rio Grande do Sul reacendeu uma antiga disputa territorial com o Uruguai —e parece não ter agradado ao país vizinho, causando uma rusga na relação bilateral.

A instalação da Eletrobras fica localizada em Santana do Livramento, em um terreno de cerca de 8.000 hectares, dentro da área contestada por Montevidéu. O empreendimento começou a ser construído em 2022, com um investimento de R$ 2,4 bilhões, e começou a operar comercialmente no ano passado.

De um lado, o Uruguai diz que não foi informado pelo governo brasileiro sobre o início das obras. Em uma espécie de puxão de orelha público, o Ministério de Relações Exteriores uruguaio emitiu uma nota no início deste mês solicitando que a questão fronteiriça seja retomada.

Na mensagem, a pasta afirmou que enviou uma nota na qual deixa “expressamente consignado” que a construção do projeto “é desconhecida pelo atual governo” e “não implica o reconhecimento do exercício da soberania do Brasil sobre o território”.

Procurado, o Itamaraty disse que recebeu a nota do Uruguai, mas que tratará do tema em canais bilaterais. Já a Eletrobras afirmou que não se pronunciará.

A área sob contestação é de 22 mil hectares, o equivalente a 15% do município de São Paulo, tem um formato de triângulo e fica na fronteira com a uruguaia Rivera. A disputa já dura 90 anos.

Em 1934, o Uruguai expressou pela primeira vez ao Brasil o desejo de rediscutir a posse do terreno. Segundo o país vizinho, houve um erro de identificação do Arroio Invernada, definido como fronteira no tratado entre os países de 1850.

O riacho, no entendimento dos uruguaios, seria um pequeno curso d’água 15 km ao norte. Em 1974, mapas no Uruguai passaram a chamar a zona de formato triangular de “área contestada”.

Em manifestações anteriores enviadas ao vizinho, o Brasil diz não haver dúvida de que a fronteira demarcada no reinado de dom Pedro 2º está correta e afirma estranhar que o vizinho tenha demorado tantos anos para contestá-la.

Na região está a vila Thomaz Albornoz, criada em 1985, durante a ditadura militar (1964-1985), para reforçar a posse brasileira sobre o território. Reportagem da Folha em 2019 mostrou que cerca de 40 famílias viviam no local. Os moradores diziam se sentir uruguaios e reclamavam do descaso brasileiro com a infraestrutura local.

O plano de erguer um parque eólico na região não é recente. Em 2011, quando Uruguai e Brasil eram governados por José Mujica e Dilma Rousseff, um projeto semelhante abrangia a região contestada. Na época, porém, o empreendimento deixou essa área de fora. As usinas se tornaram uma peça central da transição energética no Rio Grande do Sul.

Em seu site, a Eletrobras diz que opera o Complexo Eólico Cerro Chato, composto por seis parques na região de Santana do Livramento. A partir de 2022, a empresa ampliou “a geração eólica, por meio da construção do Parque Coxilha Negra, que está sendo instalado em áreas limítrofes às unidades existentes”.

A estrutura possui 72 aerogeradores e capacidade instalada de 302,4 MW –energia para atender cerca de 1,5 milhão de consumidores, segundo a estatal.

Manoella Smith, Folhapress

Mais da metade dos brasileiros diz ter vergonha do STF, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 27, aponta que mais da metade dos brasileiros tem vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o levantamento, 58% dos entrevistados dizem se envergonhar dos ministros do Supremo, enquanto 30% declaram ter orgulho do tribunal.

O levantamento se baseia em respostas à pergunta: “você tem mais orgulho do que vergonha ou mais vergonha do que orgulho” de uma série de instituições. Foram ouvidas 2.004 pessoas em 136 municípios, entre 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A preferência político-partidária se mostrou relevante para a pesquisa. Apoiadores declarados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu em ação julgada pela Primeira Turma da Corte, que analisa sua participação em trama golpista após as eleições de 2022, se mostraram ainda mais negativos com relação ao STF, com 82% dos entrevistados declarando ter vergonha do Tribunal.

Já entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 52% têm orgulho dos ministros, enquanto 36% têm vergonha; 12% dos entrevistados não se posicionaram.

O pior índice para a Corte – 91% contra 5% – está entre os entrevistados simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro que foi alvo de uma multa de R$ 22,9 milhões por “litigância de má-fé”, após a tentativa de anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

Entrevistados que declararam preferência pelo PT mostram o oposto e com uma diferença estatística menor: 53% de orgulhosos contra 36% de pessoas que sentem vergonha do tribunal.

A preferência religiosa dos entrevistados também indica diferenças. Católicos têm 33% de orgulho dos magistrados, enquanto os envergonhados são 56%. No grupo dos evangélicos, 66% dizem ter vergonha dos ministros e 22% sentem orgulho.

A pesquisa ainda revela que, entre as pessoas que consideram o atual governo ótimo ou bom, 57% afirmam ter orgulho do STF. Já entre os que consideram a gestão do presidente Lula ruim ou péssima, apenas 10% sentem orgulho dos ministros.

Os índices de rejeição ao STF são similares aos dos outros Poderes. 56% dos entrevistados declararam sentir vergonha do presidente Lula, 59% disseram ter vergonha dos deputados atuais e 59% sentem vergonha dos senadores. A pesquisa ainda apontou que 55% dos brasileiros tem mais orgulho do que vergonha dos militares.

O Estado de S. Paulo

Governador gaúcho pede que populações deixem áreas de risco

A previsão de meteorologistas de que pode chover, em partes do Rio Grande do Sul, nas próximas 12 horas, o equivalente ao volume esperado para todo um mês, levou o governador Eduardo Leite a fazer novo alerta para que as pessoas deixem as áreas de risco e procurem abrigo em locais seguros.

“Estamos pedindo: saiam das áreas de risco. É por apenas uma noite. Amanhã [29] à tarde, esperamos ter uma volta à normalidade”, declarou Leite, assegurando que, com o apoio do governo estadual, as prefeituras montaram e adequaram abrigos para receber as pessoas que não tiverem para onde ir.

Segundo o governador, em algumas regiões, como as da Serra e dos Vales, são esperados entre 100 milímetros e 130 milímetros de chuva em apenas 12 horas, a partir do fim da tarde de hoje (28).

“É muita chuva. É a chuva de um mês inteiro em apenas 12 horas, o que gera muitos riscos”, comentou Leite, destacando que, em virtude das chuvas das últimas semanas, o solo já se encontra encharcado, o que aumenta o risco de deslizamentos. Além disso, com a volta de precipitações intensas, rios como o Jacuí tendem a transbordar, provocando alagamentos.

“Cento e trinta milímetros em 12 horas pode parecer menos do que já enfrentamos, mas sobre um solo já encharcado, é um fator crítico. Isso gera saturação e pode provocar a movimentação de massa [solo], o que é nossa maior preocupação, mais do que com as inundações”, continuou Leite, que na manhã de hoje visitou as cidades de Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado, na região da Serra, onde coordenou reunião com representantes municipais e de órgãos de defesa estaduais.

A jornalistas, Leite garantiu que, no momento, o trabalho das equipes estaduais e municipais está focado em ações preventivas. O governador também assegurou que, após a tragédia das chuvas de maio de 2024, o poder público está mais bem equipado e preparado para lidar com as consequências de situações climáticas extremas.

“O foco da nossa atuação, agora, é remover as famílias de situações de risco, das beiras de rios, de encostas, evitar a circulação em rodovias que poderão ser atingidas, mas precisamos muito da colaboração das pessoas”, finalizou Leite, pedindo que as pessoas procurem se manter informadas da situação em suas cidades por meio das redes sociais oficiais dos órgãos estaduais e municipais.

Agência Brasil

Carro de passeio cai em lago às margens da BA-120, entre Algodão e Ibirataia

Um carro de passeio com quatro ocupantes caiu em um lago às margens da BA-120, na região da Fazenda Canta Galo, trecho entre o distrito de Algodão e a cidade de Ibirataia, no início da noite deste sábado (28). As informações preliminares foram apuradas pelo site GIRO apontam que o condutor do veículo teria perdido o controle da direção após ser ofuscado pelo farol alto de um caminhão que trafegava no sentido oposto. O carro saiu da pista, desceu uma ribanceira e acabou parcialmente submerso no lago localizado às margens da rodovia.

Entre os ocupantes, uma menina de aproximadamente 11 anos engoliu muita água e precisou de atendimento de urgência. Ela foi socorrida e encaminhada inicialmente para a Fundação Hospitalar de Ibirataia, onde recebeu os primeiros cuidados médicos. Até o momento, o estado de saúde dela não foi oficialmente divulgado.

A Polícia Rodoviária Estadual foi acionada e se deslocou até o local para registrar a ocorrência. As causas do acidente serão apuradas e um boletim detalhado deverá ser divulgado nas próximas horas. O acidente deste sábado ocorreu nas proximidades do mesmo local onde um ônibus da empresa Cidade Sol tombou no último dia 21 de junho, deixando dois mortos e cerca de 20 feridos.

Ainda conforme as informações iniciais, as quatro vítimas residem no município de Ibirataia. Os nomes não haviam sido oficialmente confirmados até a última atualização desta matéria. (Giro Ipiaú)

Gaza: ataques aéreos de Israel deixam ao menos 72 mortos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump acredita em novo cessar-fogo na próxima semana. Israel não comentou a ofensiva, mas diz que só tem militantes como alvo.

28), disseram profissionais de saúde, enquanto as perspectivas de cessar-fogo estão melhorando após 21 meses de guerra.

Três crianças e seus pais foram mortos em um ataque israelense a um acampamento em Muwasi, perto da cidade de Khan Younis, no sul. Eles foram atingidos enquanto dormiam, disseram parentes.

"O que essas crianças fizeram com eles? Qual é a culpa deles?", disse a avó das crianças, Suad Abu Teima, enquanto outras se ajoelhavam para beijar seus rostos ensanguentados e choravam. Alguns colocaram flores vermelhas nos sacos para cadáveres.

Também entre os mortos estavam 12 pessoas perto do Estádio Palestino na Cidade de Gaza, que abrigava pessoas deslocadas, e outras oito em apartamentos, de acordo com funcionários do Hospital Shifa.

Mais de 20 corpos foram levados para o Hospital Nasser, de acordo com autoridades de saúde.

Um ataque ao meio-dia matou 11 pessoas em uma rua no leste da Cidade de Gaza, e seus corpos foram levados para o Hospital Al-Ahli.

Outro ataque a uma reunião no leste da Cidade de Gaza matou oito, incluindo cinco crianças, disse o hospital. Um ataque a uma reunião na entrada do campo de refugiados de Bureij, no centro de Gaza, matou dois, de acordo com o Hospital Al-Awda.

Esperanças de um acordo de cessar-fogo na próxima semana

O presidente dos EUA, Donald Trump, diz que pode haver um acordo de cessar-fogo na próxima semana. Respondendo a perguntas de repórteres na sexta-feira, ele disse: "Estamos trabalhando em Gaza e tentando cuidar disso".

Um funcionário com conhecimento da situação disse à Associated Press que o ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, chegará a Washington na próxima semana para negociações sobre um cessar-fogo em Gaza, Irã e outros assuntos.

O funcionário falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com a mídia.

As negociações indiretas entre Israel e o Hamas estão em andamento desde que Israel quebrou o último cessar-fogo em março, continuando sua campanha militar em Gaza e promovendo a terrível crise humanitária do território.

Cerca de 50 reféns permanecem em Gaza, menos da metade acredita-se que ainda esteja viva. Eles estavam entre os 251 reféns feitos quando o Hamas atacou Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando a guerra.

"O que mais resta a fazer em Gaza que ainda não tenha sido feito? Quem mais resta para eliminar?" Yotam Cohen, irmão do refém Nimrod Cohen, disse na noite de sábado enquanto comícios semanais de famílias e apoiadores eram retomados após o cessar-fogo de Israel com o Irã.

Mais de 6 mil mortos desde o fim do último cessar-fogo

A guerra matou mais de 56 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde, que não faz distinção entre civis e combatentes.

O órgão do governo diz que mais da metade dos mortos eram mulheres e crianças e que os mortos incluem 6.089 mortos desde o fim do último cessar-fogo.

Israel diz que tem como alvo apenas militantes e culpa o grupo terrorista Hamas pelas mortes, acusando os militantes de se esconderem entre os civis porque operam em áreas povoadas.

Há esperança entre as famílias dos reféns de que o envolvimento de Trump na garantia do recente cessar-fogo entre Israel e Irã possa levar a mais pressão por um acordo em Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está surfando uma onda de apoio público à guerra do Irã e suas conquistas, e ele pode sentir que tem mais espaço para avançar para acabar com a guerra em Gaza, algo que seus parceiros de governo de extrema-direita se opõem.

O Hamas disse repetidamente que está preparado para libertar todos os reféns em troca do fim da guerra em Gaza. Netanyahu diz que só terminará a guerra quando o Hamas for desarmado e exilado, algo que o grupo rejeitou.

Centenas foram mortos enquanto procuravam comida

Enquanto isso, palestinos famintos estão enfrentando uma situação catastrófica em Gaza. Depois de bloquear todos os alimentos por dois meses e meio, Israel permitiu apenas um punhado de suprimentos no território desde meados de maio.

Mais de 500 palestinos foram mortos e centenas ficaram feridos enquanto buscavam comida desde que a recém-formada Fundação Humanitária de Gaza começou a distribuir ajuda no território há cerca de um mês, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Testemunhas palestinas dizem que as tropas israelenses abriram fogo contra multidões nas estradas que se dirigem aos locais. Os militares israelenses dizem que só dispararam tiros de advertência e que estavam investigando incidentes em que civis foram feridos ao se aproximar dos locais.

Milhares de palestinos caminham por horas para chegar aos locais, movendo-se pelas zonas militares israelenses.

Esforços separados das Nações Unidas para distribuir alimentos limitados foram atormentados por gangues armadas saqueando caminhões e por multidões de pessoas desesperadas descarregando suprimentos de comboios.
O número de mortos no sábado incluiu duas pessoas mortas por tiros israelenses enquanto esperavam para receber ajuda perto do corredor Netzarim, uma estrada que separa o norte e o sul de Gaza, de acordo com os hospitais Al-Shifa e Al-Awda, que receberam um corpo cada.

Não houve comentários militares israelenses imediatos.

Ministros operaram em alta da conta de luz, diz Prates

Autor do projeto das eólicas em alto-mar, o ex-presidente da Petrobras e ex-senador Jean Paul Prates abre fogo contra o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Prates afirma que ambos manobraram contra o projeto junto ao Congresso, o que ajudou lobbies e encarecerá a conta de luz em R$ 64 bilhões por ano.

Para ele, esses jabutis deformaram o projeto original, que pretendia somente regular a produção de energia em pedaços do mar, os chamados prismas energéticos. Prates diz ainda que essa situação acabou criando mais uma crise institucional.

Publicamente, Silveira e Costa nunca defenderam os jabutis do projeto. Consultados, eles não quiseram se manifestar.

Há quem defenda que esse enxertos não são jabutis porque seria preciso ter energia firme de reserva diante da criação de mais parques eólicos em alto-mar.

O projeto surgiu no Senado e foi aprovado por unanimidade. Foi para a Câmara dos Deputados. Aí, Rui [Costa, ministro da Casa Civil] e o Alexandre [Silveira, ministro de Minas e Energia] pensam “por que não enxertar os jabutis todos” [no projeto de lei]. Começam a fazer de conta que estão trabalhando contra os lobbies, quando, na verdade, eram contra o projeto.

O senhor está afirmando que isso era um plano deliberado dos ministros?
Sim, totalmente. A natureza do trabalho dele [Silveira] é sempre promover essa dissídia geral para dela nascer a necessidade de as pessoas ficarem procurando o ministério, os deputados ou senadores eventualmente ligados a eles [Silveira e Costa].

Então, ele fez esse processo como se estivesse agradando todo mundo. Agradou ao presidente com a medida provisória separada, com o negócio da energia popular [Luz para Todos], e, ao mesmo tempo, provoca essa confusão. Todo mundo sabe que está havendo uma guerra fratricida no setor elétrico hoje.

Ao invés de sentar e buscar soluções técnicas, estão animando uma guerra de lobbies para cada um chegar com seu grito e, eventualmente, com mais coisas, e vencer. O reflexo vai se dar em 10 anos, 20 anos.

É por isso que a Fazenda resistiu ao projeto?
O Fernando Haddad [ministro da Fazenda] percebeu isso ainda na época em que estávamos juntos lá [quando presidiu a Petrobras].

Isso pode abrir uma crise institucional se o Planalto decidir questionar a derrubada de vetos no STF?
Sim e a crise institucional é muito ruim. Não é surpreendente que o presidente não tenha a popularidade que espera.

Por que não havia espaço para os jabutis?
O projeto é um marco legal sobre titularidade de áreas offshore. Ele apenas diz que quem for aproveitar um pedaço, um ladrilho dentro do mar, que a gente chama de prismas energéticos [porque eles vão até o leito do oceano], vai ter a titularidade disso regularizada pela lei. E, outra coisa, não é só energia eólica. É toda e qualquer formatação tecnológica que aproveite o mar para geração de energia.

Esses projetos custam muito caro.
Tudo é caro quando começa. O pré-sal era caríssimo, US$ 60 [o barril]. Hoje, ele está a US$ 15 e a tecnologia só evoluiu porque houve interesse econômico para viabilizar uma produção mais barata. A Margem Equatorial não é só petróleo. É o lugar mais atrativo para offshore eólico do mundo porque a plataforma continental é rasa por muitos quilômetros, principalmente no Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. O custo operacional dessa área, me arrisco a dizer, será de um terço à metade. Agora, isso nunca será provado se não tiver projetos que comecem agora. Até porque eles levarão oito anos para se desenvolver.

Ok, mas os ganhos, quando essa indústria estiver operando, serão maiores do que os R$ 64 bilhões que pagaremos na conta de luz?
É temerário fazer esse cálculo, mas acho que o benefício pode até ser maior. Agora, isso não quer dizer que os jabutis [inseridos na lei] devem passar como custo necessário, porque isso é uma chantagem.

RAIO-X
Jean-Paul Prates
1968, Rio de Janeiro — Advogado e economista, atua como executivo e gestor ambiental. Iniciou a carreira na Petrobras, onde ocupou o cargo de presidente de 2023 a 2024. Também foi senador pelo Rio Grande do Norte de 2019 a 2023, quando se dedicou aos temas de energia, infraestrutura, regulação e meio ambiente

Julio Wiziack , Folhapress

Boa programação marcou da Festa de São Pedro

Começou ontem, sexta-feira, 27, e prossegue até a próxima segunda-feira, 30, a tradicional festa de São Pedro em Ipiaú.
Milhares de pessoas prestigiaram o evento na praça Álvaro Jardim e se divertiram com os espetáculos apresentados pelos artistas que animaram a folia, promovida pela Prefeitura municipal, através da Secretaria de Cultura , Esportes , Turismo e Eventos.

A programação teve inicio no período da tarde com o belíssima festival e quadrilhas juninas, mesclando a tradição com inovações nas temáticas, coreografias, figurinos e outros detalhes que arrancaram aplausos da platéia.

O festival resulta de uma política publica de valorização das culturas populares, implementada pela administração municipal.
Em cena estiveram as juninas: Rapatição ( Ipiaú), Caipiras do Porto ( Itacaré), Paixão Junina (Itagibá) e Mel de Uruçu (Uruçuca). Cada uma com sua original proposta de trabalho. O festival demonstrou a grandiosidade, dedicação e capacitação dos seus protagonistas. O alto nível das apresentações aconteceu sem qualquer competitividade.

Na sequencia da programação do festejo aconteceram as apresentações de Carol Souza e Adriano Ryos, Ana Castela, Edgar Mão Branca, Maiara e Maraisa, Rafinha, Donas do Bar e Larissa Souza.
O publico infantil vibrou intensamente com o show de Ana Castela. Muitas meninas presentes no circuito da festa usavam chapéus semelhantes à artista. Após a apresentação a “boiadeira” atendeu diversas crianças em seu camarim, dando demonstração de gentileza e atenção.

A prefeita Laryssa Dias esteve no palco junto com Edgar Mão Branca e a dupla Maiara e Maraisa. Foram momentos em que ela recebeu os elogios dos artistas pela organização da festa e comprovou seu carisma perante o publico presente.

Na noite deste sábado, 28, a segunda da festa, a programação prossegue com as apresentações de Solange Almeida, Zé neto e Cristiano, Daniel Vieira, Tayrone, Juninho dos Teclados, Cupim de Ferro e Kiko Cigano.( José Américo Castro/Decom PMI).

Fotos- Anderson nem, Janaina Castro

Morre Cássio Muniz Motta Coutinho

Cássio Muniz Motta Coutinho, de 57 anos, faleceu na noite de sexta-feira, 27 de junho, no Hospital Geral de Ipiaú, para onde foi levado após sofrer um ataque cardíaco. Ainda em sua residência, no bairro Constança, ele se queixava de falta de ar e fortes dores no peito. O sepultamento acontece neste sábado (28), no Cemitério da Saudade I, também conhecido como Cemitério Velho.

Cássio era o filho mais velho do ex-prefeito Miguel Cunha Coutinho e de dona Leonan Oliveira, e irmão da ex-vereadora Simone Coutinho. Era casado com Maria Conceição Oliveira Magalhães (Concinha), com quem teve três filhos: Iago, Caique (falecido) e Leonan. Deixa um neto, Luís Felipe. (GIRO /José Américo Castro)

Lixão flutuante no Peru contamina rio no AM e Defensoria cobra ação do governo Lula

O avanço de um lixão flutuante a céu aberto, instalado há pelo menos duas décadas no vilarejo peruano de Islândia, na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, tem contaminando as águas do rio Javarizinho, afluente do rio Javari, e afetando diretamente a população de Benjamin Constant, no interior do Amazonas.

A situação levou a Defensoria Pública do estado a pressionar uma solução por parte do governo federal. A instituição enviou ofícios, no dia 18 de junho, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e ao ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), pedindo cooperação internacional para resolver o impasse.

O lixo, que, segundo a Defensoria, inclui resíduos orgânicos, hospitalares e até metais pesados, é despejado diretamente sobre o rio e representa uma ameaça à saúde pública e ao meio ambiente na região.

A poluição impacta principalmente ribeirinhos, indígenas e comunidades tradicionais da região do Alto Solimões. De acordo com a Defensoria, os moradores de Benjamin Constant usam a água do rio para consumo e vêm registrando aumento de doenças de veiculação hídrica. Ainda assim, nenhuma medida concreta foi tomada pelo governo federal até agora.

“Quando falamos em crise ambiental, falamos também em violação de direitos humanos. Isso não é uma abstração para quem vive às margens desses rios contaminados, sem ter a quem recorrer”, diz o defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa.

No documento, a Defensoria pede que o governo federal lidere uma articulação internacional para dar fim ao lixão fluvial e garantir a proteção dos direitos humanos na região.

A situação se arrasta há pelo menos 20 anos, segundo relatos de moradores. O lixão ocupa cerca de 4.800 metros quadrados e chega a nove metros de altura —90% do volume fica submerso durante a cheia dos rios. Islândia, onde está localizado o depósito irregular, não tem terra firme suficiente para receber o descarte, o que agrava o problema.

Nesta quarta-feira (25), o coordenador do grupo estratégico da Defensoria que atua com populações vulneráveis, Maurilio Casas Maia, se reuniu com representantes da prefeitura e da câmara de Benjamin Constant para discutir soluções. Uma das propostas foi retomar o uso de uma balsa para armazenar o lixo, alternativa que já foi adotada temporariamente pelo governo peruano no passado.

O subsecretário de Meio Ambiente do município, Weique de Almeida, também defende que a questão seja abordada junto ao governo peruano. “Nós não conseguimos fazer muita coisa, fazemos o que está a nosso alcance. Mas, infelizmente não é o suficiente. Precisamos da internacionalização do problema, que o governo federal, o Itamaraty atue”, diz.

Ainda segundo o parlamentar, a água que abastece o município já apresenta contaminação. “Esse lixo gera chorume e despeja coliformes fecais no rio, que desce para a nossa cidade”, afirma Almeida.

A última análise feita pela prefeitura mostrou que o nível de oxigênio dissolvido na água está em 1,28 miligrama por litro —abaixo do mínimo de 5 mg/L exigido para preservação da vida aquática, estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informou que levou a situação ao governo do Peru no dia 18 de junho, durante reunião do Grupo de Cooperação Ambiental Fronteiriça, que reúne representantes dos dois países. A proposta brasileira foi construir um aterro sanitário conjunto, com contrapartidas a serem definidas em parceria.

O tema voltará a ser debatido na próxima sessão do grupo, marcada para 10 de julho. A pasta afirma que o governo brasileiro mantém iniciativas conjuntas com o Peru voltadas à gestão de resíduos sólidos, especialmente na região do Acre e da província peruana de Tahuamanu, mas reconhece que o caso de Islândia ainda aguarda desfecho.

Apesar do avanço diplomático, o defensor Maurilio Casas Maia lamenta a ausência de medidas práticas. “O pequeno município não possui recursos para construir um aterro sanitário com padrão internacional para receber dejetos do vilarejo peruano”, ressalta.

Segundo estimativas da prefeitura, Benjamin Constant produz de 30 a 36 toneladas de lixo por dia. Islândia, cerca de 10.

A Defensoria alerta que, sem uma ação coordenada, o risco à saúde e ao meio ambiente tende a se agravar e seguirá ultrapassando fronteiras. “A liberação de substâncias tóxicas e mais pesados poderá gerar surtos de doenças. É imprescindível que se estabeleça uma parceria internacional imediata para conter esse colapso ambiental e sanitário”, afirmou o defensor Renan Nóbrega, que atua no município.

A reportagem procurou também o Itamaraty e a Casa Civil da Presidência da República, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Aléxia Sousa, Folhapress

Alvo da Overclean, ex-prefeito de Paratinga ganhou cargo no governo Jerônimo

Alvo da quarta fase da Operação Overclean, nesta sexta-feira (27), o ex-prefeito de Paratinga Marcel José Carneiro de Carvalho foi acomodado no núcleo de articulação política do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no mês passado.

A nomeação de Carvalho foi publicada no Diário Oficial do último dia 24 de maio, para o cargo de Assistente I, símbolo DAS-2C, do quadro especial da Casa Civil, mas para exercer função na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), que concentra toda a articulação política do governo.
Foi na casa de Marcel que a Polícia Federal encontrou R$ 3,2 milhões em dinheiro vivo em gavetas e armários durante buscas realizadas nesta sexta.

A quarta fase Overclean foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mirou emendas do deputado federal Félix Mendonça (PDT) para três municípios baianos, sob a suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro.

A operação incluiu a quebra do sigilo telefônico do deputado e também o afastamento do cargo dos prefeitos de Ibipitanga, Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira (PT), de Boquira, Alan Machado França (PSB), e do assessor do deputado Félix, Marcelo Chaves Gomes, além de pedidos de buscas contra eles e contra o ex-prefeito de Paratinga.



Política Livre 

Vídeo mostra todo o abismo onde Juliana Marins caiu e o corpo sendo içado sobre pedras do Rinjani

Imagens postadas pelas equipes de socorristas dão a dimensão da queda, de cerca de 600 metros, e mostram as rochas nas quais a brasileiras pode ter se chocado.

Imagens de drone publicadas por socorristas indonésios dão a dimensão da queda da brasileira Juliana Marins no Monte Rinjani.

O vídeo percorre desde o ponto mais alto, ainda na trilha onde a carioca estava antes de cair por cerca de 600 metros, até um local repleto de pedras de onde o corpo era içado.

É possível ver muitas pessoas no topo da montanha e cordas descendo até onde estão outros socorristas em pontos diferentes do terreno íngreme do vulcão. Segundo um dos envolvidos, havia um total de 30 pessoas no local, sendo 7 deles no paredão.
"Ok, talvez este vídeo possa responder e explicar: Não somos heróis e não esperamos ser chamados de heróis. Agimos com base na humanidade para manter o bom nome da Indonésia: 4 socorristas no local da vítima, 3 socorristas de prontidão na beira do penhasco, 23 socorristas apoiando o equipamento do sistema no cume", escreveu um dos socorristas que postou as imagens.
Em entrevista concedida num hospital de Bali, o legista responsável pela autópsia disse que o laudo preliminar indicou que Juliana morreu num impacto por objeto contundente, com superfície relativamente plana e dura, que causou ferimentos por todo corpo – o mais grave deles nas costas.

Disse também que os indícios mostram que a morte foi quase imediata, no máximo até 20 minutos após esse impacto direto e que a possibilidade da causa ter sido fome ou inanição é praticamente nula. Afirmou ainda que não encontrou indícios de lesões por hipotermia.

Vista em 3 pontos
Não se sabe quantas quedas Juliana sofreu, mas ela foi vista ao menos em três pontos do penhasco. Após a primeira, no sábado (21), ela foi filmada por um drone de turistas espanhóis se mexendo, a 300 metros de trilha (veja abaixo).

Na segunda-feira (23), um drone com sensor térmico localizou juliana imóvel. Ela tinha deslizado mais, e o resgate não conseguiu chegar até ela porque, segundo os socorristas, a corda era menor do que o necessário.

Na terça-feira (24), eles chegaram até a jovem, mas ela já estava morta – a 600 metros do local da queda.

Juliana caiu em um barranco com centenas de metros de profundidade, em direção ao lago Segara Anak, na região do Monte Rinjani, por volta das 6h30 do sábado.

O local exato é no ponto Cemara Nunggal, uma trilha cercada por desfiladeiros que leva ao cume do Rinjani.

Apesar da queda, as autoridades competentes disseram que Juliana ainda estava viva no sábado. Isso está de acordo com imagens de drones e outros vídeos gravados por vários escaladores — que circularam online e foram transmitidos pela mídia brasileira.

Três dias depois, na terça-feira (24/06), a equipe de resgate conseguiu se aproximar de Juliana e declarou a vítima morta. Seu corpo foi resgatado no dia seguinte.
Por: G1

Mototaxista é morto a tiros na zona rural de Ipiaú

Um mototaxista, identificado como José Henrique Ferreira Andrade, apelidado de “Bufantão”, de 19 anos, foi morto com vários tiros no final da tarde desta sexta-feira (27), na região conhecida como “Zeca Souza”, zona rural de Ipiaú. Conforme as informações preliminares apuradas pelo GIRO no local, tudo indica que a vítima tenha sido seguida pelo autor dos disparos. 

As circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas. A Polícia Militar isolou a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnica para fazer a perícia e recolher o corpo para o IML de Jequié para os procedimentos de praxe. A motivação e autoria do crime serão apuradas pela Polícia Civil. (Giro Ipiaú)

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