Bolsonaro afirma que transferiu R$ 2 milhões para Eduardo via Pix
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| Foto: Marcos Corrêa/Presidência/Arquivo |
O ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal que deu R$ 2 milhões a seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. À coluna, ele disse: “o dinheiro é meu e é limpo. O Eduardo está nos EUA com duas crianças pequenas e eu o ajudei. Fiz para ele um depósito por Pix.” A transferência aconteceu no dia 13 de maio.
O ex-presidente afirmou também para PF que o filho tem 41 anos e total autonomia sobre seus atos.
Mônica Bergamo, Folhapress
Ex-prefeita de Jequié é punida por irregularidades no repasse de recursos
Na sessão desta quinta-feira (05/06), os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios consideraram irregular a prestação de contas de recursos repassados pela Prefeitura de Jequié, na gestão da ex-prefeita Tânia Britto, ao Centro de Educacional Especializado de Jequié – CEEJE, que teve como responsável, à época dos fatos, Karine Stephani Duarte.
O relator do processo, conselheiro Plínio Carneiro Filho, imputou à ex-prefeita uma multa no valor de R$5 mil e determinou o ressarcimento aos cofres municipais – de forma solidária entre as gestoras – da quantia de R$585.097,40, em razão da ausência de comprovação das despesas.
A parceria – firmada no exercício de 2014 – visava a prestação de serviço de assistência social para crianças, adolescentes e adultos com deficiência, em situação de risco e em condição de vulnerabilidade social. E, para isso, a Prefeitura de Jequié repassou à entidade recursos na ordem de R$1.158.984,00, sendo o valor de R$573.887,24 proveniente do Fundo Nacional de Assistência Social – FNAS (recursos federais de competência do Tribunal de Contas da União) e R$585.097,40 de recursos próprios do município.
Em relação ao montante da competência do TCM, a relatoria concluiu pela irregularidade do repasse, vez que a omissão de documentos essenciais por parte da gestora impediu a Corte de verificar a legalidade na aplicação desses recursos.
O Ministério Público de Contas também se manifestou, por meio da procuradora Camila Vasquez, pela irregularidade da prestação de contas do convênio celebrado entre o Município de Jequié e o Centro Educacional Especializado de Jequié – CEEJE, sugerindo a aplicação de multa às gestoras. Opinou, ainda, pela determinação de ressarcimento, com recursos próprios e de forma solidária, no importe integral do valor repassado.
Cabe recurso da decisão.
Lula volta a criticar Israel e fala em ‘genocídio premeditado’ em Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou Israel de cometer um “genocídio premeditado” na Faixa de Gaza. A declaração foi dada nesta quinta-feira (5) durante visita de Estado à França, em entrevista coletiva conjunta com o presidente francês, Emmanuel Macron.
“Não é possível a gente aceitar uma guerra que não existe. É um genocídio premeditado de um governante de extrema direita que está fazendo uma guerra, inclusive, contra os interesses do seu próprio povo. Porque a Israel, ao povo judeu, também não interessa essa guerra”, disse Lula, em resposta a uma pergunta da imprensa, sem citar o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
“O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, o que está acontecendo em Gaza é um genocídio de um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”, disse Lula, repetindo frase semelhante que havia dito há poucos dias.
O brasileiro também afirmou que a comunidade internacional deve dizer basta à campanha militar israelense em Gaza e disse que “é triste saber que o mundo se cala diante de um genocídio”.
Lula voltou a defender o tradicional pleito brasileiro de ampliação do Conselho de Segurança da ONU ao se referir ao conflito em Gaza e às disputas territoriais envolvendo Israel e palestinos.
“A ONU de hoje não pode ser a ONU de 1945. A ONU de hoje tem que ter o continente africano participando, o continente sul-americano participando, o latino-americano. Tem que ter países importantes, como a Alemanha, como o Japão. Por que a Índia está fora? É preciso que a mesma ONU que teve autoridade para criar o Estado de Israel tenha autoridade para preservar a área demarcada em 1967”, em referência ao acordo que pôs fim à Guerra dos Seis Dias naquele ano.
Nos últimos dias, o presidente brasileiro tem intensificado suas críticas a Israel em meio à retomada caótica da ajuda humanitária no território palestino, após o fim de bloqueio de semanas promovido por Tel Aviv sob o argumento de que o auxílio antes distribuído era roubado por integrantes do Hamas.
Lula voltou a nomear o conflito em Gaza como genocídio, algo que, em 2024, rendeu fortes críticas de Israel, em particular quando comparou a campanha militar israelense à perseguição aos judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
A fala ocorreu durante visita de Lula à Etiópia, em fevereiro de 2024, e teve uma série de consequências. O então embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi chamado para uma represália pública no Yad Vashem, o mais importante memorial sobre o Holocausto, e o então chanceler israelense e hoje ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que Lula era “persona non grata” no país.
O Planalto decidiu retirar o diplomata de Tel Aviv, sem substituí-lo, e hoje a missão brasileira não conta com um embaixador. No Brasil, governo segura há meses o aval formal necessário para que o Estado judeu nomeie um novo embaixador.
Sem o aval, o governo Lula estará, na prática, rebaixando seu relacionamento com Israel, que passará a ser representado apenas por um encarregado de negócios, de nível hierárquico inferior.
Guilherme Botacini/Folhapress
Ronaldo Carletto afirma que Avante tem peso para pleitear posição na chapa majoritária, mas que “as ambições são do grupo”
O presidente estadual do Avante, o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, falou sobre as pretensões da legenda de ampliar sua participação na gestão estadual e também de compor a chapa majoritária na eleição de 2026.
Em entrevista a este Política Livre, na manhã desta quinta-feira (05), durante o anúncio de reforma e ampliação do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), o cacique do Avante na Bahia enalteceu a relação com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), mas citou, no entanto, que qualquer discussão sobre montagem da chapa ficará para o ano que vem.
De acordo com Carletto,”existem discussões, bate-papos e rodas de conversa, mas não há nada definido”. Ele ainda pontuou que assim como qualquer outro partido da base de Jerônimo, o Avante vislumbra uma participação na chapa no ano que vem já que, hoje, é o segundo maior partido com 60 prefeitos eleitos em 2024 , 39 vice-prefeitos e quase 500 vereadores.
“Claro, lógico e evidente pelo tamanho do Avante que, assim como qualquer outro partido, quer participar do pleito e, com certeza, vai estar junto com esse grupo político para a reeleição do nosso governador Jerônimo Rodrigues. Mas nada que impeça a gente de querer, de fazer, de acontecer. Lógico que todo mundo tem as suas ambições, mas as nossas ambições são as ambições do grupo. O que for melhor para o grupo, nós iremos acompanhar”, frisou.
Na entrevista, Ronaldo Carletto também falou sobre a possibilidade de o Avante abrigar os deputados estaduais do PP que sairão da legenda por conta da federação União Progressista, que surgiu a partir do “casamento” entre o PP e o União Brasil.
Segundo ele, as conversas só vão amadurecer em abril do ano que vem no período conhecido como “janela partidária” que nada mais é do que o prazo legal estabelecido para mudança de partido sem a perda do mandato.
“Eles estão impedidos agora de fazer qualquer tipo de movimentação, até pela legislação eleitoral, que os proíbe de fazer qualquer tipo de movimento nesse sentido. Sem sombra de dúvida não vejo nenhum problema, mas tem outros partidos que eles estão conversando, eles vão analisar, assim como o Avante vai analisar, discutir com a executiva estadual, porque lá eu não faço nada sozinho, é discutido com a executiva estadual. O Avante, hoje, já tem quatro deputados de mandato já alinhados ao nosso projeto. Com certeza nós temos mais de 25 candidatos já conversados, alinhados, que vão ser candidatos na próxima eleição”, destacou.
Carine Andrade e Reinaldo Oliveira
Governo quer ampliar exposição de Lula em nova ofensiva após queda de popularidade
Integrantes do governo Lula (PT) querem ampliar a exposição do presidente, em mais um esforço de comunicação para recuperar a popularidade do petista. O plano é aumentar a participação de Lula em eventos e entrevistas, com o objetivo de expandir o alcance das ações do governo.
Uma pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto mostrou que a grande maioria dos entrevistados gostaria de ouvir mais o presidente.
Na interpretação de assessores, o resultado sugere que as mensagens do governo não têm chegado ao público e que haveria espaço para uma ofensiva concentrada na figura de Lula.
Nesse sentido, entrevistas coletivas com o petista, como a que ocorreu nesta terça-feira (3), devem ser mais frequentes, segundo dois auxiliares do presidente.
A estratégia segue uma lógica desenhada por Sidônio Palmeira ao assumir a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência. Para o ministro, o presidente da República deve ser o “motor do conteúdo” da comunicação do governo.
O governo já havia ensaiado outras apostas nesse mesmo sentido.
Em janeiro, Lula convocou uma entrevista na esteira de episódios que tinham gerado degastes à imagem do Executivo. Naquele momento, a Secom havia manifestado a intenção de fazer esse tipo de encontro com maior frequência, o que não ocorreu.
A entrevista da última terça-feira foi acompanhada por Sidônio, que fazia sinalizações a Lula enquanto seguia um roteiro em documento que levava às mãos. Após as declarações do presidente, auxiliares apontaram que pretendem retomar aquele plano.
A equipe de Lula também quer ampliar a vinculação da imagem do presidente ao lançamento e à divulgação de programas do governo. Há uma aposta de integrantes do Executivo em medidas sociais do governo com apelo para recuperar a popularidade do petista.
Auxiliares falam em organizar a divulgação de novos programas a cada mês, pelo menos. Um dos objetivos é evitar que um programa ofusque outro.
Recentemente, o evento de relançamento de programa do Ministério da Saúde para redução da espera por consultas e procedimentos especializados pelo SUS foi adiado por uma semana para evitar a proximidade desse anúncio com a assinatura da medida provisória que amplia a isenção do pagamento da conta de luz para até 60 milhões de brasileiros.
O esforço ocorre num momento em que o petista mantém altos índices de rejeição. Segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4), a avaliação negativa do governo é de 43%, e a positiva, de 26%. Consideram a gestão regular 28%, e 3% não sabem ou não responderam. As taxas estão no pior patamar do mandato.
As projeções feitas pela Quaest para a eleição presidencial de 2026 também mostraram Lula em dificuldades. O petista perdeu vantagem e agora empata tecnicamente em simulações de segundo turno contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Junior (PSD), Eduardo Leite (PSD) e Michelle Bolsonaro (PL).
Dois ministros ouvidos pela reportagem afirmaram que os números eram esperados pelo governo. Pesquisas internas haviam apontado que o escândalo do INSS neutralizou o esforço de recuperação da avaliação do presidente que vinha sendo feito pelo governo nos últimos meses.
O levantamento da Quaest apontou ainda que 31% dos entrevistados disseram que o principal responsável pelos descontos ilegais é o “governo Lula”, 14% culparam o INSS e 8%, o governo Jair Bolsonaro (PL).
Um auxiliar do presidente diz que a fatia de 31% dos entrevistados corresponde ao eleitorado fiel de Bolsonaro e, portanto, o resultado não chama a atenção.
Ele reconhece, no entanto, que a baixa porcentagem de entrevistados que culpam a gestão anterior acende um alerta, sugerindo que o discurso adotado pelo Planalto de que as ilegalidades começaram no governo Bolsonaro não foi incorporado pela sociedade.
Esse aliado do petista afirma que um dos principais desafios do governo ainda é a disputa nas redes sociais, com a direita à frente nesse campo. Ele afirma que é preciso redobrar os esforços e vê a possibilidade de o presidente falar mais à população como uma maneira de ocupar esses espaços.
Outra estratégia discutida por parlamentares e integrantes do governo é reforçar a presença de Lula em viagens pelo Brasil. O próprio petista deu declarações públicas afirmando que voltaria a rodar o país para combater o que classifica como “indústria de fake news”.
Um ministro diz que reconhece a dificuldade do Executivo para transformar o resultado dos programas sociais do governo e dos índices econômicos em números positivos para a gestão petista. Ele minimiza, no entanto, o risco para 2026, afirmando que ainda há tempo para reverter o cenário e apostando nos programas que ainda serão lançados pelo Executivo.
Além do pacote citado por próprio Lula na terça (3), como a linha de crédito para reformas das casas, esse auxiliar cita medidas que ainda estão sendo discutidas pelos parlamentares e que, portanto, ainda não tiveram impacto na popularidade do Executivo. Entre elas, está a proposta de isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000 por mês.
Outro auxiliar do petista diz esperar ainda que os números de popularidade de Lula podem sofrer um efeito positivo com a recuperação da safra agrícola e uma consequente queda no preço dos alimentos. Esse mesmo aliado afirma que a melhoria da percepção sobre a economia, indicada na pesquisa desta quarta, traz um certo alívio para o governo e indica que a percepção negativa da gestão pode ser revertida.
Victoria Azevedo, Folhapress
Drone flagra fuga de cerca de 400 traficantes armados durante operação do Bope na Rocinha
Um drone da Polícia Militar registrou a fuga de aproximadamente 400 traficantes fortemente armados pela mata da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, durante a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizada no último sábado (31).
A ação foi revelada pela jornalista Vera Araújo, no jornal O Globo, e as imagens foram posteriormente obtidas pelo Bom Dia Rio.
O drone, com tecnologia de filmagem noturna, flagrou os criminosos usando roupas camufladas para dificultar a visualização em meio à vegetação densa. Todos estavam armados com fuzis e outros armamentos de grosso calibre.
Segundo a polícia, os drones têm sido fundamentais para ampliar o alcance das investigações e monitorar movimentações em áreas de difícil acesso.
A operação teve como objetivo capturar criminosos oriundos do Ceará que estariam escondidos na Rocinha. Ao todo, 29 suspeitos eram alvos da ação, mas ninguém foi preso. Um policial militar ficou ferido durante o confronto.
A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público e o Governo do Ceará, com apoio de tropas especializadas da PM. De acordo com as investigações, os criminosos estariam envolvidos em cerca de mil assassinatos no Nordeste nos últimos 2 anos, mesmo operando a partir do Rio de Janeiro.
Durante a operação, a polícia apreendeu drogas, armas e munição e prendeu um homem com mandado de prisão em aberto. Os criminosos estavam escondidos em imóveis de luxo e prédios na comunidade, mas conseguiram escapar pela mata assim que a operação teve início.
Por g1 Rio
Dono de construtora é morto durante roubo a mansão nos Jardins, em SP | ...
Ao menos quatro ladrões entraram de carro pela garagem da residência por volta das 19h20 usando um controle clonado do portão. Vítima foi morta com tiro na nuca.
Um engenheiro de 57 anos, dono de uma construtora, foi morto durante um assalto a sua casa no Jardim Paulista, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, na noite de quarta-feira (4).
Quatro ladrões entraram de carro pela garagem por volta das 19h20 usando um controle clonado do portão eletrônico. Eles chegaram logo após a vítima, Francisco Paulo de Sebe Filippo, entrar em casa.
Os assaltantes desligaram as câmeras de segurança do lado interno e ficaram cerca de oito minutos na residência.
Depois de render Filippo, os ladrões deram um tiro na nuca dele e fugiram com joias. Segundo a polícia, não havia sinais de que o engenheiro tivesse reagido.
A mulher dele chegou em casa com o filho do casal de 5 anos logo depois, mas já encontrou o marido morto.
Câmeras de segurança do lado externo da casa mostram quando eles deixam o local. Os bandidos estavam em um HB20, que depois acabou abandonado em Moema e já foi localizado pela polícia. Eles seriam integrantes de uma quadrilha conhecida por assaltar casas.
Além do celular do engenheiro, foi encontrado na casa, caído no chão, um outro celular, que não é de ninguém da família e passará por perícia.
O corpo dele foi levado para a cidade de Guaratinguetá, no interior do estado, onde será velado e enterrado.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) vão trabalhar em conjunto nas investigações desse caso porque a polícia quer saber se esse crime tem relação com outras invasões a residências de alto padrão em São Paulo.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada já sem vida no interior de sua residência. Dois celulares foram apreendidos no local.
Por Bruno Tavares, Patrícia Marques, Eliezer dos Santos, TV Globo e g1 SP
Operação Piratas do Asfalto cumpre mandados de prisão no Sudoeste
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a Operação Piratas do Asfalto, com o objetivo de cumprir mandados judiciais nos municípios de Poções, Boa Nova e Manoel Vitorino, contra integrantes de um grupo criminoso envolvido em roubos e furtos de cargas na região Sudoeste do estado.
As investigações indicam que o bando é responsável por ao menos 27 crimes patrimoniais cometidos nos últimos três anos, resultando em um prejuízo estimado em mais de R$ 6 milhões. Além do cumprimento de mandados de prisão, estão em curso buscas e apreensões, incluindo veículos pertencentes aos suspeitos.
Mais de 200 policiais civis e rodoviários federais participam da operação, que segue em andamento com a realização de oitivas e diligências investigativas.A ação é coordenada pela 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (10ª Coorpin/Vitória da Conquista) e pela Delegacia Territorial de Poções, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (GAECO), vinculado ao Ministério Público do Estado da Bahia e da Promotoria de Poções.
texto: Ascom PC
Dois foragidos da Justiça são localizados durante a segunda fase da Operação Concórdia
Indiciados por homicídios, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e organização criminosa são alvos desta etapa.
Com o objetivo de retirar do convívio social envolvidos com homicídios, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e organização criminosa, que estão com mandados de prisão em aberto, a Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deflagrou nesta quinta-feira (5) a segunda etapa da Operação Concórdia. Dois foragidos da Justiça já foram localizados.
Um dos suspeitos foi preso no bairro da Liberdade. Ele é apontado como responsável por organizar os estoques de drogas nos pontos de tráfico, armazenar os entorpecentes em sua residência para serem distribuídos, cobrar os valores oriundos das vendas do material ilícito e prestar contas para a liderança do grupo criminoso.
O segundo mandado foi cumprido em São Marcos. Cleison de Carvalho Rodrigues, que era “puxador de bonde”, resistiu à prisão e ficou ferido durante confronto com as equipes policiais. Ele chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, onde morreu.
A ação, que integra um esforço estratégico voltado à responsabilização penal de autores já indiciados em procedimentos que tramitam no Poder Judiciário, ocorre simultaneamente em bairros de Salvador e na cidade de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro.
Equipes do Núcleo de Operações, da Agência de Inteligência, do Grupo de Capturas, da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central) e da 3ª (DH/BTS), que integram o DHPP, participam das diligências, com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Primeira fase
Sete indiciados pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo tiveram os mandados de prisão cumpridos durante a primeira fase da Operação Concórdia, deflagrada no último dia 30. Os foragidos foram localizados na capital baiana, nos bairros de São Marcos, Vila Canária e Castelo Branco, e nos municípios de Vera Cruz e Macururé, além da cidade carioca de Rios das Ostras.
Uma mulher, tia de um dos alvos, foi presa em flagrante com uma pistola, carregador, munições, drogas, celulares, colete balístico e anotações relacionadas ao tráfico de entorpecentes. Equipes do DHPP, com o apoio dos Departamentos Especializado de Investigações Criminais (Deic) e de Inteligência Policial (DIP), da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Militar da Bahia e da Polícia Civil do Rio de Janeiro participaram da primeira etapa.
Texto: Ascom PC
Governo Trump sinaliza negar pedido de extradição de Zambelli, que cogita ficar nos EUA
Integrantes da gestão Donald Trump sinalizaram a bolsonaristas que um pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao Brasil será negado pelos Estados Unidos, caso ela esteja no país.
Com base nessa informação, a deputada estaria reconsiderando a ida para a Itália, onde essa proteção seria mais frágil. O país permite a extradição mesmo de pessoas com cidadania local.
Outro argumento que aliados dela têm usado é que há uma comunidade de brasileiros bolsonaristas bem estabelecida nos Estados Unidos, sobretudo na Flórida, e que ela poderia contar com esta rede de apoio para trabalhar e viver.
Até agora, no entanto, ela mantém o plano de viajar para o país europeu.
Fábio Zanini/Folhapress
BNDES bloqueia R$ 806 milhões em financiamentos para desmatadores
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegou a R$ 806,3 milhões de financiamentos negados a produtores rurais que promoveram desmatamento ilegal.
O bloqueio é feito a partir de parceria firmada em 2023 entre o banco e o MapBiomas, que monitora os biomas brasileiros via satélite.
O balanço, divulgado na Semana do Meio Ambiente, mostra que chegou a quase R$ 1 milhão por dia o volume de financiamento evitado para produtores ruais que desmatam.
Os 3.723 alertas de desmatamento registrados desde fevereiro de 2023 equivalem a 1% das 337,2 mil solicitações de crédito rural encaminhadas ao BNDES no período.
As operações de crédito rural incluem os programas agropecuários do governo federal com juros equalizados, a linha BNDES Crédito Rural e as que tenham marcação de crédito agrícola pelo Banco Central.
“A tecnologia e uma governança rígida nos permitem atuar com agilidade e precisão na análise do crédito e atender a urgente agenda de enfrentamento das mudanças climáticas”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Segundo ele, só no mês de abril deste ano, o volume de crédito evitado para quem desmata foi de quase R$ 25 milhões.
“O BNDES é um grande parceiro do agronegócio e da pecuária, mas não é complacente com o agronegócio que destrói o meio ambiente. O banco acredita e apoia a agropecuária que tem o meio ambiente como aliado, que inova e é sustentável. O tempo do crédito para o agro que desmata já passou”, acrescenta Mercadante.
Fábio Zanini/Folhapress
Quaest: Lula empata com Tarcísio, Ratinho Jr., Michelle e Eduardo Leite em 2º turno para 2026
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) mostra o presidente Lula (PT) em dificuldades no cenário eleitoral para o próximo ano.
De acordo com a empresa de pesquisas, o petista perdeu vantagem em simulações de segundo turno da disputa presidencial e agora empata tecnicamente com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Paraná, Ratinho Junior (PSD), e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), além da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL).
Em cenário de segundo turno em que o atual presidente concorre com Tarcísio, Lula tem 41% das intenções de voto, ante 40% do adversário. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, a situação é considerada um empate técnico. Votos em branco ou nulo e eleitores que não vão votar somam 14%, e os indecisos, 5%.
Na pesquisa anterior da empresa, em março, Lula ainda tinha vantagem sobre Tarcísio: os índices eram de 43% a 37%. Meses antes, a dianteira era bem mais folgada: 52% a 26%.
A Genial/Quaest fez nesta rodada 2.004 entrevistas em 120 municípios, da quinta-feira passada (29) até o domingo (1º). O nível de confiança é de 95%.
Na simulação de segundo turno entre Lula e Ratinho Junior, o empate também é configurado: o petista teria 40% dos votos, e o rival, 38%. Os indecisos somam 4%, e brancos, nulos e eleitores que não votarão outros 17%. Em março, o placar estava em 42% a 35%.
Quando o adversário apresentado é Michelle Bolsonaro, Lula tem 43% dos votos, ante 39% da adversária. Nesse caso, a diferença está no limite da margem de erro (de dois pontos para mais ou para menos), e a Genial/Quaest considera também um quadro de empate.
A situação também ocorre quando o rival de Lula é Eduardo Leite. O petista obtém 40% dos votos, e o governador gaúcho, 36%.
O levantamento mostra ainda Lula e Jair Bolsonaro (PL) empatados com 41% das intenções de voto em simulação de segundo turno. O ex-presidente, porém, está inelegível até 2030 por causa de condenação na Justiça Eleitoral, embora diga que vá se candidatar.
O atual mandatário manteve a liderança em simulações com outros três nomes cotados para a disputa.
Quando o adversário no segundo turno é o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula vence por 44% a 34%.
Em disputa com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o petista tem 42% das intenções de votos, ante 33% do adversário.
Por fim, em cenário de segundo turno entre Lula e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o placar fica em 43% a 33%.
A empresa de pesquisa também perguntou se o atual presidente deveria se candidatar à reeleição. Disseram que não 66% dos entrevistados —o índice era de 52% no levantamento feito em dezembro.
Além disso, a pesquisa aponta que 65% entendem que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura agora e apoiar outro candidato. O ex-presidente promete insistir em disputar a Presidência, comportamento que tende a embaralhar a escolha de um outro nome de seu campo político para 2026.
Para 17%, se Bolsonaro não for candidato, o nome da direita na sucessão presidencial deve ser Tarcísio, e 16% responderam Michelle. Outros 11% citaram Ratinho Junior.
A Genial/Quaest também pesquisou a rejeição dos candidatos. Nesse quesito, os dois principais líderes políticos do país estão à frente.
Disseram que conhecem e não votariam em Lula 57%, ante 40% que responderam que conhecem e votariam.
Em relação a Bolsonaro, os números são parecidos: 55% disseram que conhecem e não votariam, ante 39% que responderam na linha oposta.
Outro com rejeição elevada é Eduardo Bolsonaro, com 56% de respostas “conhece e não votaria”.
Na pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado), Lula tem 11% das intenções de voto, e Bolsonaro marca 9%.
O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.
Folhapress
Interpol se negou a incluir bolsonaristas na lista vermelha de procurados em revés a Moraes
Acionada a pedido do ministro Alexandre de Moraes para a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), a Interpol negou nos últimos anos dois pedidos de inclusão de dois símbolos do bolsonarismo na difusão vermelha da organização internacional.
As negativas foram dadas com diferentes justificativas e ocorreram no âmbito dos procedimentos internos para conferir se os mandados de prisão do Brasil estavam de acordo com as regras estipuladas pelas regras da Interpol.
Os bolsonaristas alvos do STF (Supremo Tribunal Federal) foram os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Os dois alcançaram visibilidade ainda no início do governo Jair Bolsonaro (PL) com publicações e vídeos em defesa da gestão do ex-presidente.
Allan dos Santos foi para os Estados Unidos em 2020. Em outubro de 2021, Moraes decretou a prisão preventiva do influenciador bolsonarista sob acusação de lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação ao crime.
Por ordem de Moraes, a Polícia Federal requereu à Interpol a inclusão do nome de Allan na lista vermelha —mecanismo por meio do qual se difunde a identidade de um foragido da Justiça aos 196 países-membros da organização solicitando colaboração policial.
O organismo internacional não se satisfez com as informações iniciais enviadas pela Polícia Federal e, ainda em 2021, enviou um pedido de complementação de dados relacionados à acusação contra o influenciador.
“A Secretaria-Geral considera que a descrição das atividades criminosas de Allan Lopes dos Santos não é clara, notadamente no que diz respeito à acusação de lavagem de dinheiro. Assim, para permitir que a Secretaria-Geral conclua sua análise do caso, reiteramos nosso pedido de algumas informações adicionais”, reforçou a chefia da Interpol em email encaminhado à PF.
A decisão final foi comunicada pela Interpol em dezembro de 2022. A organização internacional disse que não incluiria Allan dos Santos na difusão vermelha por falta de informações sobre o crime de lavagem.
A Interpol também decidiu não incluir o nome de Oswaldo Eustáquio em sua lista vermelha. A negativa se deu a outro pedido de Moraes, de 2023. O influenciador bolsonarista teve a prisão decretada meses antes por suposta participação e incitação nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília em 12 de dezembro de 2022.
Naquela ocasião, bolsonaristas radicais incendiaram ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal após a corporação prender o indígena José Acácio Serere Xavante. Sócio de Eustáquio, o também influenciador Bismark Fugazza acabou preso.
Em ofício enviado ao gabinete de Moraes, o coordenador-geral de Cooperação Policial Internacional da PF, Fábio Mertens, comunicou que a Interpol não inclui pessoas com pedidos de refúgio ou asilo político em outros países na lista vermelha de procurados.
Uma das justificativas está no artigo 3º da constituição da Interpol, que diz ser “estritamente proibido à organização empreender qualquer intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou racial”.
Outro revés a Moraes foi quando a Espanha negou, em abril, a extradição de Eustáquio, alvo de dois mandados de prisão por crimes contra a democracia e corrupção de menores. O tribunal espanhol determinou ainda que uma cópia da decisão fosse enviada ao Interpol “para os efeitos procedentes”.
Em reação, o ministro do Supremo suspendeu a extradição de um búlgaro condenado na Espanha sob a alegação de desrespeito ao requisito de reciprocidade pelo lado espanhol.
O novo foco sobre a Interpol vem no momento em que Moraes determinou a prisão preventiva de Carla Zambelli. Na quarta-feira (4), o ministro pediu à Polícia Federal que dê início aos procedimentos para a inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da organização internacional.
O trâmite para a possível inclusão do nome da deputada, porém, não é automático. Os prazos da Interpol para avaliar toda a documentação recebida do lado brasileiro podem permitir que Zambelli faça viagens internacionais —ela está nos Estados Unidos, mas comunicou o interesse de se mudar para a Itália.
Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF por ter invadido os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com auxílio do hacker Walter Delgatti, e ter incluído mandados de prisão e de soltura para causar confusão no Judiciário.
A prisão da parlamentar foi autorizada por Moraes sob a alegação de que ela fugiu do país para evitar o cumprimento da pena.
A Polícia Federal reuniu todas as informações relacionadas à condenação de Zambelli na quarta-feira e enviou o pedido de inclusão do nome dela à Secretaria-Geral da Interpol, em Lyon, na França.
Pela primeira vez na história, a organização internacional é comandada por um brasileiro: Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal.
Um conselho da Interpol será responsável por analisar a documentação e decidir se o pedido de inclusão do nome de Zambelli está de acordo com os requisitos da própria organização internacional.
Cézar Feitoza/Folhapress
Estímulos do governo atrasam efeito da Selic na atividade econômica, dizem economistas
As altas na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central estão levando meses a mais do que o normal para desacelerar a atividade e reduzir as expectativas de inflação, por causa dos estímulos fiscais que, na direção contrária, empurram a economia brasileira neste momento.
Mesmo quando o BC sobe a Selic em situações em que esses incentivos não são tão pesados, o impacto não é imediato. Os efeitos na ponta —como a reação de empresas e consumidores ao novo patamar de juros e os efeitos sobre preços— vão sendo lentamente percebidos até atingirem seu potencial máximo entre seis a nove meses depois da mudança na taxa.
Esse tempo está maior, segundo economistas. A estimativa de Gabriel Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, é que a defasagem da política monetária (nome técnico do fenômeno) varia hoje entre 12 e 16 meses. Em 2022, antes do salto no valor do programa Auxílio Brasil (que depois voltou a se chamar Bolsa Família), o especialista calculava a demora em nove meses.
“A defasagem ficou maior porque o fiscal está entupindo os canais de transmissão da política monetária”, afirma Barros. “Tem muito estímulo fiscal acontecendo, e isso está tirando a potência da política monetária. É como se o BC tivesse uma bola de ferro no pé, que atrapalha de progredir na direção da meta de inflação.”
O especialista afirma esse cenário foi visto no segundo mandato do governo de Dilma Rousseff, quando os estímulos fiscais e subsídios alcançaram patamar elevado. “É um momento parecido com o que vivemos hoje, com programas como o Vale-Gás, o Pé-de-Meia, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida e o consignado privado, entre outros.”
No ano passado, o governo gastou R$ 278,9 bilhões com o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), mas os estímulos vão bem além disso, já que os subsídios medidos pelos gastos tributários (isenções fiscais), por exemplo, foram de R$ 544,5 bilhões em 2024.
“O gasto tem apresentado uma tendência de crescimento quase independente dos governos de plantão”, afirma o economista-chefe da Warren e especialista em contas públicas Felipe Salto.
Hoje em 14,75% ao ano, a Selic vem subindo desde setembro de 2024, quando estava estava estacionada em 10,50%, mas a taxa básica está acima de 10% desde o início de 2022. Apesar disso, a economia vem se mostrando resiliente, com o PIB surpreendendo para cima nos últimos anos.
“Quando a política fiscal é mais expansionista, diminui a potência da política monetária, que passa a ter menos efeito para desacelerar a atividade econômica. Isso gera uma convergência mais gradual, com uma defasagem mais longa”, afirma Fernando Machado, superintendente de pesquisa econômica do Itaú Unibanco.
Os dados de emprego divulgados na semana passada pelo IBGE são o sinal mais recente desse movimento. A taxa de desemprego ficou em 6,6% em abril, o menor patamar para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
“Estamos convivendo há três anos e meio com juros acima de 10%. A economia já deveria mostrar algum sinal de desaceleração. Isso significa que os juros não estão funcionando? Eles provavelmente estão impactando a atividade, mas há outros fatores compensando, como a política fiscal”, aponta Ivo Chermont, economista-chefe da gestora Quantitas.
Apesar da forte injeção de juros na economia, as expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2026 e 2027 estão em 4,50% e 4%, respectivamente, acima do centro da meta perseguida pelo BC, de 3%.
“Estamos no maior nível de juros em quase 19 anos, e poderíamos ter uma queda mais rápida da inflação. Mas a política fiscal expansionista tira a eficácia da política monetária”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
É a mesma avaliação de Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), que lembra que isso acontece apesar da política monetária ter ganhado força com a explosão do crédito à pessoa física observada nos últimos anos.
“É uma força contrária, um volume grande de benefícios, muitos subsídios”, diz. “E isso deve se manter, porque o ciclo político vai falar mais alto neste ano e no ano que vem. Só haverá correção de rumo a partir de 2027, se é que isso vai acontecer”, afirma Marçal.
Para Fernanda Guardado, economista-chefe do BNP Paribas para América Latina e ex-diretora do Banco Central, não houve mudanças substanciais nos canais de transmissão da política monetária.
“Quando se observa as taxas de juros no crédito para pessoas físicas e jurídicas, a conclusão é que elas vêm subindo da forma esperada”, afirma. “Outro canal que reage rápido à política monetária é o câmbio, e o real de fato vem se apreciando”.
Ela acredita que a economia perderá força no segundo semestre deste ano em consequência dos juros mais altos. “O mercado de trabalho é o último indicador que reflete o esforço monetário, porque depende da desaceleração da demanda, redução dos planos de investimentos e eventuais decisões de desligamentos”, afirma.
Na avaliação da economista, o Banco Central ainda subirá os juros uma última vez na próxima reunião, a 15% ao ano, e os deixará nesse patamar por bastante tempo. “Acredito que os juros só voltam a cair em maio de 2026”, diz.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Fazenda afirmou que não tinha porta-vozes com disponibilidade de agenda para conceder entrevista.
Maeli Prado/Folhapress
Caminhão carregado de água mineral sai da pista e colide com árvore na BA-650, em Ibirataia
Motorista sofreu ferimentos leves após acidente na perigosa Curva da Garganta, trecho conhecido por alto número de ocorrências.
Na manhã desta quarta-feira (04), um caminhão carregado com galões de água mineral se envolveu em um acidente na Curva da Garganta, trecho da rodovia BA-650, no município de Ibirataia. O veículo saiu da pista, desceu um barranco e colidiu contra uma árvore. O motorista, identificado como Jorge Luís dos Santos, sofreu ferimentos leves.
Segundo informações iniciais, o condutor teria perdido o controle da direção em um dos pontos mais críticos da rodovia, conhecido por seu alto índice de acidentes — alguns deles com vítimas fatais. As causas exatas do acidente ainda estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.
A vítima, que trabalha para uma empresa de Ipiaú responsável pela distribuição de água mineral na região, apresentava escoriações e queixava-se de dores abdominais. Ele foi socorrido por uma equipe do Samu e encaminhado para o Hospital Geral de Ipiaú, onde recebeu atendimento médico.
A Curva da Garganta é frequentemente citada pela população como um trecho que requer melhorias urgentes na sinalização e segurança viária. O incidente reacende os pedidos por intervenções estruturais que ajudem a evitar novos acidentes no local.
Governo da Bahia e Concessionária Ponte Salvador-Itaparica celebram acordo contratual para avanço do projeto e das obras
O Governo da Bahia e a Concessionária responsável pelo Sistema Rodoviário Ponte Salvador - Ilha de Itaparica assinaram, nesta quarta-feira (4), o novo acordo contratual que vai garantir o avanço do projeto e o início efetivo das obras. Ao lado de secretários de Estado, em seu gabinete, o governador Jerônimo Rodrigues compartilhou a notícia, durante reunião virtual com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que estava acompanhado de Zhu Qingqiao, embaixador da República Popular da China no Brasil.
O ato ocorre após intermediação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/BA), que homologou, em fevereiro, a proposta de conciliação para execução da obra. “Hoje essa assinatura põe fim a essa etapa do processo. Agora é aguardar para que a empresa chinesa, que já fez a sondagem, faça o projeto executivo para que a gente possa continuar avançando com as ações do Governo do Estado para fazer a ponte Salvador-Itaparica acontecer. Vamos exigir que o projeto estabeleça ações para o turismo, a economia e a preservação da cultura. Vamos encurtar caminhos dentro da Bahia e também quanto à relação Brasil-China”, enfatizou Jerônimo Rodrigues.
Após a assinatura de hoje, os próximos passos são a elaboração do projeto executivo e a mobilização dos canteiros de obras nos municípios de Salvador e de Vera Cruz. De acordo com o contrato, as obras devem iniciar no prazo máximo de 12 meses. O sistema rodoviário será um novo vetor de distribuição de renda e vai impulsionar a economia de toda a Bahia, com geração de sete mil empregos.
A discussão contratual não impediu a continuidade da sondagem na Baía de Todos-os-Santos onde será construída a ponte. Em abril de 2025, após 12 meses, foi finalizada a sondagem. Durante a execução dos serviços foram mobilizadas mais de 300 pessoas, contratadas mais de 20 empresas baianas e investidos R$ 200 milhões. A sondagem da Ponte Salvador-Itaparica obteve recordes históricos: foi a primeira no Brasil a atingir 200 metros de profundidade para coleta de material intacto no solo marinho.
De acordo com o ministro Rui Costa, “essa é uma obra estruturante para a Bahia já que impulsiona o desenvolvimento econômico do Sul e Baixo Sul e fundamental para a integração econômica do estado. A construção da Ponte Salvador - Itaparica irá gerar além de milhares de empregos, muitos investimentos no turismo da região. Esse será o maior símbolo físico da integração econômica Brasil-China. É um dia muito feliz para o povo baiano”, afirmou Rui Costa, ministro da Casa Civil, durante reunião com o governador e representantes da empresa chinesa.
Para Claudio Villas Boas, CEO da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, do ponto de vista técnico, a assinatura é um marco imprescindível ao avanço do projeto. “Estamos preparados e muito focados para dar este passo decisivo rumo à concretização do maior projeto de infraestrutura em execução no país. Para os baianos e baianas, a Ponte Salvador-Itaparica vai significar muito mais que uma nova ligação entre duas cidades. Ela será um caminho para a prosperidade, a inclusão e a geração de emprego e renda. Nosso compromisso é garantir que essa transformação aconteça com responsabilidade e eficiência”, conclui.
Em agosto de 2024, o TCE instaurou o processo de Solução Consensual de Controvérsias e Prevenção de Conflitos. Durante três meses, a Corte presidiu inúmeras reuniões com representantes da Concessionária, Governo e técnicos do Tribunal que possibilitaram fazer a proposta de conciliação. Os trabalhos foram conduzidos com a premissa de haver vantajosidade para o Governo e, ao mesmo tempo, garantir a viabilidade deste projeto que irá promover o desenvolvimento social e econômico em diversas regiões da Bahia. Aprovado por unanimidade pelos conselheiros do TCE e pelo Ministério Público de Contas, o documento também foi avaliado e validado pelo governo chinês.
“A primeira vitória é do povo da Bahia, porque um projeto com uma magnitude dessa que é a ponte Salvador-Itaparica, vai trazer uma mudança na economia da sociedade baiana. É também uma vitória para o Tribunal de Contas do Estado, que, após negociação e uma conciliação através do consenso, hoje, inspirado pelo Tribunal de Contas da União, conseguimos, através da compreensão dos nossos técnicos e dos nossos conselheiros, aprovar assinatura desse aditivo”, afirmou Marcus Presídio, presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia.
Desenvolvimento social, urbano e econômico
Esse grande investimento vai promover desenvolvimento econômico a partir da atração de novos empreendimentos em áreas como logística, indústria, comércio, serviços e mercado imobiliário, transformando a vida de 10 milhões de baianos em cerca de 250 municípios. O novo sistema irá também impulsionar de maneira sustentável o turismo na Bahia já que a distância entre Salvador e importantes zonas turísticas do estado, como o Sul e Baixo Sul, será reduzida em mais de 100 km.
Cenário econômico alterado pela pandemia
Em 12 de novembro de 2020, durante a pandemia do Covid-19, foi assinado contrato entre o Estado da Bahia e a Concessionária para a execução das obras e dos serviços necessários à construção, operação e manutenção do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica. Com a pandemia, ocorreram diversas alterações nas condições macroeconômicas em âmbito nacional e internacional que impediram a execução contratual nos termos originalmente estabelecidos e levaram à apresentação de diversos pleitos de reequilíbrio e aprimoramentos contratuais pela Concessionária.
Entre as alterações em função da pandemia estavam, principalmente, questões relativas ao aumento extraordinário e significativo nos preços dos insumos da construção civil e o aumento dos custos dos financiamentos. Inicialmente, a Concessionária adotou diversas medidas buscando equacionar essas questões, mas, diante do volume de pleitos, Governo e Concessionária consideraram ser mais eficiente uma repactuação do contrato de modo mais amplo. Dessa forma, seguindo o exemplo de ações já realizadas a nível federal, foi solicitada a participação do TCE.
O Tribunal, por sua vez, de modo inédito na Bahia, instalou a Comissão de Solução Consensual de Controvérsias para equacionar os pleitos da Concessionária e garantir o aprimoramento e modernização contratual, permitindo assim a continuidade do projeto.
Respaldo Federal
A revisão ampla de contratos em situação de crise tem sido realizada em diferentes esferas da Administração Pública, com o devido respaldo e suporte dos entes públicos contratantes e dos tribunais de contas. No âmbito do Tribunal de Contas da União (TCU), a readaptação e otimização dos contratos de concessão é tida como medida apropriada para torná-los aderentes à nova realidade, sobretudo quando ocorrem alterações significativas nas condições macroeconômicas. Além disso, o artigo 22 da Lei Federal nº 13.448/2017 prevê expressamente a possibilidade de modernização, adequação e aprimoramento dos contratos de concessão.
Fotos reunião TCE/BA: Wuiga Rubini/GOVBA
Ilustração. Projeto da Ponte Salvador-Itaparica
São Félix do Coribe ganha duas ambulâncias e equipamentos de saúde do Governo do Estado
Durante encontro com representantes da prefeitura de São Félix do Coribe, no Extremo Oeste baiano, na tarde desta quarta-feira (4), o governador Jerônimo Rodrigues destinou para a saúde do município, duas ambulâncias e equipamentos hospitalares. A agenda, que reuniu secretários estaduais no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, teve como objetivo tratar das demandas emergenciais para o desenvolvimento do município.
“Tratamos nessa agenda, de mais obras de pavimentação para os bairros, da construção de mais uma escola de tempo integral, ações na área de segurança e saúde e sistema de abastecimento de água nos povoados. Queremos construir o melhor para São Félix do Coribe, que já sai daqui hoje, com duas ambulâncias e equipamentos de saúde”, pontuou o governador.
São Félix do Coribe tem uma população de 16 mil habitantes e já recebeu R$ 29,4 milhões de investimentos do Governo do Estado, em dois anos. Na educação, os recursos estão sendo aplicados na construção do Colégio de Tempo Integral Rio Corrente; e para a mobilidade e infraestrutura, os investimentos estão concentrados na pavimentação das ruas da sede e a duplicação da Avenida Luís Eduardo Magalhães. Ainda está em elaboração de projeto, a pavimentação no acesso a esta unidade de ensino.
Para o prefeito do município, Toni de Dalmir, a parceria com o Governo do Estado é fundamental para melhorar a qualidade de vida da comunidade e impulsionar o desenvolvimento local. “Saímos daqui hoje, extremamente satisfeitos com essa recepção do governador e dos secretários estaduais com a nossa cidade. Tivemos a oportunidade de discutir os problemas prioritários de São Félix do Coribe. Nada supera o poder do trabalho”, afirmou o gestor municipal.
Repórter: Simônica Capistrano/GOVBA
São Félix do Coribe. Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
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