Prefeita Laryssa Dias participa de ato na Embasa para ampliação do abastecimento de água em Ipiaú; investimento de R$ 73 milhões prevê obras em duas fases.

Na última terça-feira, 13 de maio, a prefeita de Ipiaú Laryssa Dias esteve na sede da Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), em Salvador, onde participou do ato de assinatura da Ordem de Serviço para a execução da obra de ampliação do sistema de abastecimento de água de Ipiaú, viabilizada com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a obra está orçada em R$ 73 milhões

Do ato também participaram o Presidente da Embasa, Gildeone Almeida, juntamente com outros membros da diretoria da empresa, e o deputado Patrick Lopes, que tem se colocado como um dos representantes do município junto ao Governo do Estado. A execução ocorrerá em duas fases distintas. Na primeira fase, será feita a ampliação do sistema de captação de água no Rio de Contas e a modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA) na Vila Irmã Dulce. Essa fase também contempla a construção de uma adutora.

A segunda fase, cujo processo licitatório será lançado em breve, inclui a construção de novos reservatórios para atender as regiões mais altas da cidade e a substituição de antigas redes de abastecimento, garantindo maior eficiência e regularidade no fornecimento de água. Durante a reunião, Laryssa foi além da formalidade: cobrou da diretoria da Embasa a definição de um cronograma claro para a execução das obras em Ipiaú e exigiu agilidade na recomposição das ruas que forem impactadas pelas intervenções.

“Nossa cidade precisa avançar, mas com respeito ao dia a dia da população. É essencial que a Embasa devolva as vias recuperadas, com agilidade e qualidade”, destacou a prefeita do município.

José Américo Castro / Decom PMI  

PF cumpre mandados de busca e apreensão na operação contra fraudes em descontos do INSS

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (14), dois mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O órgão informou que os mandados judiciais foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal e cumpridos na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo.

“O objetivo desta fase é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude aos aposentados”, disse a PF.

Na investigação, a CGU afirma que houve aumento “vertiginoso” no volume de descontos entre 2019 e 2020, bem como na arrecadação de associações investigadas.

A controladoria também aponta que o INSS ignorou alertas feitos pelos órgãos de controle em 2024. Segundo a CGU, foram enviados seis ofícios entre 8 de maio de 2024 e 12 de julho daquele ano, pedindo providências, que teriam ficado sem resposta.

Constança Rezende/Folhapress

Lula critica própria delegação após vazamento de conversa sobre TikTok

Em viagem a Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se irritou na manhã desta quarta (14), noite de terça (13) em Brasília, com o vazamento da conversa que ele e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, tiveram com o líder Xi Jinping. No encontro, de forma inesperada para os chineses, Lula disse que era preciso regular a rede social chinesa TikTok no Brasil, e Janja também fez uma intervenção, o que gerou constrangimento.

Lula criticou sua própria delegação ao se referir ao episódio e disse achar estranho o vazamento, mas não apontou um responsável específico. “Alguém teve a pachorra de contar uma conversa que aconteceu em um jantar e que era muito pessoal e confidencial”, afirmou Lula. “Se o ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair [da reunião]”, afirmou Lula sobre a situação.

Segundo Lula, além das autoridades chinesas, só estavam presentes no encontro seus ministros, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o deputado Elmar Nascimento (União-BA).

De acordo com o presidente, a resposta de Xi foi a de que o Brasil tem o direito de fazer a regulamentação das redes. “Não é possível a gente continuar com as redes sociais cometendo os absurdos que cometem, e a gente não ter a capacidade de fazer uma regulamentação.”

Ainda segundo Lula, Xi se comprometeu a enviar uma pessoa para discutir a regulamentação das redes no Brasil. Pequim não se manifestou sobre o conteúdo da conversa.

Nelson de Sá/Folhapress

Segurados do INSS podem pedir devolução de descontos ilegais

A partir desta quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem requerer a devolução de valores descontados indevidamente nos últimos anos. O pedido deve ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135.

Agora é possível saber o nome da entidade à qual o aposentado ou pensionista que teve desconto está vinculado, por meio do serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”, disponível no aplicativo.

Cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados na terça-feira (13) sobre descontos por entidades e associações. Caso o aposentado ou pensionista constate descontos não autorizados, poderá solicitar a devolução dos valores pelo próprio aplicativo, pelo site do Meu INSS ou pelo telefone 135.

Segundo o INSS, podem ocorrer instabilidades no aplicativo por causa do alto volume de acessos. “O INSS afirma que a Dataprev, empresa que fornece tecnologia para o INSS, está monitorando e acompanhando de perto o aplicativo Meu INSS”, respondeu a autarquia à Agência Brasil.

Para ajudar os segurados que não usam meios eletrônicos, o governo negocia com os Correios a abertura da rede de 8,5 mil agências para atendimento presencial.

Consulta
Para acessar a notificação, é preciso baixar, de forma gratuita, o aplicativo, disponível para os sistemas IOS e Android. O download pode ser feito pela App Store, no caso de celulares do modelo IPhone, ou na Google Play Store, para os demais aparelhos.

Após baixar o Meu INSS, será necessário criar uma conta com login e senha, informando o número do CPF. A senha criada serve também para acessar outros serviços públicos, já que todos os portais foram unificados no sistema Gov.br.

Também é possível criar uma conta no Meu INSS por meio de internet banking de bancos credenciados. Neste caso, basta acessar a opção “Entrar com seu banco”, disponível na página inicial do aplicativo.

Com a conta já aberta, é preciso clicar no sininho que aparece no topo, do lado direito; em seguida, em “Configurar Notificações”; e, por fim, selecionar a opção “Permitir notificações”.

Agência Brasil

Dino escala embate com governador no Maranhão após sugerir ‘chapa imbatível’

Em aula magna a alunos de uma faculdade em São Luís (MA), o ministro do STF (Supremo Tribunal de Federal) Flávio Dino se referiu ao vice-governador Felipe Camarão (PT) como candidato ao governo do Maranhão em 2026 e, em tom de brincadeira, fez uma sugestão de vice para sua chapa.

A declaração, na sexta-feira (9), fez escalar a temperatura da já conflituosa relação com governador Carlos Brandão (PSB) e o grupo político remanescente do governo Dino, que comandou o estado de 2015 a 2022.

Brandão e aliados de Dino travam uma disputa de poder no Maranhão, com batalhas que passaram pela eleição do comando da Assembleia Legislativa, atravessou disputas judiciais e desencadeou uma guerra fria pela formação da chapa que vai disputar a sucessão do governador.

No evento para estudantes, Dino cumprimentou o vice-governador Felipe Camarão e brincou com a popularidade da anfitriã, a professora Teresa Helena Barros.

“É um prazer te ver, Felipe. Em nome dessa amizade, quero te dar uma sugestão: coloque a Teresa como vice-governadora, que essa chapa vai ficar imbatível, porque essa mulher é popular”, afirmou.

A fala –classificada como uma brincadeira entre amigos por aliados do ministro– causou desconforto no núcleo político de Brandão por insinuar a candidatura do vice-governador como um fato consumado.

Dino também entrou na mira dos bolsonaristas –o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) informou que vai acionar o Senado e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra o ministro. A legislação brasileira não permite que ministros do STF exerçam atividades político-partidárias.

Carlos Brandão e Flávio Dino têm uma relação política de idas e vindas e estavam afastados politicamente quando o ex-governador, então ministro da Justiça do governo Lula (PT), foi indicado para o STF. Mesmo distantes, não chegaram a romper relações políticas.

Brandão foi vice de Dino e assumiu o governo do Maranhão em abril de 2022, quando o então governador renunciou para concorrer ao Senado. Foi reeleito no primeiro turno e ampliou sua base política, se aproximando do grupo do ex-presidente José Sarney (MDB).

O governador ainda não decidiu se vai se descompatibilizar para concorrer ao Senado ou se fica no cargo para conduzir a própria sucessão, evitando a ascensão de Felipe Camarão. O petista é visto como um nome próximo a Dino, de quem foi aluno e secretário da Educação.

Brandão tem afirmado que o seu foco é governar o estado e que não é momento de disputa política. Mas tem mandado recados sobre a sucessão ao discursar em eventos oficiais.

“Não vou entregar para quem não pode fazer um bom governo. Tem que ser alguém afinado com os nossos amigos. Não adianta entregar o governo para quem vai perseguir nossos aliados, para quem não sabe tocar o governo”, afirmou Brandão na semana passada em Bacabal, sul do estado.

Dias depois, o governador elogiou o ex-prefeito de Cajapió (160 km de São Luís) Dr. Marcone por escolher um sobrinho como sucessor: “A gente não pode entregar para qualquer um, não é?”

A declaração foi vista como um recado, já que o governador cogita o lançar o próprio sobrinho, Orleans Brandão (MDB), para concorrer ao governo. Ele é secretário de Assuntos Municipalistas.

Outro nome cotado para a disputa é o da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB).

A possível candidatura do sobrinho de Brandão é criticada por políticos próximos a Dino. O deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), que rompeu com o governador em abril do ano passado, afirma que o governador quer fazer do Maranhão um negócio familiar.

Para Othelino, Brandão se afastou da centro-esquerda e se aliou a setores conservadores: “Tendo em vista o modelo patrimonialista e atrasado do atual governo, é natural que aqueles que defendem o legado do ex-governador Flávio Dino rompam com o Brandão”.

Ele defende o nome de Felipe Camarão para a sucessão de 2026 e afirma que a pré-candidatura do petista “fica mais leve” quando se afasta do governador.

Aliados de Brandão, por sua vez, afirmam que dificilmente o governador vai apoiar o vice. “Vejo claramente que governador não confia no Felipe para sucessão, acha que será perseguido. E tudo indica isso vai acontecer mesmo”, afirma o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB).

Nacionalmente, PT e PSB têm tentado mediar uma aliança que contemple os dois grupos. Mas enfrenta dificuldades diante da quantidade de arestas entre os dinistas e os aliados de Brandão.

Os dois grupos se enfrentaram pelo comando da Assembleia do Maranhão em 2023 e 2024. Othelino concorreu com Iracema Vale, que acabou prevalecendo, mas a disputa deixou feridas e resultou em questionamentos judiciais.

O Solidariedade, partido de Othelino, também moveu uma ação questionando a nomeação de familiares de Brandão no governo. Ainda há uma disputa em torno da nomeação de dois novos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, travada por decisões judiciais.
João Pedro Pitombo/Folhapress

Escândalo do INSS fez Lula cair em pesquisas, mostram sondagens internas do governo

O escândalo do INSS reverteu a curva da popularidade de Lula (PT), que começava a subir de forma lenta, mas constante desde março. Pesquisas internas a que o governo federal teve acesso mostram que a avaliação positiva do presidente ultrapassou a negativa em abril —para voltar a cair em maio, depois da revelação dos descontos fraudulentos. Agora, o percentual dos que consideram o governo “ruim ou péssimo” voltou a ser maior do que o percentual dos que consideram que ele é “bom ou ótimo”.

Quando a curva da aprovação começa a subir, e a da desaprovação, a cair, marqueteiros e lideranças políticas dizem que elas tomam a forma de uma boca de jacaré. Quanto maior a aprovação, mais “aberta” está a boca. Ela agora voltou a fechar perigosamente, na análise de liderança que teve acesso aos números.

“Caiu tudo de novo”, afirmou à coluna um dirigente do PT. A expectativa é a de que pesquisas feitas por institutos como o Datafolha, o Quaest e o Ipec, que seguem a avaliação de Lula e mostraram que ele se recuperara em abril, divulguem pesquisas que confirmem a nova queda já captada por sondagens internas do governo.

O Datafolha, por exemplo, mostrou em abril que Lula tinha conseguido interromper uma sequência de quedas na aprovação de seu governo, estancando a crise de popularidade do governo. O índice de “bom e ótimo” dele tinha subido cinco pontos, de 24% ara 29%.

Os índices internos que mostram a nova queda jogaram um balde de gelo no ânimo de parte de ministros e parlamentares que apoiam o governo. Um deles chega a dizer que o INSS pode derrotar o governo de vez.

Profissionais de marketing que assessoram o governo, no entanto, acreditam que Lula ainda tem tempo de se recuperar até 2026. E lembram que a força a máquina, no pleito, quase sempre decide a eleição a favor de que está na Presidência.

Eles pontuam que o único presidente a perder a eleição no cargo foi Jair Bolsonaro (PL). Os mandatários anteriores Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula e Dilma Rousseff (PT) conseguiram se reeleger.

Mônica Bergamo/Folhapress

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