Líder da oposição abre casa como QG e busca papel de destaque no bolsonarismo
No dia do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) em que se tornou réu no caso da trama golpista de 2022, Jair Bolsonaro (PL) chegou cedo ao aeroporto de Brasília, acompanhado do líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS).
O ex-presidente estava na véspera em São Paulo, onde participou de um podcast com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), também acompanhado do deputado. Em seguida, foram jantar no Palácio dos Bandeirantes, onde se hospedaram.
A ideia inicial para o dia do julgamento, segundo relatos feitos à Folha, era que tanto Bolsonaro quanto Zucco seguissem para o apartamento funcional do parlamentar, onde acompanhariam a sessão da corte com outros deputados.
Mas o ex-presidente mudou de rota e decidiu ir presencialmente ao STF, após consultar alguns aliados. O deputado foi um dos poucos que acompanhou, de dentro do Supremo, o julgamento do “01”, como o deputado chama o ex-presidente.
Deputado de primeiro mandato, Zucco não era figura frequente nos ciclos palacianos durante os anos de Bolsonaro na Presidência. Os dois estiveram juntos poucas vezes no Planalto, em rápidas visitas, ou em atos e motociatas no Rio Grande do Sul, onde o gaúcho era deputado estadual.
Agora, ele alcançou tamanha proximidade do ex-presidente a ponto de tornar seu apartamento num QG (quartel-general) para encontros com a oposição e Bolsonaro.
O último tinha sido na manhã em que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o ex-presidente sob a acusação de liderar a trama golpista. O encontro serviu de desagravo a Bolsonaro, com parlamentares inclusive de outros partidos. Outra vez, o local serviu para um encontro mais reservado entre Tarcísio e Bolsonaro.
Zucco teve formação militar ao lado do governador de São Paulo e do ex-ministro da CGU (Controladoria-Geral da União) de Bolsonaro Wagner Rosário, mas foi o único a seguir carreira. Ele chegou, de 2010 a 2016, ao cargo de coordenador do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), onde atuava na segurança dos então presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Quando é lembrado, faz questão de destacar que atuava na segurança da instituição e busca se distanciar dos presidentes petistas.
No ano seguinte que deixou o Planalto, Zucco foi apresentado pelo então servidor da Câmara Vitor Hugo –que viria a ser deputado federal e líder do PSL na gestão Bolsonaro– ao então parlamentar que se lançava à Presidência em 2018.
No primeiro encontro, Bolsonaro já incentivou o militar a concorrer para o cargo de deputado estadual com a bandeira de segurança pública. À época, ele dava palestras sobre o tema.
Zucco topou a empreitada e foi eleito com o nome de urna “tenente-coronel” pelo PSL, então partido de Bolsonaro. Depois, ganhou Hamilton Mourão como cabo eleitoral na campanha de 2022.
Eleito pelo Republicanos, mudou para o PL em 2024, com anuência do partido, ficando ainda mais próximo do “01”.
A patente saiu do nome político numa estratégia para ele alçar voos mais altos. Deputado mais votado no Rio Grande do Sul em 2022, ele agora quer buscar um cargo majoritário, como o governo estadual ou o Senado. A palavra final, segundo aliados, será de Bolsonaro.
Além de sua casa funcionar como um QG, Zucco tem viajado com o ex-presidente sempre que é convidado. Passaram juntos os últimos dois carnavais em Mambucaba (RJ), onde Bolsonaro tem casa. Inclusive, estava com ele pescando em um barco no dia em que houve operação da PF (Polícia Federal) contra Carlos Bolsonaro na casa de veraneio da família.
Na Câmara dos Deputados, Zucco presidiu a CPI do MST no primeiro ano de mandato. Após 130 dias, o colegiado não teve sua vigência prorrogada pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), frustrando a oposição.
A comissão foi palco de disputa entre governistas e bolsonaristas e ouviu lideranças do movimento, ex-integrantes do grupo, autoridades, representantes do Incra e especialistas.
O relatório do deputado Ricardo Salles (Novo-SP) trazia projetos de lei para enquadrar movimentos sociais como terrorismo. Acabou não aprovado na comissão.
Em 2024, Zucco assumiu a liderança da oposição, com apoio de deputados e do ex-presidente. Tem pautado sua atuação em organizar coletivas e articular pautas bolsonaristas, como o PL da anistia a presos do 8 de janeiro, e em defesa do ex-presidente.
Antes da mais recente internação de Bolsonaro, a rotina do agora líder era chegar a Brasília e, nas terças-feiras pela manhã, tomar café com o ex-presidente no partido. Às vezes, convidava-o ainda para participar da reunião da oposição, que ocorre no mesmo dia, muitas vezes no apartamento funcional do deputado.
Quando Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu ficar nos Estados Unidos e se licenciar do cargo, ele embaralhou os planos do partido nas comissões. A prioridade número um era a Comissão de Relações Exteriores, justamente para que a presidência fosse do filho de Bolsonaro.
Com isso, em poucas horas, o partido teve de se reorientar em busca de um novo nome. Em entrevista à Folha naquele dia, Eduardo citou Zucco e Filipe Barros (PL-PR) como possíveis candidatos. O primeiro chegou a soltar uma nota relatando convite de Eduardo e dizendo que aceitaria a “missão”.
Horas depois, ocorreu uma reviravolta e Barros foi confirmado pelo partido como indicado para a comissão. Segundo relatos, a decisão foi um pedido da própria bancada para que Zucco não acumulasse os dois cargos de destaque, ou seja, tanto a liderança da oposição como a presidência do colegiado.
Marianna Holanda/Folhapress
Políticos baianos lamentam a morte do Papa Francisco e exaltam seu legado de fé, justiça e humildade
A morte do Papa Francisco, anunciada nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, causou comoção em todo o mundo. Na Bahia, lideranças políticas manifestaram pesar e destacaram o legado deixado pelo pontífice, o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, reconhecido por sua postura humilde, comprometida com os pobres e defensora da justiça social.
O governador Jerônimo Rodrigues usou as redes sociais para prestar homenagem e manifestar sua tristeza. “O mundo se despede hoje de uma das maiores referências de fé, humanidade e coragem do nosso tempo. Sinto com tristeza sua partida e peço a Deus que conforte os corações de todos que hoje choram essa perda”, escreveu. Jerônimo ainda destacou o estilo simples do Papa e sua voz firme em defesa dos mais vulneráveis: “Seu exemplo deixa um rastro de esperança e compromisso com o bem comum. Que a gente siga honrando sua memória com atitudes concretas, construindo uma sociedade mais justa, humana e solidária.”
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também lamentou profundamente o falecimento. Ele ressaltou a trajetória marcada por humildade, amor ao próximo e compromisso com a dignidade humana. “Sua trajetória foi marcada por uma atuação firme em defesa da paz, da justiça social e da dignidade humana. O Papa Francisco deixa um legado que transcende as fronteiras da religião. Com simplicidade, coragem e palavras sempre guiadas pelo amor, ele tocou os corações de milhões ao redor do mundo.”
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto também se manifestou. “Com sua humildade, compromisso com a paz, amor pelos mais pobres e decisões progressistas, o Papa Francisco deixou um grande legado para o mundo. Primeiro papa latino-americano e o primeiro a adotar o nome Francisco, foi sempre uma inspiração que ultrapassou os limites da Igreja Católica. Ao longo de seus 12 anos de pontificado, demonstrou coragem e sensibilidade ao defender a justiça social e o diálogo entre os povos, tocando o coração de pessoas de todas as crenças.”
ACM Neto relembrou ainda um momento marcante de sua trajetória política: “Em 2015, tive a honra de estar com o Papa Francisco, ao lado de prefeitos de capitais brasileiras e europeias — um encontro emocionante que levo no coração. Para os baianos, o carinho por ele é ainda mais especial, pois foi durante seu pontificado que Irmã Dulce foi canonizada.”
Já o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz, destacou o simbolismo espiritual do pontífice e a conexão com a fé presente no povo soteropolitano. “Como cristão e como cidadão de uma cidade marcada pela espiritualidade e diversidade religiosa como Salvador, uno-me a milhões de corações enlutados pela perda deste líder que tocou o mundo com sua compaixão, lucidez e exemplo de vida. Que Deus o receba em Sua infinita misericórdia, e que seu legado continue a inspirar gerações”, afirmou.
O deputado federal Leo Prates (PDT-BA) também expressou pesar e enalteceu a postura humanitária de Francisco. “Com muita tristeza recebemos a notícia da morte do Papa Francisco. Um líder diferenciado, que marcou a história com seu exemplo de simplicidade, amor e compromisso com os que mais precisam. Seu legado será eterno.”
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, foi escolhido Papa em 2013 após a renúncia de Bento XVI. Durante mais de uma década de pontificado, destacou-se por defender causas sociais, o meio ambiente e o diálogo inter-religioso.
Política Livre
Morre papa Francisco, 1º pontífice latino-americano, aos 88
O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos. O falecimento ocorreu às 2h35 (horário de Brasília), 7h35 no horário local.
Francisco ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. Primeiro papa latino-americano da história, ele marcou seu pontificado por uma forte ênfase na justiça social, no cuidado com os pobres e no diálogo inter-religioso.
Nota oficial:
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
Enteado mata padrasto a golpes de arma branca em Ceilândia
Crime ocorreu neste domingo de Páscoa (20/4), na QNR 05, conjunto O. Vítima morreu no local
Um homem de 38 anos foi morto a golpes de arma branca na tarde deste domingo de Páscoa, (20/4), em Ceilândia. O crime ocorreu na quadra QNR 05, conjunto O. De acordo com testemunhas, o principal suspeito do homicídio é o enteado da vítima, que fugiu após o crime e, até o momento, permanece foragido.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e, ao chegar ao local, constatou o óbito da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A ocorrência está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 24ª Delegacia de Polícia. https://www.correiobraziliense.com.br/
Médicos dizem que Bolsonaro tem pressão controlada, mas segue sem previsão de alta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 70, está com a pressão arterial controlada, após a alteração que os exames apontaram no sábado (19), segundo os médicos.
De acordo com o boletim deste domingo (20), estão mantidas as recomendações de fisioterapia e de não receber visitas. Ele segue em jejum oral, com alimentação intravenosa e internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sem previsão de alta.
Bolsonaro foi internado no último dia 11 após passar mal no interior do Rio Grande do Norte. Como tem feito diariamente, neste domingo o ex-presidente publicou, em suas redes sociais, a atualização de seu estado de saúde, agradecendo as mensagens de apoio que vem recebendo.
“Hoje pela manhã retiraram o curativo na área dos pontos centrais para limpeza e averiguação da situação, além de dreno na lateral esquerda de meu abdômen”, escreveu. Na foto publicada, ele mostra a cicatriz da cirurgia e a entrada da sonda.
Ele está internado no hospital DF Star em Brasília, para onde foi transferido depois de passar mal em visita ao Rio Grande do Norte. Já na capital, ele passou por uma cirurgia de desobstrução intestinal que durou cerca de 12 horas.
Mariana Brasil, Folhapress
Barroso rebate The Economist e diz que enfoque pende à narrativa dos que tentaram golpe
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso rebateu por meio de nota na noite deste sábado (19) afirmações da revista britânica The Economist de que juízes da mais alta corte brasileira têm “poder excessivo”, com destaque ao ministro Alexandre de Moraes.
Reportagem da revista recapitula alguns episódios da história política brasileira e de ataques à democracia. No texto, a revista critica posturas que considera autoritárias por parte dos membros do Supremo, defende moderação e cita as decisões monocráticas dos ministros —aquelas tomadas de forma individual, sem necessidade de discussão com os demais.
Barroso diz na nota que o enfoque da reportagem corresponde “mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena”.
O presidente do STF citou pesquisa do Datafolha que aponta que a maioria da população do Brasil confia no STF (24% confiam muito e 35% confiam um pouco).
Entre os casos citados, ele abordou o episódio de suspensão do X (antigo Twitter) por descumprimento de normas exigidas por parte do dono da empresa, Elon Musk.
“Não existe uma crise de confiança. As chamadas decisões individuais ou ‘monocráticas’ foram posteriormente ratificadas pelos demais juízes. O X (ex-Twitter) foi suspenso do Brasil por haver retirado os seus representantes legais do país, e não em razão de qualquer conteúdo publicado. E assim que voltou a ter representante, foi restabelecido”, diz a nota.
Ao mencionar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela acusação de envolvimento na trama golpista de 2022, o texto da Economist diz que o STF corre o risco de “reforçar a percepção de que a corte é mais guiada pela política do que pela lei”, devido aos vínculos anteriores de ministros com o presidente Lula (PT).
O jornal se refere a Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, e Dias Toffoli, ex-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) no segundo mandato do petista.
Segundo a Economist, a alta corte brasileira age de forma autônoma e pouco controlada, num contexto que exigiria maior equilíbrio entre os Poderes. A revista argumenta que o STF se transformou em protagonista político num grau incompatível com democracias liberais maduras.
O texto também acusa Barroso de ter dito, em 2023, que o Supremo “derrotou Bolsonaro”, o que foi negado pelo presidente.
” O presidente do Tribunal nunca disse que a corte ‘defeated [derrotou] Bolsonaro’. Foram os eleitores”, afirma Barroso na nota.
O presidente do STF também usou a nota para defender Moraes e afirmar que o ministro “cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente”.
“Quase todos os ministros do tribunal já foram ofendidos pelo ex-presidente. Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado”, disse.
Mariana Brasil, Folhapress
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