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Homem atira para o teto do apartamento e mata mulher que dormia no andar de cima

- Foto: Reprodução/
Uma mulher morreu enquanto dormia em seu apartamento na cidade norte-americana de Clemmons, na Carolina do Norte, após ser atingida por disparos do vizinho que vive no andar de baixo.

De acordo com informações da imprensa local, o rapaz estava em seu apartamento quando, em meio a uma briga, disparou com sua pistola repetidas vezes na direção do teto.

A polícia foi chamada para a ocorrência e deteve o responsável pelos tiros, identificado como A'Monte Zariq Jones, de 20 anos, mas o corpo de Alia Matti Balola, de 37, foi localizado somente na manhã seguinte.

Alia foi atingida pelas balas que atravessaram o piso de seu apartamento. Seu corpo estava ao lado da cama, enrolado em um cobertor, com um ferimento por tiro no torso.

Zariq foi levado para uma cadeia da região e autuado por homicídio. Como possuía uma extensa ficha criminal, o rapaz teve o pedido de fiança negado.
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Noivo é assassinado a tiros na saída do próprio casamento

Um homem foi assassinado a tiros na noite do último domingo (23) em Caborca, no México, quando deixava o próprio casamento. De acordo com informações da imprensa local, a vítima foi identificada como Marco Antonio Rosales Contreras, de 32 anos. Ele recebeu quatro tiros de um criminoso, que fugiu após a execução.

Marco Antonio havia acabado de casar e estava na porta da igreja quando foi baleado. Imagens que rodaram a internet mostram a noiva do rapaz com o vestido branco manchado de sangue. Em vídeos, é possível ouvir os gritos desesperados da mulher, enquanto outras pessoas tentam realizar manobras de reanimação na vítima.

De acordo com informações de testemunhas, a ambulância demorou cerca de 20 minutos para chegar ao local. Os socorristas encontraram o rapaz em estado grave e o levaram a um hospital, mas ele morreu no caminho. Ainda segundo relatos da imprensa mexicana, uma irmã de Marco António foi baleada nas costas, encaminhada a um hospital, mas não corre risco de morte.
Autoridades se manifestam

Não se sabe o que teria motivado o ataque, mas as autoridades suspeitam que o assassino tenha se confundido. Foi levantada a hipótese de que ele estivesse ordenado a matar um outro homem, que também se casaria no domingo, mas em outra cidade. Em nota, a Procuradoria Geral do Estado de Sonora afirmou que "nenhuma linha de investigação está descartada" e pediu que a população "colabore com a investigação e facilite a captura do ou dos responsáveis".
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EUA impõem sanções ao regime de Daniel Ortega na Nicarágua

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou nesta segunda-feira (24) um decreto que aumenta a pressão económica sobre o regime do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.

A ordem executiva proíbe empresas americanas de fazerem negócios envolvendo a indústria de ouro nicaraguense. Além disso, o Departamento do Tesouro também anunciou sanções contra o chefe da autoridade de mineração da Nicarágua e outros funcionários do alto escalão do regime.

“Os ataques contínuos do regime de Ortega-Murillo a atores democráticos e membros da sociedade civil e a detenção injusta de presos políticos demonstram que o regime sente que não está vinculado ao Estado de Direito”, disse Brian Nelson, subsecretário do Tesouro, acrescentando que as ações dos EUA visam negar à ditadura “os recursos de que precisam para continuar a minar as instituições democráticas na Nicarágua”.
Folhapress

Rússia ataca infraestrutura de energia e depósito de combustíveis na Ucrânia

Os ucranianos continuam enfrentando grandes cortes de energia elétrica devido aos bombardeios contra as infraestruturas do país por parte das tropas russas, que neste domingo anunciaram a destruição de um depósito de combustíveis da Força Aérea de Kiev.

A operadora nacional ucraniana Ukrenergo efetuou neste domingo uma série de cortes de energia em Kiev para "estabilizar" o abastecimento, informou a empresa privada de energia elétrica DTEK.

As interrupções que afetam vários bairros da capital ucraniana de forma alternativa, não deveriam durar mais de quatro horas, segundo a DTEK, mas a empresa não descartou a possibilidade de cortes prolongados "de acordo com magnitude dos danos" provocados pelos ataques de Moscou.

O governo ucraniano anunciou no sábado que mais de um milhão de casas estavam sem energia elétrica no país.

A Rússia intensificou os bombardeios contra a rede de energia elétrica ucraniana há mais de uma semana e destruiu um terço das infraestruturas do setor, a poucas semanas do início do inverno.

As autoridades de Kiev pediram aos cidadãos e às empresas que reduzam o consumo.

- Depósito de combustíveis destruído -

Os bombardeios destruíram neste domingo um depósito com quase 100.000 toneladas de combustíveis destinados à Força Aéreas ucraniana na localidade de Smela, na região de Cherkasy (centro), anunciou o ministério russo da Defesa em um comunicado.

Os russos também atacaram vários depósitos de munição e um depósito com diesel para veículos militares.

No âmbito do diálogo internacional, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoimu, conversou por telefone com o ministro da Defesa da França, Sébastien Lecornu, o ministro da Turquia, Hulusi Akar, e, fato incomum, com o ministro do Reino Unido, Ben Wallace, para falar sobre o conflito na Ucrânia, anunciou o exército russo.




Vídeo relacionado: Ucrânia determina economia de energia após bombardeio russo à rede elétrica

Durante a ligação com Lecornu, o ministro russo alertou que a situação na Ucrânia "tende a uma escalada maior e fora de controle", segundo um comunicado.

Shoigu expressou preocupação aos colegas com "as possíveis provocações da Ucrânia com o uso de uma 'bomba suja'".

Lecornu recordou que a "França rejeita qualquer forma de escalada, especialmente a nuclear."

Na sexta-feira, Shoigu falou por telefone com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.

- Regiões de fronteira em alerta -

A Rússia enfrenta atualmente uma grande contraofensiva da Ucrânia. Moscou denunciou o "aumento considerável" dos ataques ucranianos contra várias regiões russas na fronteira, incluindo Belgorod, Kursk e Briansk.

Duas linhas de defesa foram construídas em Kursk para enfrentar um possível ataque das forças ucranianas, anunciou neste domingo o governador da região, Roman Starovoit.

"Estamos preparados para enfrentar qualquer ataque ao nosso território", disse.

O governador da região russa de Belgorod, também na fronteira com a Ucrânia, anunciou no sábado o início da construção de uma linha de defesa.

No sábado, duas pessoas morreram nos ataques ucranianos contra infraestruturas civis na região de Belgorod e quase 15.000 moradores ficaram sem energia elétrica em suas casas por várias horas, afirmaram as autoridades locais.

As autoridades pró-Rússia da região de Kherson (sul da Ucrânia), anexada por Moscou, pediram no sábado que os civis abandonem "imediatamente" a capital regional diante do avanço das tropas de Kiev.

Desde quarta-feira, as autoridades designadas por Moscou organizam operações de retirada para a margem esquerda do rio Dniepr, no limite de Kherson.

Uma pessoa morreu neste domingo nesta cidade na explosão de uma bomba de fabricação caseira, anunciaram as autoridades pró-Rússia.

Kherson foi a primeira grande cidade ucraniana tomada pelos russos no início de sua ofensiva, que começou em 24 de fevereiro.

bur-cm/am/aoc/eg/fp

No NYT, ‘um homem agora pode decidir o que pode ser dito no Brasil’

No New York Times, reproduzido abaixo, “Um homem agora pode decidir o que pode ser dito online no Brasil”. No segundo enunciado, “Autoridades concederam ao chefe das eleições amplos poderes para ordenar a remoção de conteúdo online, numa tentativa de combater a crescente desinformação”.
Abrindo o texto do correspondente Jack Nicas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, diante da “torrente de desinformação, recebeu poder unilateral para ordenar que as empresas de tecnologia removam postagens —uma das ações mais agressivas tomadas por qualquer país para combater informações falsas”.

O jornal ouve de Carlos Affonso Souza, professor da UERJ: “É um movimento arriscado. Acho que isso pode ir longe demais, dependendo de como ele exercer esses direitos”.



Nelson de Sá, Folhapress

Liz Truss anuncia renúncia no Reino Unido após 45 dias no cargo

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou ao cargo após apenas 45 dias, nesta quinta-feira (20). A informação é do jornal “O Globo”. Com o anúncio, ela será a primeira-ministra com o mandato mais curto da história do Reino Unido.

Ontem, a premier disse no Parlamento que era “uma lutadora, não uma desertora” e indicou que não pretendia deixar o cargo.

Rússia diz que prendeu responsáveis por explosão de ponte na Crimeia

Oito pessoas foram presas por suspeita de terem destruído a ponte que ligava a Rússia à península da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014, informou nesta quarta-feira (12) o FSB, o Serviço Federal de Segurança russo.

Cinco dos detidos são russos. Os outros são da Ucrânia e Armênia. Ainda segundo a FSB, a explosão da ponte foi organizada pela inteligência militar ucraniana.

A Ucrânia não confirmou seu envolvimento na ação, mas alguns oficiais do Exército do país celebraram os danos nas rede sociais.

A ponte foi destruída no último sábado (8). Dois dias depois, as forças de Vladimir Putin fizeram o mais amplo ataque a cidades da Ucrânia em mais de três meses. Ao menos 75 mísseis, segundo o Exército ucraniano, atingiram alvos nos 11 principais centros urbanos do país, como
Kiev, Kharkiv e Lviv. A capital registrou ao menos quatro explosões, no primeiro ataque desde o dia 26 de junho.

A ponte havia sido inaugurada em 2018, quatro anos depois da anexação da Crimeia pela Rússia, e representava um dos símbolos da união entre os dois territórios.

Folhapress

Violência em jogo de futebol deixa ao menos 174 mortos na Indonésia

Ao menos 174 pessoas morreram depois que torcedores invadiram o gramado após um jogo em Malang, na Indonésia, na noite deste sábado (1º), disse o vice-governador de Java Oriental, Emil Dardak, à imprensa local neste domingo (2).

Em um comunicado, o chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, afirmou que dois policiais estão entre os mortos. Além disso, disse que 34 pessoas morreram dentro do estádio, e o resto no hospital.

Os torcedores do time Arema FC, que perdeu para o Persebaya Surabaya, invadiram o campo, e as forças de segurança atiraram bombas de gás lacrimogêneo. A ação levou a multidão a correr, afirmou a polícia.

A liga indonésia de futebol suspendeu os jogos por uma semana após a tragédia. A Associação de Futebol da Indonésia disse que iniciará uma investigação sobre o que aconteceu após o jogo.

O tumulto, que começou dentro do estádio, seguiu do lado de fora. Dois carros de polícia foram destruídos, um deles queimado. Torcedores também atearam fogo em outras instalações do estádio.

Quatro jogadores brasileiros estiveram em campo durante a partida. Maringá, que é goleiro do time da casa, e Higor Vidal, Léo Lelis e Sílvio Júnior, jogadores visitantes.

O ministro do Esporte da Indonésia, Zainudin Amali, disse que as autoridades reavaliarão a segurança em partidas de futebol.

Em nota, o Arema FC lamentou o ocorrido. “O Arema FC expressa suas profundas condolências pelo desastre em Kajuruhan [nome do estádio]. A direção do Arema FC também é responsável pelo tratamento das vítimas, tanto as que morreram quanto as feridas.”

No texto, o clube afirma, ainda, que os membros da diretoria vão estabelecer um centro de crises ou posto de informações às vítimas para receber relatórios e tratar as que estão hospitalizadas e doentes.

“A direção está pronta para aceitar todas as sugestões de tratamento pós-desastre para que muitos sejam salvos”, diz o trecho final do comunicado.

Folha de S. Paulo

Putin assina tratados de anexação de regiões ucranianas

Em violação ao direito internacional, presidente russo anexa parte do território da Ucrânia ocupado por Moscou. "Pessoas em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia se tornam nossos cidadãos para sempre."
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta sexta-feira (30/09) tratados para anexar quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas pelas forças russas. A medida – ilegal e duramente condenada pela comunidade internacional – marca uma escalada no conflito e dá início a uma fase imprevisível, sete meses após a invasão da Ucrânia por Moscou.

Em um discurso que antecedeu a cerimônia de assinatura, Putin disse que usaria "todos os meios disponíveis" para proteger o território que a Ucrânia e seus aliados ocidentais afirmam estar sendo reivindicado ilegitimamente por Moscou e em violação do direito internacional.

O líder russo pediu que o governo ucraniano "cesse imediatamente as hostilidades" e se sente à mesa de negociação a fim de encerrar o conflito – mas alertou que a Rússia nunca abrirá mão das regiões recém-anexadas e as protegerá como parte de seu território soberano.

"Quero dizer isto ao regime de Kiev e seus mestres no Ocidente: as pessoas que vivem em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia estão se tornando nossos cidadãos para sempre", disse Putin, perante centenas de dignitários na sede do Kremlin, em Moscou.

O presidente argumentou que "referendos aconteceram e seus resultados são bem conhecidos". "Esta é a vontade de milhões de pessoas", afirmou. "O povo fez sua escolha. Este é um direito inalienável."

A anexação, que viola o direito internacional, ocorre dias depois da realização de pseudorreferendos organizados por Moscou nas regiões ucranianas de Zaporíjia, Kherson, Lugansk e Donetsk.

As autoridades pró-Rússia nesses territórios reivindicaram uma vitória esmagadora do "sim" à anexação, mas o resultado não foi reconhecido pela comunidade internacional.

Em 2014, a Rússia já havia usado o resultado de um chamado referendo, realizado sob ocupação militar, para legitimar a anexação, também em violação do direito internacional, da península ucraniana da Crimeia, no Mar Negro

Rússia sugere objetivo mínimo para encerrar Guerra da Ucrânia

(FOLHAPRESS) - O jogo de saída de Vladimir Putin para a Guerra da Ucrânia ganhou contornos mais definidos nesta quarta-feira (28), quando o Kremlin afirmou que o conflito irá durar "no mínimo até a liberação da República Popular de Donetsk".
A frase foi do porta-voz Dmitri Peskov, na sua conferência telefônica usual com repórteres que cobrem o dia-a-dia do governo russo. É a primeira vez que uma meta da guerra iniciada em 24 de fevereiro foi colocada de forma tão objetiva.

A autoproclamada república é uma das duas províncias ucranianas que compõe o Donbass, a bacia do rio Don, uma região de maioria russófona que estava parcialmente sob controle de separatistas pró-Kremlin desde a guerra civil que seguiu a anexação da Crimeia por Putin, em 2014.

Seu reconhecimento e o de sua irmã, Lugansk, foi um dos pretextos para a invasão -elas pediram ajuda de Moscou contra Kiev, assim como agora seus dois líderes estão em Moscou para finalizar a anexação formal das áreas à Rússia, numa espécie de fecho de ciclo.

Denis Pachilian, de Donetsk, e Leonid Psetchnik, de Lugansk, voaram à capital russa após a finalização de referendos nas duas regiões na terça (27). Assim como ocorreu nas áreas sulistas de Kherson e Zaporíjia de forma ainda mais suspeita por tratarem-se de regiões recém-ocupadas, uma maioria quase unânime votou a favor de ingressar na Rússia naquilo que foi descrito como uma farsa em Kiev e no Ocidente.

Psetchnik foi ao Telegram pedir a Putin que "considere a questão", mais um passo de um balé coreografado que deve ter o próximo passo com a fala do presidente ao Parlamento na sexta (30). A praça Vermelha, coração de Moscou, amanheceu com telões sendo montados sob cartazes com a frase "Donetsk, Lugansk, Zaporíjia, Kherson - Rússia!", sugerindo um evento para comemorar a anexação.

A fala de Peskov deixa claro que a fronteira que o Kremlin pensa em chamar de sua ainda não está sob seu controle. O problema para Moscou é que, enquanto o controle sobre Lugansk é quase total, assim como nas áreas ao sul, em Donetsk ainda falta algo como 40% do território para tomar. Segundo o Ministério da Defesa, a contraofensiva ucraniana para tentar retomar Liman, cidade estratégica da região, falhou nesta quarta.

Ainda não há relatos independentes disso, mas o fato é que os recentes sucessos militares do governo de Volodimir Zelenski, que reconquistou cerca de 5% de seu território ao capturar de volta a região de Kharkiv no começo do mês, estão estagnados.

A derrota ali obrigou Putin a mudar sua estratégia na guerra, decretando uma protelada mobilização parcial de pelo menos 300 mil reservistas e acelerando a anexação das partes que já domina da Ucrânia. É uma jogada de risco, pois a guerra até então pintada na TV estatal virou parte da realidade das cidades russas, com protestos e fuga de jovens para países vizinhos.

Ela não deve ter efeito imediato, dado que ao menos dois meses de treinamento são necessários, diz a Defesa, para mandar tropas à frente. Mas abre a perspectiva de um reforço cuja a falta fez Putin fracassar na tentativa inicial de tomar Kiev de assalto e, depois, obrigou o recuo para focar o combate no Donbass e levou à perda de Kharkiv.

Antes da mobilização, o apoio popular a Putin estava em 83%, segundo o instituto independente Levada, e a maioria dos russos achava que as áreas ocupadas deveriam ou ser declaradas autônomas, ou serem absorvidas como entes da Federação Russa.

Ninguém falou sobre os custos disso, claro, ainda mais em um momento em que a economia russa luta para driblar as sanções impostas pelo Ocidente devido à guerra. A anexação da Crimeia, que se deu sem guerra e com um referendo entre uma população majoritariamente pró-russa, custou centenas de bilhões de dólares ao Kremlin.

Só o subsídio ao orçamento dos dois entes federais da península, a República da Crimeia e a cidade de Sebastopol, custou R$ 7,7 bilhões a Moscou em 2021. E é uma região que tem quase quatro vezes menos moradores do que as áreas ocupadas tinham no pré-guerra.

Isso dito, Peskov colocou politicamente um marco que antes não havia. No dia da invasão, Putin falou em "proteger os povos do Donbass" e prometeu "desmilitarizar e desnazificar" o vizinho.

Ao longo do tempo, autoridades foram admitindo interesses territoriais: um general falou em unir a Rússia à área separatista russa da Transdnístria (Moldova), anexando toda a costa ucraniana, e o chanceler Serguei Lavrov admitiu que queria ver Zelenski deposto.

Daí a desconfiança óbvia acerca do limite posto pelo porta-voz, que de todo modo não será aceito imediatamente por Kiev e pelo Ocidente, mas aí Putin joga com a crise energética da chegada do inverno e da redução do fornecimento de gás russo ao continente para minar o apoio a Zelenski entre europeus --o que gera as suspeitas acerca do ataque aos gasodutos do mar Báltico na segunda.

Por outro lado, Peskov pode sugerir a exaustão, ainda que momentânea e à espera do efeito da mobilização, da campanha russa. De resto, uma vez consideradas suas, as áreas ocupadas viraram parte da chantagem atômica contra o Ocidente: Putin já lembrou que a doutrina nuclear russa permite o emprego desse tipo de bomba em caso de ataques convencionais que ameacem seu território.

Isso gerou temores no Ocidente de que o russo possa usar um artefato do tipo, talvez de menor potência, contra tropas ucranianas. Nesta quarta, o chanceler polonês, Zbigniew Rau, disse que a Otan deverá preparar uma "reação devastadora", ainda que não nuclear, se isso ocorrer.

Direita vence na Itália e abre caminho para Giorgia Meloni, indica boca de urna

A coligação de direita deve ser a mais votada nas eleições parlamentares da Itália neste domingo (25), indicam as pesquisas de boca de urna divulgadas após o fim da votação, às 23h (18h de Brasília).

Segundo o Consorzio Opinio Italia para o canal RAI, a chapa dos partidos Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, Liga, de Matteo Salvini, e Força, Itália, de Silvio Berlusconi, deve reunir entre 41% e 45% dos votos. Assim, a aliança pode obter a maioria na duas Casas, sem precisar negociar com outras forças.

Se confirmada a pesquisa, o Irmãos da Itália, com entre 22,5% e 26,5%, indicará o nome do premiê, conforme pacto entre os líderes. Assim, Meloni, 45, se tornará a primeira chefe de governo da Itália e a primeira política da ultradireita no poder desde o ditador Benito Mussolini, no posto entre 1922 e 1943.

Em segundo lugar, a chapa de centro-esquerda, liderada pelo Partido Democrático, aparece com entre 25,5% e 29,50%, seguida pelo MS5, com entre 13,5% e 17,5%.

Pelos dados parciais, a taxa de abstenção às 19h era de 48,8%, mais alta em comparação com o mesmo horário da eleição de 2018 (41%). Há quatro anos, a abstenção total foi de 27%, a maior da história. Neste domingo, o comparecimento era menor em algumas regiões do sul do país, afetado por fortes temporais.

Pouco antes das 10h, Salvini foi um dos primeiros líderes a votar, em Milão. Também na capital da Lombardia, Berlusconi registrou seu voto, junto à namorada. Já Meloni adiou sua ida às urnas, para que o grande número de fotógrafos na sua seção, em Roma, não atrapalhasse os demais eleitores.

Os 50,8 milhões de eleitores italianos, incluindo os 4,7 milhões fora do país, vão definir os 400 deputados da Câmara e os 200 ocupantes do Senado. No sistema misto, majoritário e proporcional, um terço das cadeiras é ocupado pelos mais votados, e o restante, por distribuição proporcional.

A formação do próximo governo, com a confirmação do futuro primeiro-ministro, pode demorar semanas ou meses –em 2018, foram quase 90 dias. Antes de o presidente Sergio Mattarella iniciar o processo de consultas aos partidos, é preciso que os eleitos tomem posse e que os presidentes das Casas sejam escolhidos, assim como os grupos parlamentares. Previsões otimistas falam em, no mínimo, 25 dias.

Programadas para o primeiro semestre de 2023, as eleições foram antecipadas devido à queda de Mario Draghi, que perdeu o apoio de três partidos de sua base –MS5, Liga e Força, Itália– e renunciou em julho.

Nascida em Roma, no bairro popular de Garbatella, Meloni, 45, entrou na política aos 15 anos, quando a Itália vivia os meses mais conturbados da Operação Mãos Limpas, que revelou, em 1992, o envolvimento do sistema político em esquemas de corrupção e que teve como efeito o fim das siglas tradicionais.

Sua escolha foi pela seção juvenil do Movimento Social Italiano (MSI), fundado em 1946 por integrantes dos últimos anos do regime fascista de Mussolini. Por isso, analistas a identificam ora como pós-fascista, termo usado para definir o movimento derivado do fascismo e que buscou diálogo com forças da direita conservadora moderada, ora como neofascista, em que o período segue como ideologia inspiradora.

“É um debate em curso, com a maioria se inclinando para o pós-fascismo”, diz o analista político Valerio Alfonso Bruno, membro do Centro de Análise da Direita Radical, no Reino Unido.

Após anos como militante do movimento estudantil, no qual aperfeiçoou a retórica de palavras claras e contundentes de seus discursos, Meloni foi eleita, aos 29, deputada federal pelo partido Aliança Nacional, formado por membros do MSI. Logo, assumiu uma das vice-presidências da Câmara.

Dois anos depois, tornou-se a ministra mais jovem do país, ao assumir a pasta da Juventude sob o quarto governo Silvio Berlusconi (2008-2011). No período, seu partido se fundiu com o Força, Itália, do então premiê, sob o nome de Povo da Liberdade. Em 2012, motivada pelo declínio de Berlusconi, criou a própria agremiação. Com cerca de 130 mil filiados, o Irmãos da Itália obteve apenas 4,3% dos votos em 2018.

Seu programa é nacionalista, o que pode gerar conflitos com a União Europeia, e inclui propostas como bloqueio naval para conter a imigração. É contra a islamização da Europa e a adoção por homossexuais.

Apesar de declarar não ter intenção de mudar a lei que descriminaliza o aborto, de 1978, afirma querer dar ênfase à prevenção, o que pode resultar em obstáculos no acesso ao procedimento pelas mulheres.

Sua agenda é considerada distante do movimento feminista e, durante a campanha, viu um movimento do tipo “Ela, não” surgir entre celebridades italianas. Um de seus slogans é “Deus, pátria e família”.

No âmbito internacional, seu partido é próximo dos líderes da Hungria, Viktor Orbán, e da Polônia, Mateusz Morawiecki, e do partido espanhol Vox, todos da ultradireita conservadora. Em relação à Guerra da Ucrânia, defende a linha Draghi, condenando a ação russa e apoiando o envio de armas a Kiev.

Se vencer, Meloni vai comandar um país fundador da União Europeia, a terceira maior economia do bloco e membro do G7, mas em um cenário de guerra, crise energética e inflação.

Michele Oliveira/Folhapress

Família Real divulga foto da lápide da rainha Elizabeth 2ª

O Palácio de Buckingham divulgou neste sábado (24) uma fotografia do local onde foi enterrada a rainha Elizabeth 2ª, na Capela de St. George, no Castelo de Windsor, em Londres.

Esculpida à mão em mármore preto belga, a lápide traz os nomes dos pais da rainha —o rei George 6º e a rainha Elizabeth—, dela e do marido, Philip, morto em abril de 2021. Ao lado de cada nome, aparecem as datas de nascimento e de morte.

Além dos pais e do marido, a irmã de Elizabeth, a princesa Margaret, também está enterrada na capela.

Folhapress

Chanceleres de EUA e China se reúnem em meio a tensões por Taiwan

Os chefes da diplomacia de Estados Unidos e China, Antony Blinken e Wang Yi, respectivamente, reuniram-se nesta sexta-feira (23) em Nova York, em meio a tensões bilaterais sobre Taiwan.

Blinken e Yi apertaram as mãos e trocaram cumprimentos diante das câmeras, antes de iniciarem sua reunião de cerca de 90 minutos, à margem da Assembleia Geral anual da ONU.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, o secretário Antony Blinken "enfatizou que preservar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan é fundamental para a segurança e a prosperidade regional e mundial".

O chefe da diplomacia americana também advertiu seu homólogo chinês sobre as consequências do apoio de Pequim à “invasão russa de um país soberano”, acrescentou Price.

Oficialmente neutra, a China é, com frequência, acusada por lideranças ocidentais de ser muito conciliadora com a Rússia. Autoridades americanas manifestaram, no entanto, esperanças moderadas, após as declarações de Pequim esta semana na ONU.

Em Nova York, o chanceler chinês também se reuniu com o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, a quem garantiu que Pequim pediu que se respeite "a integridade territorial de todos os países".

A reunião entre Blinken e Wang foi "extremamente franca, construtiva e minuciosa", resumiu um funcionário americano, que pediu para não ser identificado.

Este é seu primeiro encontro desde julho passado, em Bali, quando se mostraram dispostos a retomar o diálogo bilateral.

Um mês depois, a presidente da Câmara de Representantes (Deputados) dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, viajou para Taiwan, provocando a ira de Pequim e renovando as tensões entre as duas grandes potências.

Em uma entrevista no domingo (18), o presidente americano, Joe Biden, disse estar pronto para intervir militarmente, caso Pequim ataque Taiwan.

Na reunião com Blinken, Wang acusou os Estados Unidos de "enviarem sinais muito ruins e perigosos", que estimulam Taiwan à independência, de acordo com um comunicado do Ministério chinês das Relações Exteriores.

Wang disse a Blinken que a China deseja uma "reunificação pacífica com Taiwan e que, "quanto mais atividades pela independência de Taiwan" foram realizada, haverá menos possibilidades de uma "solução pacífica", frisou a Chancelaria chinesa.

Em um aparente sinal de uma leve redução das tensões entre ambas as potências, o ministro chinês se reuniu em Nova York com o enviado americano para o clima, o ex-secretário de Estado John Kerry, embora Pequim tenha suspendido a cooperação com Washington nesta matéria, em retaliação à visita de Pelosi a Taiwan.

Em um discurso na quinta-feira (22), Wang voltou a expressar o profundo mal-estar de Pequim pelo apoio dos EUA à ilha de Taiwan.

"A questão de Taiwan está-se tornando o ponto de tensão mais arriscado nas relações EUA-China", disse ele.

"Se mal administrada, pode devastar as relações bilaterais", alertou, em conferência no "think tank" Asia Society. "Assim como os Estados Unidos não permitem a saída do Havaí, a China tem o direito de defender a unificação do país", acrescentou.

Wang declarou ainda que ambos os países querem que o relacionamento bilateral "funcione" sem confronto e observou que Washington está jogando em várias frentes ao mesmo tempo.

O Congresso americano é um forte defensor do aprofundamento dos laços com Taiwan. Um projeto de lei que contempla a primeira ajuda militar direta dos Estados Unidos à ilha asiática superou, recentemente, uma etapa fundamental no Senado.

Vídeo relacionado: China acusa EUA de ataque cibernético contra universidade

Um mês depois, a presidente da Câmara de Representantes (Deputados) dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, viajou para Taiwan, provocando a ira de Pequim e renovando as tensões entre as duas grandes potências. 

Em uma entrevista no domingo (18), o presidente americano, Joe Biden, disse estar pronto para intervir militarmente, caso Pequim ataque Taiwan. 

Na reunião com Blinken, Wang acusou os Estados Unidos de "enviarem sinais muito ruins e perigosos", que estimulam Taiwan à independência, de acordo com um comunicado do Ministério chinês das Relações Exteriores.

Wang disse a Blinken que a China deseja uma "reunificação pacífica com Taiwan e que, "quanto mais atividades pela independência de Taiwan" foram realizada, haverá menos possibilidades de uma "solução pacífica", frisou a Chancelaria chinesa.

Em um aparente sinal de uma leve redução das tensões entre ambas as potências, o ministro chinês se reuniu em Nova York com o enviado americano para o clima, o ex-secretário de Estado John Kerry, embora Pequim tenha suspendido a cooperação com Washington nesta matéria, em retaliação à visita de Pelosi a Taiwan. 

Em um discurso na quinta-feira (22), Wang voltou a expressar o profundo mal-estar de Pequim pelo apoio dos EUA à ilha de Taiwan. 

"A questão de Taiwan está-se tornando o ponto de tensão mais arriscado nas relações EUA-China", disse ele. sct-lb/nr/kar/dg/ad/tt

"Se mal administrada, pode devastar as relações bilaterais", alertou, em conferência no "think tank" Asia Society.  contempla a primeira ajuda militar direta dos Estados Unidos à ilha asiática superou, recentemente, uma etapa 

sct-lb/nr/kar/dg/ad/tt

Bolsonaro visita caixão da rainha ao lado de Michelle e Silas Malafaia

Em Londres para o funeral de Elizabeth 2ª, o presidente Jair Bolsonaro visitou o caixão da rainha no Palácio de Westminster, neste domingo (18).

Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle, e do pastor Silas Malafaia, apoiador de campanha que integra a comitiva de Bolsonaro na viagem ao Reino Unido.

Bolsonaro prestou homenagem à monarca depois de conceder entrevista a um youtuber brasileiro que vive em Londres, segundo publicações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que acompanhou o pai na viagem, e após ato com apoiadores em tom eleitoral.

Na frente da casa do embaixador do Brasil em Londres, o presidente discursou, voltou a levantar bandeiras contra a legalização do aborto e chegou a afirmar que ganharia no primeiro turno das eleições, ainda que seja o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Folhapress

Afastado da avó, príncipe Harry desabafa sobre morte da rainha Elizabeth 2ª

Príncipe Harry falou pela primeira vez sobre a morte de sua avó, a rainha Elizabeth 2ª (1926-2022). Nesta segunda (12), ele escreveu uma carta aberta em que lamentou a perda e lembrou os bons momentos que teve ao lado da monarca. O duque de Sussex e sua mulher, Meghan Markle, estavam afastados de Elizabeth desde 2020, quando ele abdicou das funções reais e fez críticas à monarquia.

Harry deixou para trás as desavenças que teve com a família para escrever palavras carinhosas à avó, morta na quinta (8). “Vovó, este momento da partida final nos traz grande tristeza”, afirmou ele em uma carta publicada no site Archewell.

“Sou para sempre grato por todos os nossos primeiros encontros –desde as minhas memórias da minha primeira infância com você, passando por lhe encontrar pela primeira vez como minha Comandante-em-chefe–, até quando você encontrou minha querida esposa e abraçou seus bisnetos amados”, desabafou.

Harry e Meghan estavam hospedados no Reino Unido quando a rainha morreu no castelo de Balmoral, na Escócia. Por coincidência, eles estavam no país para participar de eventos de caridade. Desde que deixaram os cargos reais, eles se mudaram para a Califórnia, no Estados Unidos, onde moram com os dois filhos pequenos.

O duque esteve com seu irmão mais velho, príncipe William, e assistiu à proclamação do pai, agora nomeado como rei Charles 3º. A família foi vista caminhando pelos jardins do Castelo de Windsor, um símbolo de união que sugere que a morte da avó poderá levar a uma reaproximação.

Confira abaixo a carta de Harry à Elizabeth 2ª:

“Ao celebrar a vida de minha avó, Sua Majestade, a Rainha –e ao lamentar sua perda–, todos nos lembramos da bússola orientadora que ela foi para tantos em seu compromisso com o serviço e o dever. Ela era mundialmente admirada e respeitada. Sua graça e dignidade inabaláveis permaneceram verdadeiras ao longo de sua vida, e agora seu legado eterno. Façamos eco das palavras que ela falou após o falecimento de seu marido, o príncipe Philip (1921-2021), palavras que podem trazer conforto para todos nós agora: ‘A vida, é claro, consiste em despedidas finais, bem como em primeiros encontros’.

Vovó, embora esta despedida final nos traga grande tristeza, sou eternamente grato por todos os nossos primeiros encontros –desde minhas primeiras lembranças de infância com você–, até conhecê-lo pela primeira vez como meu comandante-chefe, o primeiro momento em que você conheceu minha querida esposa e abraçou seus amados bisnetos. Eu aprecio esses momentos compartilhados com você e os muitos outros momentos especiais entre eles. Você já faz muita falta, não apenas para nós, mas por todo o mundo. E no que diz respeito às primeiras reuniões, agora homenageamos meu pai em seu novo papel como rei Charles 3º.

Obrigado pelo seu compromisso com o serviço. Obrigado por seus conselhos. Obrigado pelo seu sorriso contagiante. Nós também sorrimos sabendo que você e o vovô estão reunidos agora, e ambos juntos em paz”.

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Movimento antimonarquia tenta ganhar tração com ascensão de Charles 3º no Reino Unido

No fim de maio, grandes cidades do Reino Unido amanheceram com outdoors que nada tinham a ver com o clima de festa que estava sendo organizado para os dias seguintes, com desfiles, shows e pubs autorizados a funcionar até de madrugada. Sob fotos do então príncipe Charles, seu filho William e seu irmão Andrew, o painel tinha apenas uma frase como destaque: “Faça de Elizabeth a última”.

A campanha, lançada às vésperas da comemoração dos 70 anos do reinado de Elizabeth 2ª, foi uma iniciativa do grupo antimonarquia Republic, antevendo um debate que deve ganhar novo fôlego após a morte da rainha e a ascensão de Charles 3º ao trono.

Com alta popularidade entre os britânicos, Elizabeth se tornou um obstáculo para o avanço da discussão sobre a transformação do Reino Unido em um regime republicano —ou seja, com a escolha do chefe de Estado por meio de eleições diretas, como defende o movimento. Se imediatamente após a morte da rainha o grupo optou por uma mensagem sóbria, afirmando que não era a hora de falar sobre o futuro da monarquia, neste sábado (10), diante da cerimônia que oficializou Charles 3º, o tom voltou a subir.


“A proclamação de um novo rei é uma afronta à democracia”, declarou o Republic nas redes sociais. “O país tem um novo chefe de Estado sem nenhuma discussão ou o consentimento da população, alguém determinado a desempenhar um papel muito diferente do da sua mãe.” O novo rei, em seus pronunciamentos oficiais até aqui, mais destacou o legado de continuidade do que indicou uma guinada qualquer.

“Acreditamos que a Grã-Bretanha precisa avançar para uma alternativa democrática à monarquia hereditária e que esse debate deve começar agora”, finalizou o grupo.

A transmissão de mãe para filho é um relevante combustível para reavivar o tema, que vem sendo alimentado há décadas por escândalos da família real, pelo custo anual de mais de 100 milhões de libras (R$ 597 milhões) para manter a monarquia, pela pressão de outros integrantes do reino de 15 países e por uma crise econômica que afeta diretamente o custo de vida no Reino Unido, que enfrenta a pior inflação dos últimos 40 anos.

Segundo pesquisa do instituto YouGov divulgada na época das festas do Jubileu de Platina, em junho, a rainha era aprovada por 81% dos britânicos, enquanto Charles, ainda príncipe, tinha 54%, atrás do filho William, que, com 75%, se aproximava da popularidade da avó.

Na época, as comemorações fizeram crescer o percentual de apoiadores da monarquia. Segundo levantamento do Ipsos, o sistema era defendido por 68%, um número que oscilou entre 60% e 80% ao longo das últimas três décadas, mas que entre os mais jovens, de 18 a 34 anos, cai para 51%.

Quando questionada sobre a longevidade da monarquia, a maioria da população (79%) disse acreditar que o regime ainda estará em vigor em 2032, e só 29% pensava o mesmo para daqui a cem anos.

Se a situação pode ainda levar tempo no Reino Unido, a movimentação antimonarquia tem chance de se acelerar nos demais 14 países que passam a ter Charles 3º como chefe de Estado —incluindo nações do porte de Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Uma amostra do sentimento de parte dos súditos foi expressa pela senadora australiana Mehreen Faruqi, nascida no Paquistão, onde a monarquia britânica foi abolida nos anos 1950. “Condolências para aqueles que conheciam a rainha. Eu não posso lamentar o líder de um império racista construído sobre vidas roubadas, terras e riquezas de povos colonizados”, disse a parlamentar, nesta sexta (9).

No país, onde há um ressonante movimento antimonarquia, a discussão é bem vista inclusive pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, no cargo desde maio. Autodeclarado republicano e defensor dos povos nativos, Albanese criou um órgão ligado ao gabinete para acompanhar o processo de transição para o regime republicano.

Em grande parte das ex-colônias do Império Britânico, é o passado de escravidão a motivação principal para os ativistas contra a monarquia. Na Jamaica, um dos principais jornais, The Gleaner, estampou na manchete da primeira página desta sexta (9) uma análise de que, com a morte da rainha, o rompimento com a Coroa ficará mais fácil.

Por lá, ainda repercute a desastrosa viagem de William e Kate, em março deste ano, em que enfrentaram protestos e viram críticas devido às cenas da princesa cumprimentando crianças negras atrás de cercas.

Para os países do Caribe, a ruptura já tinha sido impulsionada em novembro do ano passado, quando Barbados oficialmente se tornou uma república, substituindo a então rainha Elizabeth 2ª por uma presidente. Na ocasião, Charles, presente na cerimônia, disse em discurso considerado histórico que a “atrocidade da escravidão” era uma marca indelével da história britânica.

Se o movimento republicano pode crescer por ali, envolvendo também Belize e Bahamas, o caminho para o fim dessa instituição milenar no Reino Unido ainda requer pressão popular. E, no que depender do grupo Republic, ela tem chances de aumentar. Após o funeral de Elizabeth e antes da coroação de Charles, ainda sem data definida, está prevista uma nova campanha antimonarquia, com o pedido de realização de um referendo.

Michele Oliveira / Folhapress

William e Harry voltam a aparecer lado a lado para ver homenagens à rainha

Os príncipes William e Harry, com as respectivas esposas, apareceram em público lado a lado na tarde deste sábado (10), para ver homenagens e flores deixadas pelos súditos para lembrar a rainha Elizabeth 2ª em frente ao Castelo de Windsor.

O jornal The Guardian destacou que essa seria a primeira vez que todos são vistos juntos desde o Dia da Commonwealth em 2020. As relações entre os dois irmãos, segundo especialistas na família real britânica, estão estremecidas desde que o mais novo se mudou para os Estados Unidos, onde vive com a mulher, Meghan Markle, e os dois filhos, Archie e Lilibet.

Um porta-voz de William, agora primeiro na linha de sucessão ao trono britânico, após a ascensão do novo rei Charles 3º, disse que ele fez o convite para que o irmão e a cunhada se juntassem a ele e Kate Middleton para observar as homenagens à rainha e cumprimentar a multidão em frente ao castelo.

Segundo a Reuters, William disse a um súdito que os últimos dois dias, desde a morte da rainha, foram surreais. “Todos pensávamos que ela era invencível”, afirmou.

A cena dos dois filhos do novo rei juntos pode alimentar esperanças, de acordo com a agência de notícias, de uma reaproximação. Harry se afastou da família em meio a especulações, confirmadas por Meghan em uma explosiva entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, de racismo.

Funeral

A monarquia britânica confirmou neste sábado (10) que o funeral da rainha Elizabeth vai ocorrer no próximo dia 19, uma segunda-feira, na manhã de Londres —a partir de 7h, no horário de Brasília.

O caixão deve deixar o Castelo de Balmoral, na Escócia, com destino a Edimburgo, neste domingo (11). Na capital escocesa ele deve ficar no Palácio de Holyrood, residência oficial da família real, e depois ser levado de avião para Londres na terça (13), onde no dia seguinte será colocado na Abadia de Westminster para receber uma série de homenagens até o funeral.

As autoridades que explanaram os protocolos dos próximos dias disseram que cumprirão suas funções “com o coração mais pesado do que nunca, mas com a firmeza necessária para garantir uma despedida à altura de uma das figuras definidoras do nosso tempo”.

No anúncio ainda foram passados detalhes da situação em Balmoral. O corpo de Elizabeth, morta na última quinta no local, está em um caixão de carvalho coberto por flores no salão de baile do castelo.

Folhapress

Charles III é oficialmente proclamado rei em cerimônia em Londres

Charles III foi oficialmente proclamado rei durante uma reunião do Conselho de Ascensão, em Londres, neste sábado (10), dois dias após a morte de sua mãe, Elizabeth II.
A cerimônia aconteceu no palácio de Saint James em presença da nova rainha consorte, Camilla, do príncipe de Gales e herdeiro do trono, William, da primeira-ministra Liz Truss e dos ex-chanceleres britânicos Boris Johnson, Tony Blair, David Cameron, John Major e Theresa May. A proclamação foi feita de acordo com o protocolo, sem a presença do rei.

Em seu juramento diante do Conselho de Ascensão, após sua proclamação como monarca, Charles III disse que estava "profundamente consciente" dos "deveres e grandes responsabilidades" de suas funções.

"O reino de minha mãe é inigualável por sua longevidade, dedicação e devoção (...) Eu estou profundamente consciente desta grande herança, dos deveres e das enormes responsabilides do soberano, que me foram transmitidas", declarou o rei de 73 anos durante a cerimônia transmitida pela tevê pela primeira vez na história.

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Rainha Elizabeth 2ª está sob cuidado médico; príncipe Charles e William são chamados

A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, de 96 anos, está sob supervisão médica, afirmou um comunicado do Palácio de Buckingham divulgado nesta quinta-feira (8). Segundo a nota, a monarca seguirá no Castelo de Balmoral, na Escócia, uma das residências da família real. A informação é da Reuters.

O filho mais velho e herdeiro da monarca, o príncipe Charles, e seu neto, o príncipe William, viajaram até o castelo para encontrá-la após o alerta dos médicos.

Empossada na véspera pela rainha, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, disse que todo o país está “profundamente preocupado” com a saúde de Elizabeth. “Meus pensamentos – e os pensamentos das pessoas em todo o Reino Unido – estão com Sua Majestade a Rainha e sua família neste momento”.

Rússia corta fornecimento de gás para Europa até que sanções sejam suspensas

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (5) que a interrupção do fornecimento de gás russo para a Alemanha através do gasoduto estratégico Nord Stream é responsabilidade apenas do Ocidente, porque as sanções impedem a manutenção adequada das infraestruturas do setor.

“Os problemas de bombeamento [de gás] surgiram em consequência das sanções dos Estados ocidentais. Não há nenhuma outra razão para estes problemas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A declaração foi feita poucos dias após a paralisação completa do Nord Stream, gasoduto crucial para o abastecimento dos países europeus, que temem uma crise energética no inverno.

“São estas sanções […] que levaram à situação que estamos vendo agora”, disse em uma entrevista coletiva por telefone.

O porta-voz do Kremlin também rebateu as tentativas incessantes do Ocidente de “transferir a responsabilidade e a culpa” a Moscou.

“O Ocidente, neste caso a União Europeia, Canadá e o Reino Unido, é responsável pela situação ter chegado a tal ponto”, disse.

Dmitri Peskov voltou a justificar a interrupção do fornecimento de gás russo para a Alemanha através do gasoduto Nord Stream, anunciado na sexta-feira, por uma “manutenção séria” que, segundo ele afirmou, afeta a última turbina que funcionava até o momento.

Folhapress

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