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Euclides: Os Sertões é marco do jornalismo

 Acervo Museu da República / Instituto Brasileiro de Museus / Ministério do Turismo
O livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, publicado, pela primeira vez em 1902, é considerado um marco também para o jornalismo brasileiro (e não apenas para a literatura). Um dos méritos, além da inovação dos caminhos narrativos para história de não-ficção, foi se contrapor a notícias falsas que eram publicadas em jornais da Região Sudeste sobre a Guerra de Canudos. Havia uma ideia que corria pelos veículos e pela opinião pública que a revolta dos sertanejos, na verdade, era uma tentativa de restabelecer a monarquia na década seguinte da proclamação da República.


A professora Walnice Galvão, docente emérita da USP, investigou os discursos dos jornais da época no livro No Calor da Hora. Estas versões, inclusive, trouxeram uma ideia equivocada para o próprio Euclides da Cunha. “Eu percebi, com clareza, como a mídia jornal influenciou o país. Convenceram a opinião pública brasileira que Canudos era uma conspiração restauradora da monarquia, e todo mundo acreditou. Essas notícias falsas estavam nos editoriais, reportagens e até nas caricaturas”, diz, lembrando que os jornais, em tempos sem rádio ou TV, faziam o serviço principal de comunicação.
Uma casa de jagunço. Coleção Flávio de Barros/Guerra de Canudos - Acervo Museu da República / Instituto Brasileiro de Museus / Ministério do Turismo
O professor Leopoldo Bernucci, da Universidade da Califórnia, também chama a atenção sobre o avanço das fake news (notícias falsas) à época, mas reitera que Euclides da Cunha não conseguiria avançar nas pesquisas que lhe renderam o término de Os Sertões sem apoio dos jornais impressos. “Ele tinha também uma ligação muito forte com os jornais e lhe serviu de fontes de informação importantes. Percebi que há diferenças de datas e números em documentos. Uma nova pesquisa que pode ser feita é comparar os documentos para precisar dados sobre eventos históricos”.
Para o professor de direito Arnaldo Godoy, que também é pesquisador em literatura, os escritos de Euclides, bem como a própria trajetória trágica pessoal do escritor, são capazes de provocar estudos sobre notícias falsas. “Considero muito importante tentar compreender o papel da comunicação na construção ou na desconstrução de um criminoso”, afirmou.

Mistura de jornalismo e literatura

Para o professor de jornalismo Edvaldo Pereira Lima, um dos principais pesquisadores de jornalismo literário do país, a obra Os Sertões é marco inquestionável do gênero no país. Ele contextualiza que, em outras coberturas de conflitos bélicos de guerra civil nos Estados Unidos e na África (por parte de correspondentes europeus), existiam iniciativas pioneiras de se amadurecer essa escola narrativa que excedesse a ideia de uma notícia crua. “Isso tem relação com a dificuldade de transmitir a intensidade de um campo de batalha de uma forma fria ou preso apenas à informação”. 
Cadáveres nas ruínas de Canudos. Coleção Flávio de Barros/Guerra de Canudos - Acervo Museu da República / Instituto Brasileiro de Museus / Ministério do Turismo
No Brasil, o primeiro caso é na obra de Euclides. “Muito mais do que informar, Euclides procura trazer uma leitura completa de compreensão de realidade, trazendo as múltiplas causas e a atenção principal na figura humana. Os Sertões faz com que o leitor compreenda de forma integral aquele acontecimento, em suas diferentes dimensões”, afirma Pereira Lima.
O pesquisador explica que, no jornalismo literário, as pessoas são tratadas em profundidade e que, na obra euclidiana, há uma leitura quase psicológica. “Jornalismo literário é literatura também. Entendo como literatura tanto a ficção como a não-ficção. Um estilo pautado pela literatura do real. O que caracteriza a literatura é a qualidade e a excelência do nível narrativo. E isso é marcante com Euclides por causa de sua sensibilidade ao trazer aspectos sutis da realidade”. 

Esses aspectos servem para denunciar, investigar e ser caminho inspirador para a transformação social e humana. “Ler a obra é uma experiência de sensibilização para 'ressignificar' a realidade. Uma grande experiência de transformação de consciência para os cidadãos brasileiros”, afirma.

Edição: Nathália Mendes/Leyberson Pedrosa
Por Luiz Claudio Ferreira - Brasília

Dia de Reis: Você sabe qual a origem e tradições da data?

Festividade surgiu no momento que os três reis magos – Belchior, Gaspar e Baltazar – partiram de seus lugares de origem no sentido da cidade onde estava o menino Jesus

Todo 6 de janeiro, Dia de Reis, aqueles que comemoram o Natal se preparam para desfazer a árvore, os presépios e os enfeites natalinos. Mas qual é a origem da data? Epifania, ou Dia de Reis, como é conhecida a festa comemorada em 6 de janeiro pelos católicos. A data relembra quando os três reis magos encontraram Jesus Cristo ainda recém nascido. De acordo com a tradição católica, eles foram guiados por uma estrela até a chegada em Belém.

Trazida pelos portugueses durante colonização, o Dia de Reis também é comemorado através da Folia de Reis ou Reisado, festa popular com a presença de grupos culturais em alguns estados. As pessoas saem pelas ruas vestidas com roupas típicas, tocando e cantando, para levar a notícia do nascimento de cristo e suas bênçãos.
Origem do Dia de Reis

Festividade da , surgiu no momento que os três reis magos (Belchior, Gaspar e Baltazar) partiram de seus lugares de origem no sentido da cidade onde estava o menino Jesus. Isso se deu, segundo relatos bíblicos, por volta do século VIII.

O rei Baltazar viajou da África e levou mirra, uma espécie de planta de onde pode ser retirada uma resina aromática para o preparo de incensos e remédios. Como possui um cheiro agradável, mas sabor amargo, representa as características humanas e seus males.

Gaspar, por sua vez, saiu da Ásia levando incenso para presentar o menino Jesus. O utensílio, usado para aromatizar e purificar ambientes, simboliza a fé e a espiritualidade. Já Belchior, também chamado de Melchior, partiu da Europa com ouro. A sua oferenda era dada somente aos deuses, por isso representa a riqueza e a nobreza.

Como cada um era de uma localidade, chegaram cerca de doze dias depois do nascimento. É por isso que, no Brasil, a festa acontece entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro.

Dia de Reis no Brasil

Durante doze dias, especialmente na região Sudeste, os participantes dessa festa folclórica, mestres, contramestres, músicos e admiradores, saem em cortejo pelas ruas e passam de casa em casa. O intuito é, através das cantorias e toques dos instrumentos, anunciar a chegada de cristo. Em troca da visita, os moradores oferecem diversas comidas.

Também há a presença de pessoas vestidas de reis magos e um palhaço, que, de acordo com a tradição, serve para distrair os soldados de Herodes, rei que ordenou a morte de todas as crianças com menos de dois anos depois que descobriu que o messias nasceria na cidade de Belém. O Reisado é tão importante para a cultura do país que, em 2017, foi reconhecido em  como patrimônio cultural imateral do estado.

Festividade pelo Mundo

As celebrações do Dia de Reis não são restritas apenas ao Brasil. A data é lembrada em vários cantos do mundo, por meio de diferentes festejos. Em , por exemplo, o Terno de Reis ou Santos Reis costuma atrair diversos curiosos e conhecedores. As pessoas cantam nas janelas de suas casas ou de porta em porta. Geralmente quem ouve as canções os convidam para entrar e aproveitar os petiscos e vinhos.

Outro hábito português é o preparo do bolo-rei. A iguaria é feita com frutas cristalizadas e uma pequena surpresa: um caroço de fava. Segundo manda a tradição, aquele que encontrar a fava terá sorte no ano seguinte e deverá ser o responsável pela produção ou compra do bolo na próxima comemoração.

Semelhante a Portugal, a data na Argentina e Uruguai também é festejada com bolo, a “rosca de reyes”. As crianças ainda deixam um sapato perto da porta com água para os camelos de Belchior, Gaspar e Baltazar.

Para celebrar o Dia de Reis na Bulgária, padres jogam cruzes de madeira na água e os jovens devem mergulhar para pegá-las. Como as temperaturas nesse período do ano estão baixas, aquele que conseguir encontrar o objeto na água gelada terá muita saúde e sorte.

Já na Finlândia faz-se bolachas de gengibre em formato de estrelas e, ao mesmo tempo, pedidos. Quando prontas, elas são partidas em três pedaços e precisam ser comidas em silêncio para a realização dos desejos.

Vídeo: TCA encerra 2020 com produção com Caetano Veloso, OSBA, BTCA e Beethoven

Fotos: Reprodução/YouTube

O Teatro Castro Alves (TCA) fecha o ano de 2020 com o lançamento de “Abraço no Tempo”, vídeo que conclui sua temporada anual, desta vez vivida sob os impactos da pandemia da Covid-19. Com a ação, o maior e mais importante equipamento cultural da Bahia demonstra seu compromisso de ser parte da vida social da Bahia e do país, reunindo grandes talentos para uma ode a esse momento impactante da história humana. A produção foi lançada nesta quinta-feira (31) e já está no canal do YouTube do TCA, disponível neste link: https://youtu.be/zXlikq19s9E

Os seus dois corpos artísticos – o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) e a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) – juntam-se a Caetano Veloso, convidado especial, e o imortal Ludwig van Beethoven, homenageado pelos 250 anos de seu nascimento, estabelecendo um diálogo entre o popular e o erudito.

O filme foi gravado nos palcos e espaços do Complexo do TCA e tem em sua arquitetura única uma metáfora sobre as proporções da relação do homem com o tempo. Esta entrega de encerramento é consequência de uma jornada desafiadora, em que o TCA foi capaz de, mais uma vez, se reinventar e realizar uma série de ações digitais que mobilizaram mais de 150 mil pessoas nos últimos nove meses, promovendo arte e cultura também como expressões de humanidade, ânimo, respeito e resistência.


Ipiaú: Diretoria de Cultura divulga o resultado do edital Fauzi Maron

Foto: Divugação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Diretoria de Cultura de Ipiaú anuncia o resultado parcial do edital de premiação Fauzi Maron, que é realizado com recursos da Lei Aldir Blanc. 

Com inscrições abertas de 26 de novembro ao dia 10 de deste mês, o edital irá apoiar projetos em dois níveis de quatro categorias cada - Criação e Desenvolvimento; Pesquisa, Publicação e Memória; Difusão; Formação e Capacitação.

A lista dos selecionados está disponível no Diário Oficial desta quarta-feira (16) https://bit.ly/3r5q7an e todas as informações sobre a premiação, estão disponíveis no site da Prefeitura de Ipiaú https://www.ipiau.ba.gov.br/

Com aporte financeiro total de R$ 182 mil, o edital que teve 52 propostas inscritas concede prêmios de até R$ 10 mil. Neste momento, já estão divulgados os premiados, totalizando 28 projetos selecionados. O prazo para a solicitação de recursos relativos a não aprovação é de um dia útil a contar do dia da publicação.   

Para a Diretoria de Cultura o edital já é um sucesso pelas propostas apresentadas e por Ipiaú sair na frente na aplicação da lei aprovada para auxiliar os trabalhadores da cultura no período de pandemia. Além disso, os responsáveis veem um avanço tanto pela participação massivas dos artistas no desenvolvimento dos projetos quanto no plano de trabalho criado que colocou o município apto a executar a Lei.    

Jennifer Bomfim/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Prazo de inscrição para o edital de premiação da lei Aldir Blanc vai até quinta-feira


Termina nessa quinta-feira, 10, o prazo de inscrições para o Edital de Premiação “Fauzi Maron” nº 002/2020 que vai distribuir R$180.000,00 de recursos oriundos da Lei Federal 14.017/2020 para os trabalhadores e trabalhadoras do setor cultural de Ipiaú. Serão dez prêmios no valor de R$ 10 mil e vinte no valor de R$4 mil. Todas as informações sobre o Edital estão disponíveis no endereço 

https://www.ipiau.ba.gov.br/noticia/570/prefeitura-de-ipia-divulga-edital-de-premiao-para-os-trabalhadores-da-cultura-

O Edital foi lançado pela Diretoria de Cultura no dia 26/11/2020. Para concorrer será preciso preencher os formulários de inscrição online até às 23h59min do dia 10 de dezembro de 2020. Os formulários estão disponíveis nos links abaixo:

https://bit.ly/2V6IVYo Criação e Desenvolvimento

https://bit.ly/3fFWNC0 Pesquisa, Publicação e Memória

https://bit.ly/2HDBO6m Difusão

https://bit.ly/37cvNGt Formação e Capacitação

José Américo Castro. Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Após morte do pai, Luciano teria decidido colocar fim na dupla com Zezé, diz colunista

Relação entre os dois estaria estremecida desde 2017

Foto: Diulgação

O cantor Luciano teria decidido colocar fim na dupla com o irmão Zezé Di Camargo após a morte do pai dos artistas, Seu Francisco. Segundo informações do colunista Erlan Bastos, os irmãos ainda estavam mantendo a dupla por causa do pai. No entanto, com a morte dele Luciano estaria decidido a se separar de Zezé.

Conforme o colunista, a relação entre os dois estaria estremecida desde 2017, ano em que Luciano falou pela primeira vez sobre dar fim à dupla. Atualmente, o cantor lançou um projeto como cantor solo no gênero gospel. Ele também participou de um especial de natal da Record, que irá ao ar este ano.

Prefeitura de Ipiaú divulga edital de premiação para os trabalhadores da cultura

A Prefeitura de Ipiaú começou a implementação da Lei Aldir Blanc - Lei Federal n° 14.017 que trata do auxílio emergencial para o setor cultural – trabalhadores e espaços culturais. A chamada pública 001/2020 publicada na última semana é designada aos espaços culturais e o Edital 002/2020 – Prêmios Culturais Fauzi Maron publicado no Diário oficial do município desta quinta-feira, 26 é designado aos trabalhadores da cultura. 

A seleção será realizada por pareceristas externos e será classificatória e eliminatória. São 10 prêmios no valor de 10 mil reais e 20 prêmios de 4 mil reais distribuídos em dois níveis com 4 categorias cada - formação e capacitação, difusão, criação e desenvolvimento e pesquisa, publicação e memória. 

Os interessados, trabalhadores cadastrados e habilitados no Sistema Municipal de Cultura, devem se inscrever de 26 de novembro até 10 de dezembro por meio eletrônico nos links disponíveis abaixo: 

https://bit.ly/2V6IVYo Criação e Desenvolvimento

https://bit.ly/3fFWNC0 Pesquisa, Publicação e Memória

https://bit.ly/2HDBO6m Difusão

https://bit.ly/37cvNGt Formação e Capacitação

Jennifer Bomfim/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Representantes de Espaços Culturais de Ipiaú acompanharam leitura do edital da Lei Aldir Blanc para o setor

José Américo Castro/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

A Diretoria de Cultura de Ipiaú em parceria com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, explicou, na noite da última segunda-feira, 23, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, sobre os critérios da Chamada Pública para os espaços culturais da cidade receberem o auxílio emergencial proveniente do Governo Federal através da Lei Aldir Blanc. O auxílio, no valor de R$ 5 mil, por espaço, tem o objetivo de fomentar a economia criativa da cultura, o acesso à fruição cultural e a manutenção dos espaços que atravessam dificuldades financeiras durante a pandemia do novo coronavírus.
Foto: José Américo Castro/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

A leitura do edital, feita pelo diretor de Cultura do Município, Marcelo Batista, foi acompanhada com muita atenção pelos 22 representantes dos espaços que marcaram presença na reunião que foi solicitada pela Casa de Cultura. Alguns deles pediram esclarecimentos em relação a trechos do documento e apresentaram sugestões. 

O Diretor de Cultura pediu para que todos lessem atentamente o edital Chamada Pública 001/2020 que foi publicado no Diário Oficial de 17 de novembro (https://bit.ly/3nV7P9r),

e salientou que a Diretoria está à disposição para esclarecer as dúvidas. 

Os responsáveis pelos Espaços culturais que realizaram o cadastro de Cultura e que estão habilitados devem comparecer no dia 03 de dezembro, no Colégio Professora Celestina Bittencourt das 9h às 10h com a documentação solicitada no edital.

José Américo Castro/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Novembro Negro: Secretaria de Ação Social promove atividades no combate ao racismo

Imegem ilustrativa

A Secretaria de Ação Social através do CRAS e CREAS faz um trabalho contínuo de combate ao racismo, causa de inúmeras desigualdades e violações, com apoio a coletivos, atuando no enfrentamento, denúncia e construção de alternativas para a efetiva garantia dos direitos humanos a toda população negra. 

Neste mês em que é celebrado a Consciência Negra no dia 20, data escolhida por ser dia do assassinato de Zumbi dos Palmares, líder que lutou para libertação do seu povo contra o sistema escravagista, hoje também é momento de refletir sobre a luta e a inserção do negro na sociedade. 

Para isso, a secretaria preparou uma programação que acontecerá no CRAS I, no CRAS II e no CREAS, no dia 11 (quarta-feira), às 14h. Haverá palestra sobre a Trajetória da Mulher Negra, roda de conversa sobre Respeito a Diversidade Religiosa, palestra sobre a Lei de Cotas nas Universidades, atendimento jurídico que irá explanar sobre a garantia de direitos e atividade artesanal para geração de renda. Todas as atividades serão realizadas com todas as medidas determinas pela Secretaria de Saúde para evitar o contágio pela Covid-19, como local para higienizar as mãos, distanciamento social, uso obrigatório de máscara e álcool 70% disponível. 

A Secretária de Ação Social, Rebeca Oliveira, destaca que o trabalho visa reduzir a violência contra pessoas negras sensibilizando toda a população, que deve ser ativa no combate. “Ampliamos a voz de integrantes de grupos vulneráveis e vítimas de violações, dando condições para que sejam protagonistas de suas próprias causas”.

Reformado e restaurado, Arquivo Público do Estado reabre com novas regras de visitação

                                          Fotos: Carol Garcia/GOVBA

A manhã desta quinta-feira (5), data em que se celebra o Dia Nacional da Cultura, foi marcada pela reabertura do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). A sede da entidade, localizada na Baixa de Quintas, passou por amplas obras de reforma e restauro, e volta a receber o público mediante agendamento prévio no
site da Fundação Pedro Calmon.
                                          Fotos: Carol Garcia/GOVBA

A titular da Secretaria da Cultura do Estado (SecultBA), Arany Santana, reforça que o Arquivo está inserido em um grande conjunto arquitetônico, documental e histórico que salvaguarda a memória e história da Bahia, Brasil e do mundo. “São mais de sete quilômetros lineares ocupados por 40 milhões de documentos que relatam trechos importantes da nossa trajetória, como o tráfico negreiro, revoltas dos Búzios e dos Malês, presos políticos e tudo o mais que se possa imaginar”, listou.
Fotos: Carol Garcia/GOVBA

Segunda maior instituição arquivística do Brasil, o Arquivo Público baiano custodia e mantém manuscritos e impressos originais, produzidos e acumulados quando a cidade de Salvador foi capital político-administrativa do Estado do Brasil durante 214 anos (1549 a 1763), além de documentos produzidos no período Colonial, Monárquico e Republicano.

O presidente da FPC, Zulu Araújo, destaca que a reabertura nesta data não poderia ser mais oportuna. “Estamos devolvendo para a comunidade um dos equipamentos mais importantes que tratam da sua história e da sua memória. Além dos documentos que aqui estão, temos esse prédio, patrimônio nacional arquitetônico, que tem 469 anos, já que esta edificação data de 1551, dois anos apenas depois da fundação de Salvador”, relembrou.

Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o evento de reabertura reuniu pesquisadores, além de autoridades e personalidades, entre elas o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco; a presidente da Associação dos Arquivistas da Bahia, Leide Mota; o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Baltazar Miranda; e o presidente da Fundação Olodum, João Jorge.

Obras
A reabertura acontece após a finalização da terceira fase das intervenções, que estavam em andamento desde 2012 e contaram com um investimento de R$3 milhões. Durante as obras, foram encontrados mais de dois mil artefatos arqueológicos na área do Solar Quinta do Tanque.

Entre os serviços incluídos na iniciativa, estão a colocação de piso de alta resistência; recuperação das escadas externas laterais e central; impermeabilização de paredes; recuperação de 89 janelas e 40 portas; a instalação de elevador para portadores de necessidades especiais; reforma de sanitários; pintura externa e interna da sede; e imunização de forro e piso de madeira.

Visitação

Suspenso desde janeiro de 2019, por conta da realização das obras, o atendimento volta a ser feito gradualmente e englobando os serviços de gestão e transcrição de documentos, autenticação da reprodução em papel de documentos custodiados, emissões de cópia autenticada de ocorrências policiais e de laudo de exame pericial, atendimento presencial e de orientação técnica aos Arquivos Públicos Municipais.

A distância de 1,5 metro deverá ser mantida entre os funcionários e demais pesquisadores. Será aferida a temperatura na entrada do APEB, sendo proibido o acesso às dependências do Arquivo caso a temperatura seja superior a 37,5ºC.

As visitas guiadas e atividades educativas, nesta primeira etapa de reabertura, permanecerão suspensas. Não será permitida a entrada de pesquisador/solicitante sem prévio agendamento e nem dupla ou grupo.

Informações adicionais bem como os formulários que devem ser preenchidos para que os interessados tenham acesso às dependências do APEB podem ser obtidos no site da Fundaçã
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Novembro: mês da consciência negra.


O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695. Há décadas o mês de novembro tem se tornado referência para atividades que inspiram a luta, resistência e, principalmente, a rebeldia do povo negro, que historicamente tem sido os sujeitos do enfrentamento ao racismo articulado nas diversas esferas da sociedade.

Neste mês, as atividades de luta do Movimento Negro e de diversos setores organizados, reafirmam o black power, que quer dizer “poder negro”, o orgulho da identidade negra, que é uma das dimensões da consciência negra. Essas ações reconhecem o legado de Zumbi, Dandara, Maria Quitéria, Carlos Marighella, Luiz Gama e entre outros lutadores e lutadoras que doaram suas vidas ao povo.

Primeiro grito de liberdade

Esse processo teve início no Quilombo dos Palmares, que foi um dos muitos quilombos da era colonial brasileira e sua origem remonta os anos de 1580. Palmares foi o refúgio dos negros e das negras escravizados que estavam em fuga de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da Bahia. Rafael Pinto, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), ao falar sore o Novembro Negro e apontar Palmares como uma referência na atualidade, destaca que o quilombo representa o primeiro grito de liberdade.

“A luta por liberdade inicia-se com Palmares. A luta pela terra, utilizando aqui como marco da luta camponesa, começa por Palmares. A luta pela ampliação de direitos começa em Palmares”, explica e continua: “Nós conseguimos tirar do rodapé da história Palmares, que permaneceu nessa condição até o final dos anos 70, a partir daí com o surgimento do Movimento Negro Unificado (MNU) nós viramos uma página que diz respeito a combinar a luta contra o racismo, por liberdade democrática, no sentido de expressão e organização, e avançarmos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.

Desigualdade racial

As desigualdades raciais no Brasil são atuais. Apesar de mais da metade dos habitantes do país ser negra – 54% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) – são os brancos que ocupam as maiores parcelas nos índices econômicos e sociais. Nos últimos anos, houve importantes avanços que diminuíram as diferenças em diferentes áreas. O percentual de negros no nível superior mais que dobrou entre 2005 e 2015, de acordo com o IBGE.

Outro fator alarmante é a renda familiar composta por pessoas negras. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a Fundação João Pinheiro (FJP) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado em maio de 2017, aponta que a renda familiar média das pessoas negras é menos do que a metade da renda de pessoas brancas. Enquanto os brancos têm um índice de R$ 1.097,00 por pessoa, a renda de negros é estimada em R$ 508,90.

Ao olhar para o processo de construção social do país e as marcantes desigualdades provocadas por um histórico de desumanização da população negra que durou cerca de 358 anos, com o processo escravocrata, Rafael aponta como um dos principais desafios na atual conjuntura é a combinação da contra a exploração racial com a classe.

E comenta: “Ao tratar dessa questão no Brasil, nós estamos contribuindo para uma reflexão mais profunda de como nós podemos construir uma sociedade mais justa num país com a formação que nós temos, que é um país multiétnico e racial. Como tratar desse assunto, num país que ocupa o segundo lugar com a maior população negra no mundo? Como tratar esse assunto falando da diáspora? Enquanto esquerda não demos conta de apontar esses elementos para construção de uma sociedade mais ampla, levando em conta essas demandas. Como construir a igualdade tendo respeito as diferenças, as diversidades que nelas existem?”, questiona.

Novembro Negro

Sobre a importância desse mês na luta contra o racismo, Regina Lúcia, do Movimento Negro Unificado (MNU), afirma que as atividades realizadas neste mês estão ligadas a representatividade e a necessidade política que a história do Brasil seja contada, a partir da participação de toda população brasileira, em especial dos negros que é a maior parte social.

Ela comenta ainda que “é necessário que a população brasileira se aposse de sua negritude [...]. Precisamos colocar a história no seu devido lugar”, enfatiza Lúcia.

Nesse sentido, Rafael acredita que o Novembro Negro é um momento de amplo debate e de discussão em torno da sociedade igualitária que queremos e apontar os caminhos de como devemos construí-la. “A consciência negra é uma consciência importante para todos os oprimidos, para todos os brasileiros. Na medida que tentam mascarar e invisibilizar todo processo de construção que os negros fizeram nesse país, nós dizemos que é necessário avançar na construção da afirmação e da construção da cidadania”, conclui.
*Editado por Maura Silva

Cadastro para o auxílio emergencial do setor cultural encerra nesta sexta-feira em Ipiaú

Foto: Diulgação

O Cadastramento dos trabalhadores da cultura e dos espaços culturais encerra nesta sexta-feira, 30, 10 dias após a publicação do Decreto 5.781/2020, que regulamenta a destinação de recursos provenientes da Lei Federal de Emergência Cultural (Lei Aldir Blanc). 

O cadastro foi reaberto desde 04 de setembro após a regulamentação federal do auxílio emergencial para o setor onde a Diretoria de Cultura de Ipiaú convocou para realizar o cadastramento através do link https://bit.ly/37CqxOw trabalhadores da cultura e espaços culturais.

Um total de R$ 351.722,89 foi destinado aos trabalhadores e entidades do segmento cultural da cidade por conta da pandemia do novo coronavírus, que consequentemente paralisou as atividades da categoria.      

O valor destinado pela União será dividido da seguinte forma: R$ 150 mil para a manutenção de 30 espaços artísticos e culturais, sendo R$ 5.000 mil para cada espaço. O restante da verba será destinado a editais, chamadas públicas ou outros instrumentos aplicáveis para prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.
Jennifer Bomfim/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Decreto regulamenta destinação dos recursos da Lei Aldir Blanc em Ipiaú

Foto: Ipiaú/Divulgação/DIRCOM/PMI

A prefeita Maria das Graças assinou na última terça-feira, 20, o Decreto nº 5.781/2020, que regulamenta a destinação de recursos provenientes da Lei Federal de Emergência Cultural (Lei Aldir Blanc). O decreto foi publicado, na mesma data, no Diário Oficial do Município. Um total de R$351.722,89 foi destinado aos trabalhadores e entidades do segmento cultural de Ipiaú que sofreram perda de renda em razão da pandemia do novo coronavírus. Os beneficiários dos recursos contemplados com a referida lei deverão serem residentes e/ou domiciliados no município de Ipiaú.

De acordo com o decreto municipal a execução destes recursos ficará a cargo da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, sob a supervisão de uma Comissão Gestora, promover o repasse dos subsídios mensais. Esta comissão se encontra constituída por dois membros da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, um membro da Procuradoria Geral do Município e dois membros do Conselho Municipal de Política Cultural e um membro da sociedade civil indicado pelo Conselho Municipal de Política Cultural de Ipiaú(CMPCI).

O valor destinado pela União será dividido da seguinte forma: R$ 150 mil ) para a manutenção de 30 espaços artísticos e culturais, sendo R$ 5.000 mil para cada espaço.O restante da verba será destinada a editais, chamadas públicas ou outros instrumentos aplicáveis para prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.( José Américo Castro).

Espaços Culturais foram orientados sobre procedimentos para receber recursos da Lei Aldir Blanc


A Diretoria Municipal de Cultura em conjunto com o Conselho Municipal de Política Cultural de Ipiau, realizou na última terça feira, 6, no auditório do Colégio Celestina Bittancourt, uma reunião com os representantes dos espaços culturais desta cidade, com o objetivo de discutir os critérios de elegibilidade de que trata a Lei Aldir Blanc e os procedimentos burocráticos para que os espaços culturais possam receber os recursos, assim como  orientar sobre os prazos referente às contrapartidas e as prestações de contas. Representantes de mais de  30 espaços culturais já cadastrados marcaram presença no evento.

Ficou definido que cada espaço receberá um auxílio no valor de R$ 5.000,00 em duas parcelas, mas para isso terão que informar de que forma serão as contrapartidas. As informações estarão contidas em formulário fornecido pela Diretoria de Cultura. O cadastramento continua aberto para inscrição de mais espaços culturais realizarem suas inscrições. Coordenaram a reunião o Diretor de Cultura, Marcelo Batista e o vice-presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Manoel de Jesus Flores de Campos. ( José Américo Castro).

Na madrugada, Caetano Veloso lança sua interpretação de 'Hey Jude'

@Reuters

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Caetano Veloso lançou no início da madrugada desta sexta-feira (4), nas plataformas digitais, um single com a sua interpretação de "Hey Jude", um dos clássicos dos Beatles.O lançamento comoveu fãs. "Tô chorando horrores", disse um deles, no Twitter. "Estou no chão", comentou outro.

O single faz parte da estratégia de lançamento do documentário "Narciso em Férias", em que o cantor faz um relato detalhado de sua prisão pela ditadura militar em dezembro de 1968. O músico lembra, por exemplo, como ele e Gilberto Gil foram retirados de casa em São Paulo poucos dias depois de o AI-5 ser decretado, sem receberem explicações, e fala sobre os 54 dias que ele permaneceu encarcerado.

Dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, o filme vai estrar mundialmente no dia 7 de setembro, no 77º Festival de Veneza, um dos principais eventos de cinema do mundo. No mesmo dia, o documentário estará disponível na Globoplay."Narciso em Férias" participa da seção fora de competição do Festival de Veneza e não concorre ao Leão de Ouro. Ele é o único título brasileiro na lista do evento. A produção do filme é de Paula Lavigne e da VideoFilmes, de Walter Salles e João Moreira Salles.                                                  



"Me lembro nitidamente de que 'Hey Jude', dos Beatles, era a canção positiva. Quando tocava, era sinal de que ia melhorar minha situação, os portões iam se abrir, a luz ia ser vista de novo", diz Caetano em um trecho do documentário.

A canção de Paul McCartney foi lançada pelos Beatles em 1968. Foi escrita após a separação de John Lennon de sua primeira mulher, Cynthia, para confortar o filho do casal, Julian.


O manuscrito do clássico usado durante a gravação em 1968 foi vendido por US$ 910 mil (cerca de R$ 4,6 milhões) durante um leilão online em abril deste ano.

O documento vendido contém uma letra parcial juntamente com anotações que incluem a palavra "break" ("pausa", em inglês) usada para ajudar na gravação da música.

Conselho de Cultura aprova Plano de Trabalho para aplicação da lei Aldir Blanc em Ipiaú

Diretor de Cultura do Município/Marcelo Batista

O Conselho de Cultura de Ipiaú se reuniu com Diretor de Cultura do Município, Marcelo Batista, para discutir e aprovar o plano de aplicação da Lei Aldir Blanc, que visa auxílio ao setor cultural. As discussões, por meio de plataforma digital, ocorreram baseadas nas diretrizes da própria lei e nas orientações da Confederação Nacional dos Municípios. 

O Plano de Trabalho já foi enviado ao Ministério do Turismo para aprovação e posterior envio do recurso ao município. 

Ficou planejado o montante de R$ 150.000,00 para espaços culturais; R$180.000,00 para edital de premiação (acima do mínimo de 20% que a Lei determina) e R$ 21.722,89 para aquisição de bens. Somente as pessoas/empresas que tiveram suas atividades interrompidas devido a pandemia e que não tenham nenhum outro benefício do Governo Federal, terão direito ao recurso. ( José Américo Castro).

Nas Batidas do Carimbó é tema do Caminhos da Reportagem deste domingo

@Gustavo Serrate/Ministerio da Cultura
A data de 26 de agosto foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó na cidade de Belém. Para marcar a semana, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil vai apresentar hoje (23) um programa inédito sobre o ritmo do carimbó, que também é o nome da dança típica do Pará, considerada Patrimônio Cultural do Brasil em 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O programa foi gravado antes da pandemia do novo coronavírus e vai ao ar às 20h.

A equipe de reportagem seguiu as batidas e os passos do carimbó atrás dos grandes mestres dessa arte. Foi da capital paraense até a Ilha de Marajó, a maior do estado, para conhecer um pouco mais sobre o ritmo. A origem do nome vem da palavra curimbó, o tambor utilizado nas rodas de carimbó.

“Sobre a origem do carimbó, temos um grande pesquisador, Vicente Salles (1931-2013), que fala o quanto o racismo influenciou as pessoas a dizerem que a origem é indígena, mas que na realidade, sigam os tambores, sigam de onde vêm os tambores e vocês vão entender”, disse a musicóloga Laurenir Peniche. “A origem do carimbó vem dos negros, que se mestiçaram com os indígenas e com os portugueses, e depois se disseminou por todo o estado do Pará”.

A equipe da TV Brasil atravessou a Baía do Guajará e desembarcou na Ilha de Marajó, mais precisamente na cidade Salvaterra. Lá existem 16 comunidades quilombolas, de onde saíram grandes mestres do carimbó. Um deles é o mestre Damasceno, que nasceu na comunidade quilombola de Salvar. Ele foi o criador do chamado búfalo-bumbá e é um dos mais importantes para o carimbó marajoara.

Do ambiente pastoril das fazendas de Soure, também do Marajó, vem um carimbó mais melódico, que tem na figura do Mestre Diquinho um dos maiores representantes. “Tu imaginas aquelas vastas terras, pasto que não acaba mais, e tu ali sozinho, tocando gado, naquele silêncio oco. Então, claro que isso marca a estética (musical) do caboclo”, explica o pesquisador musical Marcello Gabbay.

Na cidade de Soure também fica o Grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho, um dos grandes responsáveis pelo difusão do carimbó marajoara. “O resgate das nossas danças, das nossas músicas, a gente conseguiu nas fazendas, porque foi lá que o carimbó chegou primeiro, por meio dos escravos africanos”, contou a coordenadora do grupo, Maria Amélia Ribeiro.

Em Belém, os repórteres conheceram a família do Mestre Verequete, que morreu em 2009. Ele foi um dos maiores representantes de um carimbó mais tradicional, chamado Pau e Corda e que não utiliza instrumentos eletrônicos. A influência dele é tão importante para esse ritmo, que a data do aniversário de Mestre Verequete foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó.

Ainda na capital paraense, a equipe seguiu até a Passagem Álvaro Adolfo, no bairro da Pedreira, conhecida como a Rua do Carimbó. Lá acompanhou um ensaio do Grupo Sancari, que mantém a tradição do chamado Pau e Corda. E na passagem também mora a Diva do Carimbó Chamegado, a cantora Onete, com quem foi gravada uma entrevista especial, mas na cidade do Rio de Janeiro.

Por TV Brasil - Brasília

Nova parcela do vale-alimentação estudantil será paga no dia 28

Paula Frões/GOVBA
Os 800 mil estudantes da rede pública estadual baiana vão ter direito, mais uma vez, ao auxílio de R$ 55 do Vale-Alimentação Estudantil. O governador Rui Costa (PT) contou a novidade durante o #PapoCorreria, na noite desta quarta-feira (22), e explicou que o pagamento da parcela começará a ser feito pelo Estado já na próxima terça-feira (28).

Este é o terceiro pagamento realizado desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus. Os estudantes deverão utilizar o valor estritamente para adquirir produtos do gênero alimentício. A compra pode ser feita em qualquer mercado instalado na Bahia.

O recurso investido pelo Governo do Estado neste novo pagamento é de R$ 44 milhões, mesma quantia destinada para o repasse das outras duas parcelas já liberadas do benefício, lembrou o governador. “O estudante terá acesso aos R$ 55, que é o valor médio de uma cesta-básica, já no dia 28 de julho, quando a quantia já estará disponível no cartão que cada um dos 800 mil alunos recebeu”, afirmou.

Rui destacou ainda que o benefício “é uma importante contribuição do ponto de vista social e alimentar e também um grande esforço, já que os R$ 132 milhões envolvidos nas três parcelas não faziam parte do orçamento deste ano e ainda houve uma queda na previsão de arrecadação de R$ 1,8 bilhão para 2020”.

Se for sancionada a Lei Aldir Blanc beneficiará trabalhadores da cultura em Ipiaú

Foto: Divulgação
O Diretor Municipal de Cultura, Marcelo Alves Batista, informa que caso o Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancione o Projeto de Lei 1.075/2020 que visa um auxílio emergencial de R$ 600,00, durante o período de três meses, para os trabalhadores da cultura, o setor cultural de Ipiaú poderá ser beneficiado com recursos da ordem de R$ 351.685, 43, provenientes do Fundo Nacional da Cultura.

“ Parte dessa verba será dividida entre os artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros, professores de escolas de arte, contadores de história, e capoeiristas. Todos terão que comprovar o exercício dessas atividades nos dois últimos anos e não podem ter um emprego formal ou receber outros benefícios”, explicou o diretor.

Ele adiantou que a implementação do projeto vai exigir um processo de diálogo com os trabalhadores da cultura e suas entidades representativas, o que poderá ser facilitado com um mapeamento e cadastramento.

“A Diretoria de Cultura do Município já está trabalhando na elaboração do cadastro local e ao mesmo tempo indicando aos artistas que façam suas inscrições, ou atualização no Cadastro Cultural do Estado da Bahia, disponível em : siic.cultura.ba.gov.br/cadastro. Este cadastro possibilitará a criação de indicadores sobre a cadeia produtiva da cultura no estado, contribuindo no planejamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas; na otimização dos mecanismos de fomento e no fortalecimento do processo de territorialização das ações culturais”, informou Marcelo Batista. 

Além dos artistas os recursos também vão bancar a manutenção de espaços artísticos e culturais, micro e pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram as atividades interrompidas pelo novo coronavírus.

Se enquadram nessa categoria: pontos de cultura, teatros independentes, escolas de música ou dança, circos, bibliotecas comunitárias, livrarias, sebos, festas populares, feiras de arte e artesanato, entre outras iniciativas. Nesse caso o subsídio mensal deverá variar de R$3 mil a R$ 10 mil que será pago em forma de prestação de serviço à comunidade, após o fim da pandemia, além da devida prestação de contas.

Em sua totalidade o projeto prevê uma transferência de R$ 3 bilhões da União para os fundos culturais dos estados, municípios e do Distrito Federal, segundo os critérios de repasse do Fundo de Participação e do tamanho da população. A verba também deverá patrocinar produções artísticas na internet ou em plataformas digitais.

O projeto também prevê uma linha de crédito e condições especiais para a renegociação de dívidas que poderão ser pagas em 36 meses, com juros de 3% ao ano e carência de seis meses após o fim da pandemia, com a contrapartida da não demissão de trabalhadores. A proposta também prorroga por um ano os prazos para a aplicação de projetos culturais bancados com o dinheiro público.

Se for sancionado pelo Presidente da República este projeto se transformará na lei Aldir Blanc, em homenagem ao cantor e compositor que faleceu no dia 4 de maio, vítima da covid-19. 

José Américo Castro/ Dircom- Prefeitura de Ipiaú.

CHICO DO JORNAL : O ARAUTO DE IPIAÚ


Antônio Francisco Menezes, ou simplesmente “Chico do Jornal”, mantêm o mérito de ter sido o principal e mais famoso jornaleiro de Ipiaú.

Sorriso largo, andar apressado, gingado de velho marinheiro, embora nunca tenha navegado no mar ,no rio e nem n'outro lugar, ele é prato pra todo papo: política, esportes, religião, segurança pública, diversão e arte.Um jornal em forma de gente.

Tinha apenas 15 anos quando abraçou a profissão que lhe rendeu alguns trocados, muitos amigos e a condição de personalidade folclórica da cidade.

Nunca teve carteira assinada e muito menos gozou férias, mas nada disso lhe fez esmorecer.

Percorria as ruas, antecipava aos leitores as notícias impressas nos periódicos, manifestava sua opinião e não poupava criticas aos que bem as mereciam.

Um ex-prefeito a quem sempre fez oposição sistemática
foi um dos seus alvos prediletos.

Quando o assunto é futebol, Chico não esconde sua paixão pelo Vasco da Gama, embora tenha que admitir que o time carioca anda mesmo “caindo das pernas".

Chico lembra que foi o saudoso comerciante Pedro Cardoso, da Livraria Brasil, quem lhe arranjou o primeiro emprego:

“No mês de dezembro de 1976, comecei distribuindo o jornal A Tarde e não parei mais".

"Ficou entregando A Tarde durante 29 anos, mas também vendeu o Jornal do Brasil, a Folha de São Paulo, o Estadão, Tribuna da Bahia e outros periódicos.

Houve tempo em que Chico saía com 150 jornais e vendia tudo em poucas horas.

O volumoso fardo era equilibrado na cabeça enquanto ele acelerava os passos. O suor corria no rosto, encharcava o corpo, e a energia se redobrava.Percorria diariamente cerca de 20 km, por toda a cidade.

As notícias da morte de Clériston Andrade, em 1982, do Plano Cruzado, com a tabela dos preços, em 1986, e da instalação da Assembleia Constituinte, em 1988, ganharam, em Ipiaú, mais repercussão na voz de Chico do que nas paginas da grande imprensa.

A mais badalada de todas , entretanto, foi a a noticia da chacina no Complexo Policial de Ipiaú, quando os taxistas invadiram o prédio e executaram cinco assaltantes.

O advento da internet impôs novos hábitos ao público leitor que aos poucos vem abdicando do jornal impresso, e fez com que Chico buscasse alternativas de sobrevivência.

Ingressou em outra profissão.No governo de Deraldino Araújo prestou serviços para o município como vigilante noturno do Posto de Saúde Elvidio Santos.Atualmente está desempregado.

A mudança dos tempos, com todo o avanço tecnológico, não mudou o seu jeito de ser.Chico continua o mesmo: ligeiro, conversador, trabalhador, devoto de São Roque e amante da sua cidade.

“Pra mim, Ipiaú é a melhor terra do mundo”, declara, com muita convicção
Por: José Américo Castro.

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