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Brasil registra média de 30 mortes ao dia pelo coronavírus em 2024, segundo Ministério

De 31 de dezembro de 2023 até o último sábado (9), o Brasil registrou 2.066 mortes por Covid, uma média de 30 óbitos por dia.

Os dados são da Plataforma Coronavírus do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid-19 InfoTracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp para acompanhar a evolução da pandemia.

Os números, no entanto, ainda são menores comparados ao mesmo período de 2023 (de 1º de janeiro a 11 de março), quando o país registrou 5.781 mortes, o equivalente a cerca de 82 pessoas por dia. Na época, o país vivia uma onda mais intensa de Covid, com alta transmissão.

Somente de 3 a 9 de março deste ano, 277 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil –40 por dia, em média.

Na comparação com a primeira semana epidemiológica de 2024 (de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro), quando foram registrados 101 óbitos, houve aumento de 174,2%. Neste período, a média de mortes diárias foi 14.

Com base nas semanas epidemiológicas, a última vez que o país atingiu um patamar alto de óbitos foi de 19 a 25 de novembro de 2023. No período, foram confirmadas 319 mortes –cerca de 45 por dia.

Em relação aos casos confirmados de Covid, o pico ocorreu na semana epidemiológica 9, de 25 de fevereiro a 2 de março de 2024, com 70.570 infectados. Na semana seguinte, esse número caiu para 53.873 – redução de 26,6%.

“Passamos do pico da disseminação da doença no país e estamos observando o início da queda desta nova onda, o que era esperado. Porém, os números ainda preocupam, com o patamar de casos ainda muito elevado e óbitos recorde. As mortes por Covid estão em uma crescente desde o início de fevereiro, registrando o maior valor do ano agora”, diz Wallace Casaca, pesquisador e coordenador da plataforma SP Covid-19 InfoTracker.

“Houve sempre uma discrepância entre os picos de casos e de mortes devido à dinâmica da doença. Primeiro, o vírus infecta indivíduos saudáveis, que propagam a doença até alcançar aqueles nos grupos de risco, mais suscetíveis a desenvolverem complicações graves da covid. Muitos desses casos requerem hospitalização, e uma porção deles resulta em óbito. É possível que a queda nos óbitos apareça nas próximas duas semanas, diz Wallace Casaca, pesquisador e coordenador do InfoTracker.

Segundo o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, as principais taxas de hospitalização por Covid atualmente são compostas por pacientes nos extremos da idade.

“Os idosos, a despeito da vacinação, têm condições de risco pelo envelhecimento do sistema imunológica e comorbidades. Já as crianças de até dois anos não tiveram contato com o vírus e estão mais vulneráveis com a baixa cobertura vacinal”, explica o médico, que também inclui pessoas imunossuprimidas entre os grupos de maior risco.

Atualmente, a vacinação contra a Covid é direcionada aos mesmos grupos prioritários da campanha de imunização contra a gripe. O grupo inclui idosos, gestantes e puérperas, pessoas imunocomprometidas ou que tenham outras condições de risco para formas graves da doença. O Ministério da Saúde também recomenda esquema vacinal com três doses para crianças a partir dos seis meses de idade.

A vacina atualizada contra a Covid, que utiliza a variante XBB.1.5 da ômicron, deve chegar ao SUS (Sistema Único de Saúde) em abril, direcionada somente aos grupos prioritários.

O SUS também distribui gratuitamente o antiviral paxlovid para pessoas com mais de 65 anos ou adultos imunossuprimidos que contraiam a doença. O medicamento é oferecido aos pacientes que estejam entre o primeiro e o quinto dia de sintomas e que tenham diagnóstico confirmado por teste.

“O antiviral reduz as chances de a doença evoluir e necessitar hospitalização. É uma possibilidade de tratamento que precisa ser melhor divulgada”, afirma Kfouri.

Número de casos de covid mais do que triplica na cidade de São Paulo

No período, segundo o painel interativo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos foram de 881 para 3.443

O número de casos de covid-19 na cidade de São Paulo maisdo que triplicou entre a primeira semana epidemiológica de 2024 - de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 - e a sexta - de 4 a 10 de fevereiro de 2024. No período, segundo o painel interativo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos foram de 881 para 3.443.

 
Para o infectologista David Uip, diretor nacional de infectologia da Rede D’Or, o número real de casos deve ser maior. "Como grande parte dos testes é feita em casa e (os resultados) não são informados ao governo, os números apontados pelos órgãos de saúde tendem a ser menores", esclarece.

Para a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, o aumento dos casos de covid-19 nas últimas semanas está associado à circulação de uma nova variante do vírus no País. "A JN.1 da Ômicron chegou ao Brasil no fim de 2023, e sempre que há a chegada de uma nova variante há a possibilidade de aumento de casos", diz.

PÓS-CARNAVAL

Com o carnaval, o cenário deve piorar em todo o Brasil, conforme o infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). "O vírus da covid-19 é transmitido pela exposição a fluidos respiratórios contaminados, o que é favorecido pelas aglomerações típicas desse período."

A atual alta de casos de covid, contudo, não deve resultar em uma maior ocorrência de quadros graves da doença, diz Grinbaum. "Diferente do que aconteceu durante a pandemia, hoje grande parte da população já teve contato com o vírus e está vacinada, mais protegida", afirma.

É COVID OU DENGUE?

A dengue é uma doença que está em disparada no Brasil. Alguns dos sintomas iniciais costumam ser semelhantes aos da covid-19, o que pode causar confusão. "Nos dois casos, é comum sentir febre, dor no corpo e mal-estar. Por isso, é necessário que os especialistas do sistema de saúde estejam bem preparados para realizar o diagnóstico de forma adequada", diz Uip.

AVALIAÇÃO MÉDICA

Justamente pela similaridade de sintomas, a diferenciação entre dengue e covid-19 é feita por avaliação do médico e exames laboratoriais específicos, segundo Emy. Ela comenta ainda sobre a possibilidade de uma infecção pelos dois vírus ao mesmo tempo, o que implica ainda mais a necessidade de buscar um médico para ter o tratamento adequado.

Em contrapartida, segundo Uip, há sintomas mais característicos observados nos pacientes de cada doença. "Na dengue, o mais comum é sentir uma sensação de ‘quebra de ossos’, uma dor muito forte no corpo; já nos casos de covid-19 temos visto principalmente dor de garganta, diferente do que acontecia na pandemia, quando predominava falta de ar", compara.

Para Grinbaum, outro ponto importante é que a covid-19, diferente da dengue, costuma ocasionar sintomas respiratórios, como tosse persistente, dor de garganta e coriza.

Leia Também: Falta de remédios é entrave para tratar forma grave da dengue, mostra estudo

por Estadao Conteudo

Perda de audição pode ser sequela de Covid; entenda

A perda total ou parcial da audição normalmente em um ouvido de forma súbita e sem causa definida. Acompanhada disso, o surgimento de um zumbido constante no lado afetado. Em alguns casos, ainda ocorre a sensação de vertigem e desequilíbrio.

Essas são características da surdez súbita, um quadro em que a pessoa perde a capacidade auditiva de modo repentino e pode nunca mais ouvir completamente. São inúmeras as causas do problema –entre as quais está a Covid-19.

O aparecimento de casos da perda de audição passou por um boom nos anos da pandemia do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19.

Rubens de Brito, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Centro de Otorrinolaringologia do Hospital Sírio-Libanês, afirma que o crescimento exponencial nos últimos dois anos não foi normal comparado ao que se via antes.

“Foram dois anos muito atípicos. Você tem anos e anos de um certo número de casos anuais e, no momento da pandemia, um aumento muito significativo. Por causa disso, é possível que haja uma forte relação com o vírus”, explica.

No entanto, a surdez súbita não é uma consequência somente do Sars-CoV-2. Na realidade, são inúmeras as causas e, por isso, pode ser difícil definir a origem do distúrbio. Outros vírus, como herpes e herpes-zóster, também são reconhecidos por causarem a disfunção.

Além disso, um detalhe é que, com o agente causador definido, o termo surdez súbita passa a ser inapropriado, explica Arthur Menino Castilho, médico otorrinolaringologista e especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

“Quando você acha a causa, não é surdez súbita. É uma surdez causada por determinado agente. No caso da Covid, se você definir que foi essa infecção, não se pode mais chamar de surdez súbita”, afirma Castilho.

Infecções virais, como a Covid-19, podem afetar a parte elétrica da audição e, então, desembocar na perda auditiva. “As células sensoriais, [aquelas] nervosas do nosso labirinto, inflamam e perdem a função em algumas infecções virais”, explica Brito.

O distúrbio é tratável. Um dos principais meios é com corticoides que atuam, independente da causa, no controle do processo inflamatório que acarreta a surdez súbita. “A parte interna do seu ouvido vai inflamar, e o corticoide pode brecar esse processo que lesa as células auditivas”, afirma Castilho.

Em outros casos, a condição pode perdurar. No caso da Covid, por exemplo, a perda auditiva pode aparecer já no período agudo da infecção e continuar como uma sequela da infecção viral. Por isso, é importante se atentar aos sintomas para evitar dificuldades em reverter a queda da capacidade de ouvir.

Brito afirma que algumas pessoas têm um quadro mais grave da perda desde o início, o que dificulta a cura. Outras demoram muito para procurar um médico, piorando as chances de sucesso do tratamento.

Por isso, o professor da USP recomenda a busca rápida de atendimento especializado em casos de suspeitas de surdez súbita. “Se tem uma perda auditiva de maneira inexplicada e essa perda no dia seguinte se mantém, a pessoa deve procurar um médico.”

Embora a perda auditiva em decorrência da Covid-19 já seja observada, faltam mais estudos sobre o tema. Castilho afirma que, no Brasil, não há dados consolidados sobre pacientes impactados com o problema auditivo associado ao Sars-CoV-2. Nos Estados Unidos, até existem informações, só que ainda são poucas.

A escassez de pesquisa faz com que dúvidas fiquem em aberto. Uma delas é se as diferentes variantes do vírus podem acarretar maiores casos de perda auditiva. Castilho, por exemplo, afirma que há alguns indícios da ômicron suscitar uma maior chance do problema no ouvido, mas pesquisas são necessárias para realmente confirmar se isso ocorre ou não.

Samuel Fernandes/Folhapress

Consórcio do Nordeste pede volta de máscaras e reforço na vacinação contra Covid


O comitê científico do Consórcio do Nordeste, formado pelos governadores da região, pediu em nota divulgada neste sábado (26) a renovação das medidas contra a Covid-19 e reforço nas campanhas de vacinação.

“Apesar de o próprio diretor da OMS [Organização Mundial da Saúde], Tedros Adhanom, e outras lideranças políticas mundiais terem anunciado há alguns meses que o fim da pandemia estava próximo, nas últimas semanas o número de casos da doença tem aumentado em vários países e também no Brasil”, afirma a entidade, que alerta para o surgimento de novas variantes.

O comitê científico recomenda uma série de medidas a governos estaduais e municipais. Entre elas, nova recomendação de uso de máscaras em espaços públicos, imunização e busca ativa de pessoas que não se vacinaram, aplicação da quinta dose, aumento na oferta de testes pelo SUS e garantia de acesso a medicamentos eficazes.

Os cientistas admitem até mesmo a possibilidade de retorno de medidas de isolamento social, como as adotadas no auge da pandemia, caso a situação exija.

“Os governantes devem estar atentos à possibilidade da possível volta do isolamento, com muitas atividades voltando a ser online. Cabe aos governadores do Nordeste encarar a pandemia com um real problema que pode surgir a qualquer momento, devendo ser combatido em parceria entre todos estados”, afirma a nota.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Levantamento da Fiocruz confirma aumento dos casos de Covid-19 no país


O boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fiocruz, reforça o crescimento dos casos de Covid-19 no país, principalmente entre adultos.

De 16 de outubro a 12 de novembro, entre os casos com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 10,3% foram de Influenza A, 0,3% de Influenza B, 24,2% de vírus sincicial respiratório e 47% de SARS-CoV-2, o vírus responsável pela Covid-19.

Nos óbitos, no mesmo período, os testes indicaram a presença de Influenza A (4,1%), vírus sincicial respiratório (1,4%) e majoritariamente de SARS-CoV-2 (83,6%).

Para efeito de comparação, entre 18 de setembro e 15 de outubro, a prevalência do SARS-CoV-2 nos exames era de 30,2% e, nos óbitos, de 79,5%. Desde o início da pandemia, 688.886 pessoas morreram no país em decorrência do coronavírus.

Em relação aos estados, o levantamento aponta sinal de aumento de casos de Covid-19 entre a população adulta nos estados do Amazonas, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Bahia, Pará, Pernambuco e Santa Catarina também apresentam indícios de que podem estar iniciando o processo de ampliação de casos positivos da doença.

O documento mostra ainda que, quando consideradas as 118 macrorregiões de saúde, 38 têm nível alto de casos de síndrome respiratória aguda grave, o equivalente ao registro de 1 a 5 ocorrências a cada 100 mil habitantes na última semana.

A região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, é a única que aparece com níveis de casos semanais muito alto, ou seja, de 5 a 10 novas ocorrências. Nas últimas 30 semanas, a localidade apareceu 22 vezes nesse patamar.

Nos últimos dias, duas novas sublinhagens da variante ômicron do coronavírus foram identificadas pela primeira vez no Brasil. As duas cepas, já conhecidas no resto do mundo, foram encontradas em amostras da capital e do interior do estado de São Paulo.

E, no último sábado (12), a Fiocruz divulgou a identificação de uma nova subvariante no Amazonas, a BE.9. Ela teve origem a partir da sublinhagem BA.5.3.2 da ômicron e foi responsável pelo aumento de casos no estado de setembro a outubro.

Essas subvariantes possuem mutações que podem estar associadas ao maior escape imunológico, porém são necessários mais testes para compreender esse processo frente às vacinas e se as sublinhagens são mais agressivas.

Folha de S. Paulo

Covid-19: Fiocruz e estado do Rio recomendam uso de máscaras

Em razão do aumento do número de casos de covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforçou a recomendação da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, do uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou com aglomeração.

A recomendação é importante para pessoas com fatores de risco para complicações da covid-19, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) informou hoje (18) que enviou aos municípios, no último dia 4, nota técnica com atualização do Ministério da Saúde sobre as recomendações contra a doença, entre elas, o uso de máscaras.

“Diante da mudança do cenário epidemiológico da covid-19, em março deste ano, o uso de máscaras faciais tornou-se facultativo, contudo, há recomendação para que as máscaras sejam utilizadas em algumas situações”, disse a pasta.

Sintomas gripais
Segundo a secretaria, no âmbito individual, a medida se aplica a pessoas com sintomas gripais, casos suspeitos ou confirmados de covid-19 ou que tenham tido contato próximo com caso suspeito ou confirmado. A Secretaria de Saúde também reforça a recomendação do uso de máscara para pessoas com fatores de risco para a doença, como imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.

“No âmbito coletivo, o uso de máscaras deve ser definido pelas autoridades locais, dependendo do cenário epidemiológico de cada município. Devem ser avaliados fatores como: cobertura vacinal (incluindo doses de reforço), taxa de transmissão, taxa de hospitalização por síndrome gripal aguda grave, e mortalidade, entre outros indicadores”, informou.

A Fiocruz destacou, também, que a vacinação ainda é a melhor medida de proteção individual e coletiva contra a doença. “As pessoas devem buscar completar o seu esquema vacinal, incluindo a segunda dose de reforço já recomendada para todos os maiores de 18 anos. Quem testar positivo para a covid-19 deve aguardar 30 dias a partir do início dos sintomas para receber a dose de reforço”, disse a Fiocruz.

Brasil registra 75 mortes por Covid e mais de 29 mil casos da doença

O Brasil registrou 75 mortes por Covid e 29.102 casos da doença nesta quinta-feira (17). Com isso, o país chega a 688.886 vidas perdidas e 35.009.176 infectados desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes é de 32 por dia, com queda de 10% na comparação com o dado de duas semanas atrás. Já a média móvel de casos está em 11.525 por dia, com alta de 211% no mesmo período.

Alagoas, Amapá, Bahia Ceará, Distrito Federal, Maranhão e Roraima não registraram mortes. No Mato Grosso do Sul não houve registro de mortos e de infectados pelo coronavírus em 24 horas.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Ao todo, 181.957.534 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil.

Somadas as doses únicas da vacina da Janssen, são 171.897.953 pessoas com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 84,7% da população com a 1ª dose e 80,02% dos brasileiros com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.

Até o momento, 107.378.197 pessoas já tomaram a terceira dose, e 35.767,431, a quarta.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

Agência Brasil

Brasil registra 41 mortes por Covid e mais de 16 mil casos da doença

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Brasil registrou 41 mortes por Covid e 16.089 casos da doença nesta quarta-feira (16). Com isso, o país chega a 688.811 vidas perdidas e 34.980.074 infectados desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes é de 28 por dia, com queda de 43% na comparação com o dado de duas semanas atrás. Já a média móvel de casos está em 8.722 por dia, com alta de 82% no mesmo período.

Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Paraná e Sergipe não registraram mortes. No Mato Grosso do Sul e em Rondônia não houve registro de mortos e de infectados pelo coronavírus em 24 horas.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

O consórcio de veículos de imprensa deixou de atualizar os números de vacinados contra a Covid-19 nos finais de semana e feriados. Nos dias úteis, os dados são atualizados normalmente. A medida visa evitar imprecisões nos números informados ao leitor.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

Folha de S. Paulo

Em 24 horas, país registra 18.622 casos e 49 mortes por covid-19

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (11) mostram que o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 688.656 mortes por covid-19. Segundo o boletim epidemiológico, número total de casos confirmados da doença é de 34.889.576.

Em 24 horas, foram registrados 18.622 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 49 mortes de vítimas do vírus. Ainda segundo o boletim, 34.115.188 pessoas se recuperaram da doença e 104.354 casos estão em acompanhamento.
Estados

De acordo com os dados divulgados, São Paulo lidera o número de casos, com 6,16 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (150 mil). Em seguida, aparece Roraima (175,9 mil) e Amapá (178,7 mil).

Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes, São Paulo apresenta o maior número (175.825), seguido de Rio de Janeiro (75.908) e Minas Gerais (63.897). O menor número de mortes está no Acre (2.029), Amapá (2.164) e Roraima (2.175).
Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 488,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180,3 milhões com a primeira dose e 162,8 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.

Nesta sexta-feira, o ministério informou que mais de 68 milhões de pessoas ainda não tomaram a dose de reforço contra a covid-19. Ainda segundo a pasta, 32,8 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram. Os imunizantes estão disponíveis em mais de 38 mil postos de vacinação em todo o país. Estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o novo coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.

Edição: Maria Claudia
Por Agência Brasil - Brasília

São Paulo registra primeira morte pela variante BQ.1.1 da covid-19

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que uma mulher, de 72 anos, morreu no dia 17 de outubro na capital, vítima da variante BQ.1.1 da ômicron, da covid-19. Com diversas comorbidades, ela ficou internada no Hospital São Paulo, de 10 a 17 de outubro, data em que morreu. O material para exame foi coletado no início do mês passado.

A morte foi confirmada na rede do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estadual.

Outro caso da doença confirmado em São Paulo é de um homem de 61 anos, que cumpriu isolamento e evoluiu clinicamente bem. Os primeiros sintomas foram detectados em 7 de outubro.

Edição: Graça
Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Fiocruz confirma subvariante Ômicron BQ.1 na cidade do Rio de Janeiro

Foi identificada na cidade do Rio de Janeiro a circulação local da subvariante Ômicron BQ.1 do novo coronavírus, causador da pandemia de covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a confirmação ocorreu por meio de sequenciamento genético feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“No momento, a recomendação é para que aqueles que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a covid-19 procurem uma unidade de saúde a partir de segunda-feira (7), para concluir o esquema de imunização’, alerta a secretaria.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a subvariante pode estar relacionada com o aumento no número de casos verificada nas últimas semanas.

“Essa subvariante pode sim estar provocando um aumento de número de casos nesse momento. É uma subvariante que não tem nenhum sinal de maior gravidade do que outras subvariantes, mas merece toda atenção para aquela população que ainda não se vacinou. Então as pessoas que não tomaram a dose de reforço devem procurar uma unidade de saúde para realizar a dose de reforço, porque a vacina protege contra a subvariante para internação e para óbito”.

No município, 25% da população adulta não recebeu a primeira dose de reforço da vacina contra a covid-19. A segunda dose foi aplicada em 34,7% dos maiores de 18 anos.

Testagem

A Secretaria de Estado de Saúde informou que enviou ontem (4) ofício aos 92 municípios do estado recomendando a ampliação da testagem para covid-19, devido ao aumento na taxa de positividade para a doença.

“Uma análise dos últimos 15 dias realizada pela vigilância estadual apontou que a taxa de positividade dos testes de RT-PCR e antígeno para covid-19 tiveram aumento. A taxa de RT-PCR passou de 3% para 7% e a de antígeno, de 5% para 16%”.

O secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que o aumento de casos é verificado em diversos países.

“Estamos observando em diversos países do mundo um aumento na transmissão de coronavírus relacionado ainda à variante Ômicron, que é a prevalente também no estado do Rio de Janeiro. Neste momento, a transmissão ainda é baixa no estado, mas temos acompanhado o cenário em outros estados, como São Paulo, e temos um plano de contingência, que será colocado em prática se necessário”.

De acordo com a secretária, no momento não se verifica a prevalência do Sars-CoV-2 entre as doenças respiratórias no estado.

“O levantamento mostrou ainda que, embora a taxa de positividade para covid-19 tenha aumentado, os vírus respiratórios com maior circulação foram o rinovírus, com 21% de prevalência, e o adenovírus, com 17%. O vírus SARS-CoV-2 aparece em 4% das amostras testadas”.

Agência Brasil

Casos de Covid podem subir no Brasil nas próximas semanas, alertam especialistas

A nova onda de Covid que já avança na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos acende um alerta para o Brasil, segundo especialistas.

A retirada das medidas contra a Covid, como o uso de máscaras, e a maior interação das pessoas já se refletem em uma subida de casos, o que pode levar a um aumento nas hospitalizações e mortes, ainda que consideravelmente menor do que nos anos anteriores da pandemia.

No estado de São Paulo, as novas internações em UTI para Covid aumentaram 86,5%, do dia 17 de outubro até o último dia 31, enquanto as novas internações na região metropolitana de SP cresceram 46% no mesmo período. Atualmente, 324 pessoas estão internadas no estado de SP, um número que representa cerca de 20% do que foi observado na onda da ômicron em janeiro, mas 40% maior do que há duas semanas.

Segundo Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, já é nítido um aumento do número de casos. “Nós infectologistas já notamos, nas últimas duas semanas, crescimento de atendimentos de Covid, e isso já se reflete na maior procura nos prontos-socorros, que são nosso termômetro. Nas próximas duas semanas acredito que já vamos detectar um aumento expressivo nos novos casos”, diz.

A tendência de aumento, verificada por meio dos dados de média móvel de casos e óbitos no país, é algo que ocorreu também em outros picos da pandemia.

“De dezembro de 2021 até fevereiro deste ano tivemos um aumento bem acentuado por conta da introdução da ômicron. Depois, tivemos de novo em maio e junho um pico ascendente com a BA.2 [subvariante]. Agora, estamos vendo uma tendência de aumento, mas é importante salientar que em um patamar bem mais baixo”, explica o professor de matemática e computação da Unesp e coordenador do SP Covid-19 InfoTracker, Wallace Casaca.

De acordo com ele, a taxa de reprodução do coronavírus no país, o chamado Rt, já se aproxima de 1 —ele está em 0,91—, e vem subindo desde o dia 10 de outubro, quando estava em 0,68.

Apesar de estar em uma “situação de possível controle”, a expectativa é de alta nos próximos dias. Uma taxa de reprodução acima de 1 significa que a cada cem infectados transmitem para outros cem. O ideal é que o Rt esteja abaixo de 1, pois assim é possível fazer o controle do vírus.

A hipótese levantada por Casaca é de que a maior circulação de pessoas nas últimas semanas —devido ao período eleitoral e retorno ao trabalho presencial— pode ter provocado o aumento, uma vez que ainda não foi observada aqui a presença de outras linhagens da ômicron.

No caso do administrador e estudante de educação física Gustavo Tochiro Oda Ochiai, 29, que foi diagnosticado com a doença no último sábado (29), o mais provável é que a transmissão tenha ocorrido em casa. Seu pai havia acabado de voltar de uma viagem para o Amazonas com sintomas de gripe e logo ele e a mãe começaram a apresentar cansaço, tosse e dor no corpo.

Os sintomas foram muito mais leves do que na primeira vez em que ele teve Covid —na época, ainda não estava vacinado—, mas mesmo assim causaram transtornos. “Parecia que um trator havia passado sobre mim, até para andar sentia dor”, lembra.

“Não digo que pegar novamente foi uma surpresa porque as medidas de proteção, como uso de máscaras, caíram e eu mesmo não uso quando estou fazendo atividade física ou na sala de aula. O diferente foi dessa vez parecer muito mais uma gripe. Só fiz o teste porque os sintomas do meu pai não passavam, do contrário não ficaria sabendo”, diz.

Embora ainda seja cedo para saber se os novos casos vão refletir em um cenário como o do início deste ano, o pesquisador afirma que é melhor prevenir do que remediar.

“Apesar de ainda serem números abaixo de 200 [novas internações no estado de São Paulo], considerando que chegamos a ter 2.000 por dia, é uma situação para ficar em alerta, especialmente com o período de festas de final de ano que se aproxima”, explica.

Ele reforça que a pandemia ainda não acabou e é importante adotar novamente alguns cuidados. “Temos motivos para comemorar hoje, muito pelo advento das vacinas, mas não deixa de ser um momento para ficar alerta e pensar em formas de proteger especialmente os mais vulneráveis”, diz.

Outros indicadores também já começam a dar sinais dessa tendência de subida no país. Levantamentos obtidos pela reportagem de laboratórios de rede privada, como a rede Dasa, o Grupo Fleury e a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), que reúne dados da rede privada de laboratórios, a taxa de positividade dos testes de Covid vem crescendo nas últimas quatro semanas de outubro.

O Fleury apresentou uma positividade de 12% no dia 16 de outubro, enquanto os dados até o último dia 31 apontam para uma positividade de 30% —um aumento de 2,5 vezes. A quantidade de exames solicitados na rede também dobrou, passando de cerca de 300 por dia para uma média diária de 600.

A taxa de positividade na rede Dasa foi de 3%, nos primeiros dias do mês, para 30% na última semana. Já o levantamento feito pela Abramed aponta um salto semelhante, de 3,7%, na primeira semana de outubro, para 17,3% até o último dia 28, um aumento de 367%, embora o número de exames realizados na última semana seja menor do que o observado no início do mês (de 21.552 para 18.935).

Na Dasa, não houve a detecção de nenhuma nova variante que pudesse estar associada ao aumento dos casos positivos, como ocorreu nos EUA e Europa, mas isso não significa que o mesmo cenário não possa ocorrer aqui, explica o virologista e responsável pelo projeto de vigilância genômica do grupo, José Eduardo Levi.

“Não me parece ainda que algumas dessas sublinhagens estejam em circulação. Agora, isso pode mudar nos próximos meses, e precisamos nos prevenir já”, afirma.

Segundo o pesquisador, o atual momento da pandemia, sem medidas de controle, deve criar um ambiente favorável para essas cepas mais transmissíveis caso elas venham a chegar no país.

O infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Celso Granato, afirma que diferente do que ocorre no Hemisfério Norte, com a chegada da estação fria, a alta de casos no Brasil pode ser em parte por causa das aglomerações e em parte por termos tido recentemente uma onda de gripe.

E, enquanto o fim da pandemia não chegar, os especialistas recomendam algumas precauções, em especial para as festas. “Pessoas mais idosas e imunossuprimidas devem estar com as vacinas atualizadas, especialmente com um reforço mais recente, para aumentar a proteção contra a ômicron, e também manter o uso de máscara, se possível, em alguns locais fechados”, reforça Granato.

Ana Bottallo/Stefhanie Piovezan/Folhapress

Em 24 horas, Brasil tem 202 mortes e 18,2 mil novos casos de covid-19

Nas últimas 24 horas, foram registrados 18.277 novos casos de covid-19 no Brasil. No mesmo período, houve 202 mortes de vítimas do vírus. O país soma desde o início da pandemia 683.076 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (24), em Brasília, pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 34.329.600.

Ainda segundo o boletim, 33.329.029 pessoas se recuperaram da doença e 317.495 casos estão em acompanhamento. No levantamento de hoje, não consta atualização dos dados de Mato Grosso do Sul.

Estados

Segundo informações disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 6,01 milhões, seguido por Minas Gerais (3,87 milhões) e Paraná (2,73 milhões). O menor número de ocorrências tem-se no Acre (148,7 mil). Em seguida, aparecem Roraima (174,5 mil) e Amapá (178 mil).

Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (173.995), seguido de Rio de Janeiro (75.341) e Minas Gerais (63.449). O menor total de mortes situa-se no Acre (2.027), Amapá (2.158) e Roraima (2.167).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 475,02 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 179,03 milhões com a primeira dose e 160,22 milhões com a segunda dose. A dose única foi usada em 4,99 milhões de pessoas. Outras 105,89 milhões já receberam a primeira dose de reforço, e 20,02 milhões receberam a segunda dose de reforço.

Edição: Kleber Sampaio
Por Agência Brasil - Brasília

Covid-19: Itacaré retoma uso obrigatório de máscaras em locais fechados

A Prefeitura de Itacaré, um dos destinos turísticos mais visitados da Bahia, determinou que o uso de máscara facial volta a ser obrigatório em locais fechados. A medida é válida a partir desta terça-feira (12) e foi adotada para tentar frear o crescimento do número de casos ativos da Covid-19 no município.

O decreto foi publicado na edição de segunda-feira (11) do Diário Oficial do Município (DOM) e prevê também que haja fiscalização em espaços como igrejas, escolas, estabelecimentos comerciais e no transporte público.

Em ambientes abertos, sobretudo onde há aglomeração de pessoas, a Prefeitura recomenda que as pessoas façam o uso da máscara, mas não é obrigatório.

De acordo com dados atualizados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Itacaré registrava 52 casos ativos da doença na segunda-feira (11). Desde o início da pandemia, 34 pessoas perderam a vida por causa da doença no município.

G1/Bahia

Brasil registra 76 mortes por Covid e mais de 30 mil casos em 24 horas BRASIL

O Brasil registrou 76 mortes por Covid nesta sexta (17). Com isso, o país tem uma média móvel de 137 -um aumento de 31,7% comparado ao dado de duas semanas atrás.

O país somou 30.424 infecções pelo Sars-CoV-2 nas últimas 24 horas. A média móvel de infecções está em 36.447-alta de 10,59% em relação aos dados de duas semanas atrás.
Com as informações desta sexta, o Brasil chega a 668.968 vidas perdidas e a 31.671.199 infectados pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Minas Gerais e Roraima não atualizaram os dados. Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins não registraram mortes.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

O consórcio de veículos de imprensa deixou de atualizar os números de vacinados contra a Covid-19 nos fins de semana e feriados prolongados. Nos demais dias, os dados serão atualizados normalmente. A medida visa evitar imprecisões nos números informados ao leitor.

A mudança se deve a problemas na consolidação dos dados de vacinação pelas secretarias estaduais. Diversos estados já não atualizam o total de vacinados aos fins de semana e feriados, e mesmo os que o fazem, por vezes, informam números desatualizados, que não correspondem à realidade e costumam ser corrigidos nos dias seguintes.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Folhapress

Ministério vai liberar 4ª dose de vacina contra Covid para pessoas acima de 40 anos

O Ministério da Saúde vai anunciar na próxima semana a ampliação da quarta dose da vacina contra a Covid (ou a segunda dose de reforço) a pessoas a partir de 40 anos de idade.

A medida foi discutida nesta quinta (16) em reunião do PNI (Programa Nacional de Imunização), e uma nota técnica sobre a ampliação deve ser publicada a partir da próxima segunda (20).

A segunda dose de reforço tinha sido liberada para a população acima dos 50 anos desde o último dia 4. Assim como ocorreu nas outras faixas etárias, a quarta dose só pode ser aplicada no mínimo quatro meses após a terceira.

Alguns locais, como o Distrito Federal, Teresina e Belém, já começaram a aplicação da quarta dose antes mesmo da recomendação do ministério. Os estados e municípios não são obrigados a seguir as recomendações do governo federal e podem elaborar regras próprias para o combate à pandemia, como reforçou o STF (Supremo Tribunal Federal) em decisão de 2020.

Na avaliação de Renato Kfouri, diretor da SBIn (Sociedade Brasileira de Imunizações) e que compõe a câmara técnica que assessora o PNI, a ampliação para a faixa dos 40 anos é uma tendência.

“Tem mais comorbidades nessa faixa etária. É melhor do que ficar liberando para os diabéticos, para os cardiopatas. É um momento que tem vacina. [A imunização a partir dos 40] Vai ser com [a vacina da] Astrazeneca em especial, mas ainda tem Janssen e um pouco de Pfizer. Vamos ver se a gente acelera a cobertura vacinal”.

Para ele, ainda que os benefícios da quarta dose aos adultos jovens não sejam tão claros, há dados mostrando que atual proteção vacinal se sustenta por pouco tempo. “Como o país enfrenta uma nova onda de casos, vale a pena. Não é [uma medida] equivocada não”.

Já o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz, vê a ampliação com ressalvas. Segundo ele, após a terceira dose, os dados mostram que há evidências de ganho de resposta imune importante em comparação à segunda dose. Mas o mesmo não ocorre em relação à quarta dose.

“Essa população de adultos jovens, até 50 anos, tem menor risco de hospitalização e de óbito. Com três doses de vacina, já tem uma excelente proteção”.

Ainda que exista uma discussão importante sobre a queda da proteção vacinal ao longo do tempo, especialmente entre os idosos, ainda não há uma resposta definitiva qual seria o melhor momento para vacinar esse público de adultos jovens.

“Existem dúvidas do ponto de vista científico se é importante reduzir a faixa etária para 40 anos porque o ganho pode ser bem pequeno em relação à hospitalização e óbito”.

Ao mesmo tempo, Croda lembra que as coberturas vacinais de terceira dose estão extremamente baixas entre os adultos jovens, em torno de 50%. “Precisamos melhorar essa cobertura de terceira dose. É isso que vai gerar proteção para hospitalização e óbito. Toda população acima de 12 anos tem que tomar três doses de vacina”, diz.

Ele afirma que a quarta dose é extremamente relevante para os idosos acima de 60 anos, porém, as coberturas também não estão adequadas.

“Não podemos desviar o foco. Os Estados Unidos fizeram isso. Começaram a recomendar várias doses de reforço e tem um público com baixas coberturas de terceira dose. Isso é bem complicado. Não podemos passar a mensagem de ‘quem quiser vacinar, se vacine com quantas doses quiser’. Para evitar colapso, é importante ter elevadas coberturas.”

Segundo Croda, o sistema de saúde sabe quem tomou e quem não tomou duas ou, eventualmente, três doses da vacina e deveria criar estratégias para ir atrás de quem ainda não está imunizado. “Tem endereço, tem telefone. É função dos municípios trabalharem essa busca ativa. E dos governos federal e estadual fazerem campanhas”.

Cláudia Collucci/Folhapress

Saúde UFRN detecta duas novas variantes Ômicron da covid-19

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan.

O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like).

De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas.

A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

Edição: Lílian Beraldo
Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Brasil registra 340 mortes por Covid e mais de 66 mil casos

O Brasil registrou 340 mortes por Covid e 66.766 casos da doença, nesta quarta-feira (15). Com isso, o país chegou a 668.744 vidas perdidas desde o início da pandemia e a 31.609.766 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

O número de mortes registrado nesta quarta é o maior desde 22 de março deste ano, quando foram documentados 410 óbitos.

Espírito Santo e Tocantins não atualizaram os dados da doença.

As médias móveis de mortes e casos continuam em crescimento. A média de óbitos agora é de 149 por dia, um aumento de 43% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de infecções chegou a 42.179 por dia, crescimento de 28%.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Folhapress

Hospitais privados registram aumento de 94% dos casos de Covid-19

Hospitais privados de todo o país registram aumento médio de 94% dos casos de Covid-19 nas últimas duas semanas, mostra pesquisa inédita da Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) com 21 instituições.

Dos atendimentos feitos nos prontos-socorros, 4,5% têm gerado internação. Dos hospitalizados, pouco mais de um quarto (28%) precisa de terapia intensiva.

A alta de casos tem reflexo na taxa de ocupação dos hospitais. Em abril, segundo a pesquisa, estava em 77,5%. No fim de maio, atingiu 84%. A Anahp reúne 135 instituições, entre elas Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, todos em São Paulo.

“O momento é de atenção. Há um aumento claríssimo das internações, e os hospitais estão tendo que ampliar a destinação de leitos para Covid. Não há ainda uma situação preocupante de UTIs, mas, em relação às semanas anteriores, essa foi a de maior preocupação”, diz Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

O crescimento de casos tem levado os hospitais a ampliar o número de leitos de isolamento, a remanejar procedimentos de pacientes com testes positivos para o coronavírus e até “pisar no freio” de cirurgias eletivas.

O Hospital Israelita Albert Einstein, por exemplo, voltou a reservar 114 leitos para a Covid, que já estavam desocupados com queda dos casos nos meses anteriores. “A gente aprendeu a ser flexível e ágil na reconfiguração das unidades de internação. Transforma em Covid, depois em não Covid conforme a necessidade”, diz Miguel Cendoroglo Neto, diretor-superintendente da instituição.

Na primeira onda, o hospital teve 186 pacientes internados com Covid. “Parecia impossível lidar com esses 186. Na segunda onda, a gente bateu em 305”. Nesta terça (7), o Einstein tinha 72 pacientes internados, desses 54 em apartamentos e 18 em UTIs e unidade semi-intensiva.

Segundo Cendoroglo, o saldo de leitos ainda é “positivo”, mas o hospital decidiu segurar um pouco alguns procedimentos cirúrgicos eletivos. “[Em meses anteriores] Chegamos a ter dez pacientes internados com Covid. Como agora passamos dos 70, é de se esperar que haja um pouco de dificuldade de acomodação.”

No Hospital Sírio-Libanês, também houve uma readequação dos leitos que já tinham sido desativados para a Covid. Segundo o hospital, nesta terça (7), 43 pessoas estavam hospitalizadas com a doença, seis delas na UTI. Há duas semanas, no dia 24 de maio, eram 22 internados, quatro na UTI.

Na Rede de Hospitais São Camilo são 31 pacientes internados com Covid-19, contra oito no dia 15 de maio.

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o maior impacto até agora tem sido no pronto-atendimento. Em quatro semanas, do início de maio até agora, dobrou o número de pessoas com sintomas respiratórios, de 160 para 320. A taxa de positividade dos testes para Covid passou de 30% para 60% nesse período.

Nesta quarta (8), havia 41 pacientes hospitalizados com Covid, dos quais 11 na UTI. No dia 8 de maio, eram cinco internados no total. O hospital tem 32 leitos de apartamento e 14 de UTI dedicados à Covid, mas pode ampliar o número conforme a demanda, segundo José Marcelo Oliveira, diretor-presidente do Oswaldo Cruz. A taxa média de ocupação atual é de 90%

Os pacientes imunossuprimidos e os mais velhos são os grupos que têm apresentado um maior grau de gravidade. “Entre eles a gente sabe que a efetividade da vacina é menor”, afirma o infectologista Felipe Piastrelli, do serviço de controle de infecção hospitalar.

O Oswaldo Cruz tem registrado adiamentos de algumas cirurgias eletivas devido à confirmação da Covid nos pacientes. Até o início de maio, 0,5% dos pacientes assintomáticos que faziam teste de Covid antes de cirurgias agendadas tinham resultado positivo. Agora, a taxa pulou para 1,5%.

Para o gestor do Oswaldo Cruz, o momento é de atenção porque a curva de casos subiu muito rápido nas últimas quatro semanas. “E não estamos vendo platô ainda. Não sabemos em que momento da curva estamos. Ninguém sabe”.

A notícia alentadora é que, no geral, a situação dos internados está menos grave do que nas ondas anteriores, segundo Cendoroglo, do Einstein. “O tempo médio de permanência no hospital caiu muito. Era pouco mais de dez dias em março de 2021, depois passou para sete dias no pico da ômicron, em janeiro, e agora está em quatro dias. Está muito próximo dos pacientes não Covid.”

Essa constatação está levando o hospital a revisar todas as internações e avaliar se elas realmente foram necessárias.

Metade dos pacientes internados nesta terça no Einstein tinha acima de 60 anos. Do total, 85% se autodeclararam vacinados contra a Covid com pelo menos uma dose, 13,9% disseram que não foram imunizados e 1,4% não tinha há registro no prontuário. A idade média é de 52 anos, o que reforça a necessidade da quarta dose às pessoas acima de 50 anos.

Cendoroglo diz que, em geral, pacientes não graves de Covid são candidatos à internação quando estão muito prostrados e precisando de hidratação. “Por isso têm alta logo, precisam muito menos de oxigenoterapia.” Inflamações e infecções de garganta têm sido sintomas clássicos.

Segundo Vanessa Teich, superintendente de economia da saúde do Einstein, outros dados reforçam essa diminuição da gravidade. Em março de 2021, dos 750 internados no Einstein, 52% foram para UTI ou para semi-intensiva e quase 20% precisaram de ventilação mecânica. A taxa de mortalidade foi de 7,5%.

Em janeiro deste ano, das 720 internações, 28% foram para a UTI ou semi e 7% precisaram de intubação. E a taxa de mortalidade foi de 5%. Em abril e maio últimos, dos 228 internados, 28% foram para a UTI, 2% precisaram de internação. A taxa de mortalidade está em 0,4%.

Para o infectologista Icaro Boszczowski, do Oswaldo Cruz, a menor frequência de casos graves tem a ver com evolução natural da pandemia, à medida que as pessoas estão vacinadas e, ao mesmo tempo, expostas à doença natural.

“A tendência é que as próximas ondas sejam menos intensas não do ponto de vista do número de infectados, mas do nível de gravidade. Até que a Covid se torne uma doença endêmica, que vá ter períodos sazonais e internações dos mais vulneráveis, mas que não estresse tanto os sistemas de saúde”.

Cláudia Collucci, Folhapress

Brasil ultrapassa 667 mil mortes por Covid

O Brasil registrou 41 mortes por Covid e 34.707 casos da doença, nesta sexta-feira (3). Com isso, o país chegou a 667.019 vidas perdidas e a 31.134.530 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

O estado de São Paulo não atualizou dados nesta sexta e alegou que isso ocorreu devido a problemas no sistema federal.

A média móvel de casos continua em crescimento acentuado. Ela agora é de 31.048 infecções por dia, valor 112% superior ao de duas semanas atrás. A média de mortes, por sua vez, permanece em estabilidade (sem variações superiores a 15%) e agora é de 93 por dia.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

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