Auditoria do TCE-BA constata que, sem manutenção regular, 44 pontes da Bahia apresentam falhas

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) avaliou a situação de 44 pontes da rede rodoviária estadual, sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), em diferentes regiões da Bahia, entre janeiro e outubro de 2025. O levantamento incluiu inspeções visuais e uso de drones para alcançar áreas de difícil acesso.

De acordo com o relatório, 43,18% das pontes estão em bom estado, 4,55% em situação razoável, 40,91% em estado ruim e 11,36% em situação grave, exigindo avaliações mais detalhadas para verificar a segurança e o funcionamento das estruturas.

Os problemas mais críticos foram registrados na BA-663, sobre o Rio Cachoeira, e na BA-026, nas proximidades de Nova Itarana. O relatório recomenda adoção imediata de medidas corretivas, criação de rotinas de inspeção e padronização da manutenção.

RECORRÊNCIA DE PROBLEMAS
Durante as vistorias, a equipe identificou problemas recorrentes, como deficiência de sinalização, fissuras e trincas, danos em guarda-corpos, buracos no pavimento e ausência de passagem adequada para pedestres. Embora a maioria das falhas não indique risco imediato de desabamento, o TCE/BA alerta que a falta de manutenção pode acelerar o desgaste e comprometer a segurança viária.

A auditoria apontou que não existem regras claras nem rotinas regulares para a inspeção e a manutenção das pontes. Também não foram encontrados critérios padronizados para avaliar as condições das estruturas, o que contraria normas técnicas nacionais usadas como referência no trabalho.

Além disso, não foram apresentados planos de manutenção preventiva e corretiva com prazos definidos, registros das intervenções realizadas e identificação dos responsáveis técnicos. Segundo o relatório, essa falta de organização dificulta o planejamento e o acompanhamento das ações de conservação das pontes.

Ao final do trabalho, a Auditoria recomendou a adoção de medidas imediatas para corrigir as falhas encontradas, a criação de um sistema para acompanhar a situação das pontes e a elaboração de um plano de ação. O relatório também sugere a padronização das inspeções e da manutenção. O processo segue agora para sorteio do conselheiro relator e, em seguida, irá para julgamento do Tribunal Pleno.

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