Moraes derruba proibição de contato entre réus da trama golpista de 2022 após interrogatórios
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou nesta terça-feira (10) a proibição de que os réus da trama golpista de 2022 mantivessem contato. A decisão foi anunciada ao final da sessão de interrogatórios dos 8 envolvidos no núcleo central da denúncia.
“Nesse momento, uma vez já ouvidos todos, as testemunhas de acusação e de defesa e os réus, eu revogo a medida cautelar que impus em 26 de janeiro de 2024 de proibição dos réus manterem contato entre si. Então os réus estão dispensados dessa proibição de eventualmente voltarem a manter contato entre si”, disse o relator.
O STF dedicou cerca de 13 horas aos interrogatórios, somando as sessões de segunda (9) e desta terça.
Cid foi o primeiro a ser ouvido por ser réu-colaborador. A partir de então, os réus foram ouvidos por ordem alfabética: Alexandre Ramagem (ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
No momento em que Moraes marcou os interrogatórios para esta semana, o advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, perguntou ao ministro a respeito das medidas impostas aos réus, já que estariam todos no mesmo ambiente. O relator respondeu que as medidas estavam mantidas.
“As medidas cautelares continuam valendo. Obviamente, não há necessidade de nenhum dos réus faltar com a educação ao outro. Não há nenhum problema em se cumprimentarem, mas continuam sendo impedidos de se comunicarem. Cada um terá seu espaço reservado na sala de sessões da Primeira Turma, então não há necessidade de se preocupar”, disse.
Do grupo, apenas Braga Netto está preso preventivamente e foi interrogado por videoconferência. A defesa já apresentou novo pedido de soltura do general.
Ele está preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024 por determinação do ministro após pedido da Polícia Federal e aval da PGR (Procuradoria-geral da República). Segundo a Procuradoria, Braga Netto tentou interferir nas investigações.
No pedido, a defesa de Braga Netto afirma que “já não há investigações em curso a serem protegidas, da mesma forma que, há meses, já não há mais qualquer sigilo sobre a delação premiada de Mauro Cid”.
Ana Pompeu/Cézar Feitosa/Folhapress
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