Em resposta a iniciativa de Wagner de lançar candidato a presidente do PT, cinco tendências se unem, prometem lançar chapa de oposição e criticam a condução do partido

 

Foto: Divulgação

Em meio ao processo de eleições internas do Partido dos Trabalhadores (PED 2025), previsto para acontecer em julho, cinco das principais tendências internas da legenda na Bahia – Democracia Socialista, Construindo um Novo Brasil, Movimento PT, Resistência Socialista e Coletivo Avante -, firmaram compromisso, nesta quarta-feira (30), em torno de diretrizes e se uniram com o lançamento de uma chapa para disputar o comando do partido no Estado. A iniciativa é tomada em resposta ao lançamento feito pelo senador Jacques Wagner de um candidato militante do MST para presidente do PT.

“Vamos construir o PED como instrumento de diálogo, de debate político e de afirmação de compromisso com a estabilidade política do PT”, afirma nota divulgada pelas tendências. “Com independência e protagonismo, o PT vai disputar os rumos e espaços estratégicos, no diálogo e sintonia permanente, comprometido com a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula”, completa.

As tendências consideram que o estado atual de condução do partido revela fragilidade política com as instâncias de base, que precisam ser superadas, com uma gestão plural, coletiva e com partilha de responsabilidades. “É o projeto coletivo que deve guiar nossa atuação”, enfatizam. “A atual conjuntura política impõe grandes desafios. Reorganizar o partido para oferecer esperança e alimentar os sonhos de um futuro coletivo, com mais dignidade e cidadania, deve ser o fio condutor de nossas ações neste PED”, destacam.

As forças políticas também reafirmam o compromisso o fortalecimento das bancadas do PT na Assembleia Legislativa da Bahia e na Câmara dos Deputados. “Garantir a ampliação de nossas bancadas é fundamental para defender e ajudar os governos de Jerônimo e Lula no próximo período”, reforça o grupo, ao apontar que o partido deve “impedir que projetos da direita carlista e da extrema-direita retomem o controle do Estado”.

Para isso, as forças políticas do PT propõem uma plataforma dividida em quatro eixos principais: Autonomia Partidária, Gestão Coletiva e Democrática, Atualização Programática e Fortalecimento Eleitoral. As correntes acrescentam, ao final, que a defesa de um PT mais presente, militante e dirigente é fundamental para a construção política nos municípios e no estado, garantindo direção colegiada e protagonismo político nas bases.

“O PT precisa de uma direção que esteja presente nos territórios, realizando reuniões em diferentes regiões, fortalecendo a militância e ampliando o enraizamento popular do projeto político do partido”, diz o texto.

Também estiveram nos encontros, realizados na terça-feira (29) e quarta-feira (30), o secretário da Casa Civil Afonso Florence, os deputados Zé Raimundo, Robinson Almeida e Josias Gomes, os vereadores Tagner Cerqueira (Camaçari) e Manoel Porfilio (Itabuna), os dirigentes petistas Gutierres Barbosa, Jonas Paulo, Ivan Alex, Ellen Coutinho, Tytta Ferreira, Everaldo Anunciação, Jessica Sinai, a deputada federal suplente Elisângela Araújo e o ex-vereador Arnando Lessa, entre outras lideranças.

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