Auditores reagem à possibilidade de secretário estadual comandar Receita

A possibilidade de Décio Padilha, presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e do DF), assumir a Receita Federal gerou incômodo entre auditores da categoria.

O motivo do desconforto é a origem de Padilha — ele é servidor da Secretaria de Fazenda estadual de Pernambuco. A avaliação é de que são estruturas tributárias muito distintas e que ele não teria conhecimento necessário para comandar o órgão.

A Receita tem histórico de rejeição de secretários fora de seus quadros de carreira. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), foi bastante crítica à nomeação do economista Marcos Cintra. A categoria se insurgiu contra a suscetibilidade de Cintra ao que classificava como ingerência política, e a demissão em massa de subsecretários e coordenadores gerais chegou a ser cogitada.

De acordo com informações de integrantes do comitê de transição, Décio Padilha conta com o apoio do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Por chefiar atualmente o grupo que reúne secretários de Fazenda e já vir participando das discussões, a aposta é de que ele consiga impulsionar o andamento de uma reforma tributária a partir do ano que vem.

O Painel tentou contato com a assessoria de imprensa de Padilha, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

Juliana Braga/Folhapress

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