Taxa de desemprego fica abaixo de 10% no Brasil.

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,8% no trimestre de março a maio, informou nesta quinta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a menor para esse período desde 2015, quando foi de 8,3%.

O resultado veio abaixo das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam taxa de 10,2%. Nos três meses imediatamente anteriores (dezembro a fevereiro), o indicador estava em 11,2%.

O número de desempregados, por sua vez, recuou para 10,6 milhões no trimestre até maio, de acordo com o IBGE. O contingente estava em cerca de 12 milhões nos três meses anteriores.

Pelas estatísticas oficiais, a população desempregada reúne quem está sem trabalho e segue à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra no cálculo.

Os dados divulgados pelo IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

O levantamento retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Após o baque gerado pela pandemia, o mercado de trabalho tenta se recuperar no Brasil. Segundo a Pnad, o número de desocupados chegou a romper a faixa dos 15 milhões no trimestre até maio de 2021, sob efeito da crise sanitária.

Com a derrubada de restrições e a reabertura da economia, houve um processo de retorno ao trabalho, e o desemprego passou a ceder ao longo do ano passado.

A reabertura de vagas, contudo, foi marcada por uma sequência de quedas na renda média dos trabalhadores.

O rendimento ficou mais enxuto em um contexto de volta dos informais ao mercado, disparada da inflação e abertura de empregos com salários mais baixos, dizem economistas.
Leonardo Vieceli/Folhapress

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