Ucrânia: "Eliminar últimos soldados em Mariupol porá fim a negociações de paz"

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alerta que eliminação dos últimos soldados ucranianos em Mariupol, cercados por forças militares russas, "porá fim a quaisquer negociações de paz" com Moscovo.
"A eliminação dos nossos militares, dos nossos homens [em Mariupol] porá fim a qualquer negociação [de paz]", declarou Zelensky, em entrevista ao 'site' de informação Ukraïnska Pravda, alertando que as duas partes se encontram "num impasse".

Antes, o Presidente ucraniano tinha adiantado, neste sábado (16.04) que morreram entre 2.500 e 3 mil soldados ucranianos e que há cerca de 10 mil feridos.

Num balanço de perdas humanas, "Mariupol pode ser 10 vezes Borodianka", uma pequena cidade próxima da capital, Kiev, completamente destruída por ataques russos e palco de alegados abusos, disse Zelensky.

"E quantos mais casos como os de Borodianka houver, mais difícil será negociar", sublinhou.
"Derradeira batalha"

Em 11 de abril, o exército ucraniano anunciou estar a preparar-se para uma "derradeira batalha" em Mariupol, no mar de Azov.

"Será a morte para alguns de nós e a prisão para outros", escreveu na rede social Facebook a 36.ª brigada de fuzileiros, que integram as forças armadas ucranianas.
No dia seguinte, as autoridades ucranianas adiantaram que os combates fizeram entre 20 mil e 22 mil mortes em Mariupol, uma cidade portuária estratégica que em tempos de paz contava com 441 mil habitantes.
"Negociações em ponto morto"

As negociações entre as partes estão em "ponto morto" há vários dias e um conselheiro de Zelensky descreveu-as como "extremamente difíceis".

Por seu lado, o Presidente russo, Vladimir Putin, acusou os negociadores ucranianos de "falta de coerência".

Já hoje, as forças russas destruíram uma fábrica de armamento que produz tanques nos subúrbios de Kiev e oficinas de reparação de equipamento militar em Mykolaiv (sul), anunciou o Ministério da Defesa russo.

Os ataques ocorreram um dia depois de a Rússia ter avisado que iria intensificar a ofensiva contra Kiev, na sequência de incursões ucranianas no seu território. {https://bit.ly/3Maetor)
por:content_author: Lusa

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