Preço da gasolina continua com viés de baixa nas bombas, diz ANP

Foto: Tiago Queiroz/Estadão/Arquivo

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros manteve o viés de baixa esta semana, segundo a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) divulgada nesta sexta-feira (8). Foi a terceira queda seguida, depois da disparada provocada pelo mega-aumento da Petrobras.

A redução foi pequena, de apenas R$ 0,01 (ou 0,13%), para R$ 7,192 por litro. Desde que atingiu o pico de R$ 7,267 por litro, na semana seguinte ao reajuste, o preço médio do combustível caiu 1% nas bombas. O movimento pode ser explicado pela competição entre os postos por clientes.

O congelamento do ICMS pelos estados também ajudou a manter os preços nas últimas semanas, já que o repasse da alta das bombas para o imposto acabava gerando novos aumentos nos preços finais. O ICMS da gasolina está congelado desde novembro.

No fim de março, em meio a discussões sobre a mudança na fórmula de cálculo do ICMS do diesel, os governos estaduais decidiram prorrogar o congelamento do imposto sobre a gasolina até o fim de junho. Assim, o valor de referência para a cobrança não é alterado a cada 15 dias, como ocorre normalmente.

Segundo a pesquisa da ANP, o preço médio do etanol hidratado ultrapassou novamente a barreira dos R$ 5 por litro esta semana, chegando a R$ 5,014. A alta do biocombustível deixa o motorista sem opção na hora de encher o tanque na maior parte do país.

Segundo dados da ANP, o etanol é hoje competitivo em relação à gasolina e apenas cinco estados. Os usineiros alegam que houve grande demanda nos últimos meses, pressionando o preço. A expectativa é que os valores comecem a baixar nas próximas semanas, com o início da colheita de cana-de-açúcar.

O preço do óleo diesel ficou praticamente estável esta semana, em R$ 6,600 por litro, menos de R$ 0,01 acima do verificado na semana anterior.

O mesmo ocorreu com o preço do botijão de gás, que caiu R$ 0,10, ou 0,07%, para R$ 113,54. Nesta sexta, a Petrobras anunciou corte de 5,5% no preço de venda do combustível em suas refinarias. A queda é pequena, de R$ 3,27 por botijão de 13 quilos e só será sentida a partir da próxima semana.

O preço do GNV (gás natural veicular) subiu 0,6% na semana, para R$ 4,765 por metro cúbico.

Os repasses do mega-aumento de preços dos combustíveis em março foram os principais responsáveis pela disparada da inflação no mês, quando o IPCA teve a maior alta para o período desde 1994, antes da implantação do plano real.

Nicola Pamplona/Folhapress

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