Ausência de PP e de Prates em CPI dos Respiradores levanta suspeitas sobre proteção a Leão

Foto: Ascom / Seplan / Arquivo

Os deputados do PP na Assembleia Legislativa da Bahia resolveram boicotar a CPI dos Respiradores, cujo requerimento foi protocolado nesta terça-feira (26) pela oposição. A decisão foi entendida no próprio governo como uma forma de evitar expor o vice-governador João Leão, do PP, que hoje é candidato ao Senado na chapa do candidato a governador do União Brasil, ACM Neto.

Num suposto depoimento que um dos investigados teria dado à época em que as apurações foram iniciadas, o nome do empresário Cléber Isaac aparece relacionado com indicado por Leão para participar das tratativas para a compra mal-sucedida dos 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste.

Dos 28 deputados que a oposição possui na Casa, 21 assinaram o requerimento para instalação da CPI. Seis do PP – Aderbal Caldas, Antônio Henrique Jr, Eduardo Sales, Luiz Augusto, Nelson Leal e Niltinho -, além do ex-secretário municipal de Saúde, Léo Prates (PDT), não assinaram o documento que poderia iniciar investigações no âmbito da Assembleia baiana.

O advogado Frederico Matos, que representa Leão em interpelação judicial movida por ele contra Isaac, diz que o empresário negou, ao ser interpelado, ter citado ou se apresentado como indicado do vice-governador na negociação.

“O empresário respondeu à nossa interpelação, que tramitou na 12ª Vara Criminal de Salvador, sob o número 0506234-25.2020.8.05.0001, negando a citação ou qualquer alusão ao nome de João Leão ou ligação com o próprio”, disse o advogado de Leão.

Matos ainda destacou que o empresário afirmou que jamais teria tratado do assunto com o vice-governador que, na ocasião, era secretário de Desenvolvimento Econômico. Isaac é um dos investigados na Operação que apura a compra dos equipamentos.

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