"Não é apenas a Ucrânia sob ataque russo: é a Europa, é o mundo inteiro"

O embaixador ucraniano na ONU considerou que Rússia está "furiosa com a solidariedade internacional para com a Ucrânia", pelo que retaliou com "crimes de guerra” contra a humanidade.

© Michael M. Santiago/Getty Images

O embaixador ucraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergiy Kysly, condenou as "mentiras" do embaixador russo, Vassily Nebenzia, ditas durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança desta sexta-feira. Mas ironizou: “Todos estamos habituados às mentiras”

O diplomata citou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que esta manhã afirmou que a noite passada “poderia ter sido o fim da História da Ucrânia e da Europa” devido aos ataques de tropas russas na central nuclear de Zaporizhzhia, e realçou que "todos os dias temos provas de que não é apenas a Ucrânia que está sob ataque russo: é a Europa, é o mundo inteiro, é a humanidade, é o futuro das próximas gerações".

"A Rússia parece furiosa de que os seus planos de invadir rapidamente a Ucrânia já falharam", acusou, acrescentando que o povo ucraniano "continua a lutar corajosamente pela sua liberdade".

Na ótica do diplomata, a Rússia está também "furiosa com a solidariedade internacional para com a Ucrânia", pelo que retaliou com "crimes de guerra” contra a humanidade.

“A Rússia nem os tenta esconder”, apontou, recordando que várias zonas residenciais têm sido bombardeadas, causando vítimas entre os civis.

“Mas não é o suficiente para a Rússia, porque ontem cometeram um ato de terrorismo nuclear, ao bombardear e capturar a central nuclear de Zaporizhzhia”, resultando num incêndio que provocou a morte a “várias pessoas”.

“As mentiras do embaixador russo não são surpreendentes. Ele pode não estar devidamente informado pela sua capital”, recordando que, em várias reuniões, não tinha “a menor ideia daquilo que o presidente russo planeava”

As centrais nucleares de Zaporizhzhia e de Chernobyl estão sob controlo das forças russas. Hoje, o embaixador russo na ONU defendeu que ambas “permanecem a funcionar” e os soldados russos “não interferem” no trabalho dos operacionais.


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