Clássico avião soviético Antonov An-12 retorna ao Brasil para buscar foguete

Um Antonov An-12 durante decolagem no Aeroporto de Kastrup em Copenhagen, Dinamarca
Foto: Jakob Dahlgaard Kristensen/Wikimedia Commons/Arquivo
O clássico avião soviético Antonov An-12 retorna ao Brasil neste sábado (19) para transportar um foguete produzido em São José dos Campos, no interior de São Paulo, pelo IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço).

O modelo, fabricado pela ucraniana Motor Sich, é um quadrimotor turboélice, e começou a ser feito no final da década de 1950, operando na URSS e países próximos.

Ele ganhou vários apelidos devido à grande fumaça emitida pelos seus motores Ivchenko AI-20, além de seu barulho característico. O modelo ainda é operado por diversos pequenos operadores civis e algumas forças aéreas, inclusive da Rússia.

O ​An-12 está no Aeroporto do Recife, após voar de Cabinda, em Angola, até Pernambuco, passando por Abuja, na Nigéria, e Dacar, no Senegal.

A previsão é que ele chegasse em São José no início da tarde deste sábado. Fotógrafos locais registraram a pouso do modelo no Recife.

O instituto, sediado em São José dos Campos e submetido ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), desenvolve o Veículo Lançador de Satélites e os próprios satélites, tendo algumas funções similares do JPL da NASA. ​

No instituto, é fabricado o foguete suborbital VSB-30 (Veículo de Sondagem Booster – 30), desenvolvido em conjunto com os alemães do DLR, e capaz de levar até 400 kg de carga como satélites até uma altitude máxima de 270 km.

O primeiro lançamento foi em 2004 e até hoje foram feitos 30. A maioria tem sido feita no Esrange (European Spaceresearch RANGE), construído pela Agência Espacial Europeia e de posse da Corporação Sueca do Espaço, já que é localizado na cidade de Kiruna.

E o próximo lançamento será em breve, novamente na Suécia. E para isso a Motor Sich foi novamente contratada para levar cinco motores que compõem o VSB30, segundo a Aeroin.

Dentre estes operadores está a Motor Sich Airlines, companhia aérea pertencente à fabricante de motores homônima, que produz os motores para os “irmãos maiores” do An-12, os gigantes An-124 Ruslan e An-225 Myria, o maior avião comercial do mundo.

Carlos Martins, Folhapress

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