Ex-presidente da Braskem é condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos

Foto: Paulo Giandalia/Estadão/Arquivo
José Carlos Grubisich, ex-presidente da petroquímica brasileira Braskem, foi condenado nesta terça-feira, 12, a 20 meses de prisão nos Estados Unidos. De acordo com comunicado oficial da Justiça americana, Grubisich desviou centenas de milhões de dólares da Braskem para um fundo secreto e pagou subornos a funcionários do governo, partidos políticos e outros no Brasil para reter negócios. Além da prisão, Grubisich terá de pagar US$ 2,2 milhões de indenização.

O executivo se declarou culpado em abril por participar de um esquema de propina que envolvia a Braskem e seu controlador, o grupo Odebrecht. Grubisich foi preso no fim de 2019 ao viajar de férias para os Estados Unidos e, desde então, respondia a processo no país.

A sentença desta terça-feira foi dada pelo juiz Raymond Dearie, de Nova York – a divisão de corrupção internacional do FBI do Estado também está investigando o caso. “Grubisich e aliados desviaram aproximadamente US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que Grubisich e outros geraram por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada controladas secretamente pela Braskem”, disse a Justiça do país no comunicado.

Em dezembro de 2016, Braskem e Odebrecht concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões em um acordo relativo a pagamentos de propina que foram investigados conjuntamente por autoridades do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça. A Odebrecht foi rebatizada para Novonor.
Estadão Conteúdo/

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