Líderes de partidos atualizam discurso e agora dizem que plenário da Câmara será bom para matar voto impresso

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/
Decisão de envio ao Plenário tomada por Arthur Lira (PP-AL) causou surpresa em um primeiro momento

Líderes partidários que esperavam que a PEC do voto impresso desaparecesse após a derrota por 23 a 11 na comissão especial falaram inicialmente em surpresa com a decisão de Arthur Lira (PP-AL) desta sexta (6) de levá-la a plenário, mas depois passaram a tratá-la como positiva.

Eles avaliam que o assunto pode morrer no Congresso após a votação e que Lira tinha isso em vista. Por outro lado, o presidente da Câmara tem dito nos bastidores que esse é um tema que não pode ter vencedores e perdedores.

Lira sinaliza em conversas que se a proposta do governo perder no plenário uma articulação administrativa deve ser iniciada. Uma das possibilidades, como mostrou o Painel, seria negociação com o TSE para conseguir aumento do número de urnas com testes de integridade.

“Estou de acordo com a decisão de Lira. Temos que virar essa página, é uma discussão que não deveria ter acontecido. Eu acredito e confio na inviolabilidade das urnas”, diz Gilberto Kassab (SP), presidente do PSD.

“O presidente agiu dentro do que determina o regimento. Faço apelo para que ele paute na semana que vem para tirarmos isso da frente e discutirmos o que é importante para o país: vacina, emprego e comida”, afirma Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados.

No entanto, aliados de Bolsonaro não acreditam que ele aceitará resultado negativo e retomará essa bandeira até as eleições, radicalizando sempre que achar necessário para mobilizar sua base.

Para aprovar uma PEC são necessários ao menos 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em votação em dois turnos. Para valer nas eleições de 2022, a proposta teria que ser promulgada até o início de outubro deste ano.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

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