Faroeste: Ex-senador e ex-secretário seria o “Pinheiro” a que Gesivaldo se refere em aúdio

Foto: Divulgação/Arquivo

Nos meios jurídicos e políticos a especulação é a de que o “Pinheiro” a que o desembargador Gesivaldo Brito se refere em áudio enviado à colega Maria do Socorro Santiago sugerindo que ela fizesse pressão sobre o governador Rui Costa (PT) para que intercedesse junto ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, em favor de investigados pela Operação Faroeste é o ex-senador e ex-secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro.

O áudio veio a público numa manifestação que a subprocuradora geral da República Lindora Araújo dirige ao ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, defendendo a manutenção da prisão preventiva da desembargadora Ilona Reis. Na mensagem obtida pela Faroeste e reproduzida por Lindora, Gesivaldo diz pressentir que algo estranho está ocorrendo porque Toffoli não está recebendo nem “Pinheiro”.

“O pessoal tá comentando que TOFOLI tá ligando pra RUI, tem alguma coisa de errado porque o TOFOLI não tá nem recebendo PINHEIRO o GENERAL sabe todo mundo que ele recebe, o GENERAL, há dias atrás já tinha me comentado, direto, sempre tinha me comentado, que ele não quer saber de papo com … éééé… com esse PINHEIRO, nem com
aquele ex-deputado OSMAR SERRAGLIO, que também vai lá pra ele receber e ele não recebe … aí tão falando que TOFOLI mandou mensagem pra RUI? Tem alguma coisa de errado, eu se fosse o Senhor, a Doutora SOCORRO hoje está com a cabeça tranquila por causa desse negócio aí que aconteceu, graças a Deus, eu fosse … pegava a Doutora SOCORRO ia pra cima de RUI, eu acho que o Senhor tinha que ir pra cima de RUI com a Doutora SOCORRO pra matar esse problema”, afirma o desembargador, segundo a manifestação da subprocuradora.

O fato de Pinheiro ser muito próximo a Toffoli e também de ser genro do advogado Marcelo Junqueira Ayres, que era assessor de Ilona, é o que reforça a tese que circula nos meios jurídicos de ser ele a quem Gesivaldo se refere. Pinheiro foi fundamental para que Ayres tivesse sido nomeado juiz do Tribunal Regional Eleitoral e fazia parte do grupo que trabalhava pela eleição do genro ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, junto com a desembargadora presa.

No mesmo texto, Lindora Araújo diz ainda que Maria do Socorro, então presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, seria próxima ao governador Rui Costa e à sua mulher, Aline Peixoto.
Política Livre

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