Bahia lidera ranking de mortes violentas com mais de 50% de casos do segundo colocado; oposição critica governo

Foto: Divulgação

A Bahia manteve a liderança do ranking de mortes violentas com mais de 50% de casos em relação ao segundo colocado no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Monitor da Violência, do site G1, divulgado nesta segunda-feira (31). O Estado registrou 1.449 ocorrências, entre homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, enquanto o segundo colocado, Rio de Janeiro, aparece com 964 casos.

Para o deputado estadual Sandro Régis (Democratas), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a situação é reflexo do abandono da área da segurança pública pelos governos do PT na Bahia ao longo dos últimos 14 anos. Como exemplo, Régis cita a redução de 7,6% no orçamento da segurança pública em 2021 em comparação a 2020 – o valor saiu de R$ 5,2 bilhões para R$ 4,8 bilhões.

“Ano após ano nós estamos vendo números alarmantes de baianos assassinados sem que o governo adote políticas efetivas para reverter esse quadro. Já são anos de liderança do nosso estado no ranking de homicídios. Pais, mães, filhos, irmãos, primos, sobrinhos, todos vítimas de uma realidade imposta por um governo que não tem demonstrado preocupação e cuidado com a vida das pessoas”, lamentou Régis.

Em comparação com o país, a Bahia representa 13,5% das mortes violentas registradas no Brasil de janeiro a março deste ano – foram 10.663 registros. Régis acrescenta que a falta de prioridade na segurança fica evidente com a redução de orçamento da área, além do abandono da educação e da falta de políticas efetivas para a área social.

“Sempre gosto de ressaltar que segurança pública envolve também educação e social. O fato de a Bahia liderar o ranking de homicídios está relacionado aos péssimos números da educação no estado, que tem o terceiro pior ensino médio do país e a maior taxa de analfabetismo. Além disso, somos o estado com maior número de pessoas extremamente pobres, segundo o IBGE”, afirmou.

“Infelizmente, esse governo diz que cuida de gente, mas, na prática, abandonou as pessoas. É o governo que não investe nas polícias e se mostrou incompetente em, por um lado, oferecer dignidade e oportunidades às pessoas e, por outro, em combater o crime organizado no nosso estado. As pessoas estão aterrorizadas e o governo não consegue resolver. Precisamos, sem dúvidas, de um novo projeto para a Bahia”, salientou.

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