‘Brasil tem que levar a sério’ a pandemia de Covid-19, afirma OMS

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus/Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Brasil tem que levar a sério” a pandemia de Covid-19, não só em benefício de sua própria população mas porque está prejudicando os países vizinhos, afirmou nesta sexta (5) o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Se o Brasil não for sério, toda a América Latina será afetada. Seriedade é muito importante agora”, afirmou Ghebreyesus, que citou o fato de que o país está na contramão da maioria do mundo.

“Enquanto em muitos países os números estão decrescendo, no Brasil estão crescendo sem parar”, disse ele, citando uma alta semanal de 140 mil casos e 2.138 mortes, em novembro, para 374 mil casos e mais de 8.000 mortes agora.

Sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que nesta semana chamou a preocupação com a pandemia de “frescura” e “mimimi” e repetiu mais de uma vez que “lockdown não funciona”, o diretor-geral disse que o Brasil precisa adotar “medidas de agressivas de saúde pública e sociais” que contenham a transmissão do coronavírus, ao lado de uma campanha intensiva de vacinação.

Ghebreyesus classificou a situação da pandemia no Brasil como muito grave e se disse “muito preocupado” com os rumos da doença. O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, também considerou crítica a situação do país “de norte a sul” e afirmou que “não é hora de relaxar”.

“A chegada da vacina traz esperança, mas não devemos achar que o pior já passou. Isso só faz o vírus se espalhar mais”, disse ele.

Ryan citou o que aconteceu na Europa durante os feriados de Natal e final de ano: “Uma mudança muito pequena no comportamento de um grande número de pessoas provocou alterações enormes na epidemiologia do vírus”.

Segundo ele, o Brasil deveria “ser muito cuidadoso e manter as medidas de prevenção ao contágio, por mais duras que sejam”.

Também sem citar nomes, o diretor-executivo disse que é preciso incentivar a adoção de restrições em vez de desvalorizá-las: “Temos que apoiar as comunidades que adotam medidas de cuidado e não criticar essas comunidades”.

Nos últimos dias, o presidente Bolsonaro voltou a criticar governadores e prefeitos que adotaram medidas tentar controlar a dispersão do Sars-Cov-2. Em discurso em Goiás, o presidente pediu “que governadores e prefeitos repensem a política do fechar tudo […] Vamos combater o vírus, mas não de forma ignorante, burra, suicida”.

Sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que nesta semana chamou a preocupação com a pandemia de “frescura” e “mimimi” e repetiu mais de uma vez que “lockdown não funciona”, o diretor-geral disse que o Brasil precisa adotar “medidas de agressivas de saúde pública e sociais” que contenham a transmissão do coronavírus, ao lado de uma campanha intensiva de vacinação.

Ghebreyesus classificou a situação da pandemia no Brasil como muito grave e se disse “muito preocupado” com os rumos da doença. O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, também considerou crítica a situação do país “de norte a sul” e afirmou que “não é hora de relaxar”.

“A chegada da vacina traz esperança, mas não devemos achar que o pior já passou. Isso só faz o vírus se espalhar mais”, disse ele.

Ryan citou o que aconteceu na Europa durante os feriados de Natal e final de ano: “Uma mudança muito pequena no comportamento de um grande número de pessoas provocou alterações enormes na epidemiologia do vírus”.

Segundo ele, o Brasil deveria “ser muito cuidadoso e manter as medidas de prevenção ao contágio, por mais duras que sejam”.

Também sem citar nomes, o diretor-executivo disse que é preciso incentivar a adoção de restrições em vez de desvalorizá-las: “Temos que apoiar as comunidades que adotam medidas de cuidado e não criticar essas comunidades”.

Nos últimos dias, o presidente Bolsonaro voltou a criticar governadores e prefeitos que adotaram medidas tentar controlar a dispersão do Sars-Cov-2. Em discurso em Goiás, o presidente pediu “que governadores e prefeitos repensem a política do fechar tudo […] Vamos combater o vírus, mas não de forma ignorante, burra, suicida”.

Ana Estela de Sousa Pinto, Folhapress

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