Apesar de atraso com insumos, Bolsonaro diz que China também precisa do Brasil

Mandatário afirmou que “não existe amor” em relações internacionais

Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil
Mesmo com a China atrasando a entrega de insumos para a fabricação de vacinas contra o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou problemas diplomáticos e afirmou que o país também precisa do Brasil. Em live semanal nesta quinta-feira (21), o mandatário disse que “não existe amor” em relações internacionais.

“O pessoal fala ‘ah, o Brasil precisa da China’ A China também precisa da gente. Ou tu acha que a China está comprando soja para jogar fora? (…) A relação entre países, qualquer país do mundo, tem interesse. Não existe amor, pessoal. Não tem amor. Qualquer país do mundo. Acho coisa rara acontecer. Tem interesse. Interesse qual que é? Um comprar, o outro vender. Fazer negócio. E a China, logicamente, tem interesse no Brasil”, disse.

Durante a transmissão, que foi realizada ao lado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o presidente negou uma possível crise com a China e ainda a possibilidade de demitir o chanceler. Apesar de integrantes do alto escalão do Governo Federal acreditarem que o ministro não irá permanecer no cargo por muito tempo.

Na live, o chanceler também se pronunciou e tentou justificar o motivo de não manter diálogo com o país asiático.

“Tem gente que quer ver uma crise, quer criar invenções onde não existe. (…) Nosso embaixador em Pequim, na verdade, tem conversado porque é lá que precisa operar para conseguir os insumos da vacina dentro da burocracia chinesa, que é uma coisa normal”, afirmou o ministro.

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