O PT anda tão desorientado que segue até conselho de Dilma, por Raul Monteiro

Foto: Divulgação/Arquivo/
A ex-presidente Dilma Roussef, que perdeu para o atual chefe da Nação o posto de pior presidente que o país já teve


Um partido que atende a um apelo de uma figura como Dilma Rousseff para não votar neste ou naquele candidato à presidência da Câmara dos Deputados mostra que, além de ter entrado em completa e irrefreável decadência, efetivamente, perdeu todas as condições de liderar qualquer tipo de enfrentamento ao atual presidente da República. Muitos, em especial os anti-petistas, podem estar neste momento até festejando a completa desorientação que um partido que governou o país por 13 anos demonstra ao se sujeitar aos caprichos tardios de uma senhora nulidade. Em seu exercício oposicionista, fazem o seu papel, embora não levem em conta o destino arriscado que o país trilha.

Francamente, o que está em jogo não é acolher, com um atraso típico da lentidão mental da qual a ex-presidente virou sinônimo, para não falar algo pior, a mágoa de um personagem cuja mediocridade só não deve ser pior do que a do atual mandatário principal do Brasil. Permitir que a opinião de uma ex-presidente que não se sustentava em pé de tão ruim, tentou aplicar um estelionato eleitoral, levou o país ao caos e, junto com ele, o seu próprio partido, possa prevalecer em momento tão delicado, em que o que se busca é exatamente assegurar o eixo de contenção aos arroubos imperiais do atual presidente da República é fazer uma brincadeira, de extremo mau gosto, com o Brasil.

Pois dona Dilma, que nunca foi dona de nada, muito menos da própria cabeça nem dos votos com que se elegeu duas vezes, passou a fazer carga contra o apoio da bancada petista ao candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Baleia Rossi, alegando que é um deputado do mesmo MDB de Michel Temer que lhe deu um golpe. Ora, ora, Dilma nunca foi vítima de golpe nenhum! O que ela sofreu foi um muito bem aplicado impeachment provocado por sua completa ignorância política, devastadora incompetência gerencial e um despreparo e arrogância desenfreados típicos dos ignorantes que só agora encontrou um sucessor à altura. Para o seu desgoverno, não havia alternativa.

Era sua manutenção no comando do país ou o próprio país, pelo qual, felizmente, fizeram a opção correta os parlamentares que ajudaram a mandarem-na de volta para a insignificância de onde o ex-presidente Lula, deliciado com a atrasada ideia de ter um poste que não lhe fizesse, naturalmente, sombra, a tirou para, ele sim, levar dela um golpe. Depois de tudo isso, não é possível que os nobres deputados do PT na Câmara, entre eles baianos, tenham a capacidade de atender a um apelo desta cidadã contra uma articulação cujo objetivo é exatamente dar um freio às loucuras que o atual governo, se deixado solto, pode cometer. É claro que eles não acreditam que Dilma esteja fazendo uma reflexão política.

Então, por que se deixar levar por sua insurgência imprestável, incompatível com alguém que pensa e, principalmente, consegue articular um pensamento mínimo sobre as ameaças ao país? Custa crer que realmente o PT tenha se mediocrizado a tal ponto de decidir levar uma inânia como a ex-presidente em consideração num momento em que o que se espera é que, redimindo-se, ajude o Brasil a enfrentar uma crise que, por meio dela e de Lula, ajudou a criar. Aliás, se tivesse algum tirocínio, Dilma deveria, neste momento, estar calada e alegre com o fato de o atual chefe da Nação ter conseguido desbancá-la da posição de presidente mais incompetente que o Brasil já teve, jogando-a para um igualmente vexatório segundo lugar.

* Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Raul Monteiro*

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