Guedes diz que governo não suporta auxílio de R$ 600 por mês até o fim do ano

© Sérgio Lima/Poder360 O ministro Paulo Guedes (Economia)
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que o momento atual do Brasil não permite 1 aumento de gastos públicos. Em entrevista à Record News nesta 4ª feira (5.ago.2020), ele disse que o acréscimo nos gastos foi o que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e fez com que o PT perdesse a eleição presidencial de 2018.

“Se gastar mais fosse a chave do sucesso, não tinham perdido a eleição ou sofrido impeachment, alguns anos atrás. Se você foi cavando o buraco fiscal, cavando o buraco fiscal e acabou sofrendo impeachment, economia estagnada, aquilo tudo, como é que gastando mais é que nós vamos sair do buraco? Não é gastando mais“, analisou o ministro.

Guedes disse que não considera necessário gastar mais para que o presidente Jair Bolsonaro consiga ser reeleito: “Eu tenho que dizer assim: ‘Presidente, o senhor quer ser reeleito? Foi gastando menos que nós derrubamos juros, fizemos a reforma da Previdência, que é gastar menos, seguramos agora o salário do funcionalismo, e é isso que vai fazer o Brasil crescer’”.

O auxílio emergencial foi 1 dos temas discutidos por Guedes. O ministro argumentou que não tem como o governo manter o pagamento de R$ 600 por mês até o fim do ano. Disse que está analisando uma alternativa, mas não citou valores. “O auxílio emergencial tem uma camada de 2 ou 3 meses de proteção. Essa parte está equacionada, mas agora temos esse tempo para planejar daqui até o fim do ano“, disse Guedes.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Guedes voltou a defender a implementação de 1 imposto digital. Disse que quer desonerar a folha de pagamento e, para isso, busca a criação “de 1 novo imposto de base ampla“. Para ele, a medida é necessária para a criação de empregos. Argumentou que “onerando [a folha de pagamento] destruíram 50 milhões [de empregos]“. “Será que desonerando a gente consegue criar 5, 10, 15 [milhões de empregos]?“, questionou o ministro.

“Eu não peço que ninguém fale bem de imposto sobre o pagamento, eu só peço que falem mal do imposto sobre a folha”, disse Guedes.

Mais cedo, o ministro participou da videoconferência da comissão mista do Congresso que trata da reforma tributária. Segundo ele, chamar a proposta de nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é “maldade ou ignorância“.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria.