Saída de Moro atrai ao Brasil uma tempestade perfeita e devastadora sobre economia

Foto: Divulgação
A saída de Sérgio Moro do governo Jair Bolsonaro significa o fim do discurso do presidente da República contra a corrupção. Se a retórica nunca foi de verdade, agora está claro, para quem quiser ou não quiser ver, que era uma farsa.

Moro era, em essência, essa pauta no governo, uma pauta, aliás, que não se desenrolou como a sociedade esperava, a despeito da expectativa que sua extraordinária atuação no comando da Lava Jato projetava.

Não é por coincidência que o desligamento do ministro ocorre no momento em que, por outro lado, o presidente se abraça ao Centrão na expectativa de neutralizar um impeachment do qual perigosamente se aproxima.

Mas, lamentavelmente, não será apenas o impacto da decepção com um governo que começa a mostrar sua verdadeira face uma das principais consequências do pedido de demissão de Moro.

Seu afastamento, conjuminado com o abraço do governo no Centrão, a saída de um ministro da Saúde que acertava e agora o provável escanteio do titular da Economia, Paulo Guedes, criam um clima de instabilidade que terá um devastador impacto econômico sobre o país em meio à crise provocada pelo coronavírus.

Este é o motivo porque o dólar se eleva e as bolsas se estressam. Bolsonaro confirma para o país e o mundo que seu governo é uma montanha russa num filme de terror assustador.

E, sob cenário tão medonho, não é possível acreditar que investidores – nacionais ou estrangeiros – queriam se aproximar do Brasil, principalmente enquanto ele estiver no cargo de presidente da República, criando conflitos internos e externos, em sua totalidade, injustificáveis e inoportunos.

Cada um agarre no que puder, pessoal, porque o piloto que está montado manche e não quer abandoná-lo de jeito nenhum ainda reserva ao país uma rota, por sua escolha pessoal, de muito mais turbulência.

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