Promotoria entra com ação para que SP impeça cultos de Malafaia e Macedo

@Divulgação/Silas Malafaia
O Ministério de São Paulo entrou com ação pedindo liminar para obrigar o governo João Doria (PSDB) e a gestão Bruno Covas (PSDB) a impedirem cultos, citando nominalmente pastores como Silas Malafaia e Edir Macedo, e usar medidas administrativas contra estabelecimentos que insistirem em abrir.
A ação civil pública, contra estado e município, é assinada pelos promotores Dora Martin Strilicherk, Anna Trotta Yaryd e Arthur Pinto Filho. Eles pedem uma série de dados, como publicação de informações sobre número de contagiados, o número de suspeitos, e o número de mortes, entre outros. Também cobram reforço na fiscalização.
A ação leva em consideração que Doria emitiu apenas recomendação para que os cultos não sejam realizados e para que shoppings e academias fiquem fechados.
“Tendo em vista a proximidade do final de semana quando se realizam a maioria dos cultos religiosos, determinar medidas administrativas urgentes para garantir a suspensão imediata dos cultos/serviços religiosos em geral, bem tomar as providências cabíveis no âmbito administrativo, sanitário e penal para que líderes religiosos, dentre os quais Silas Malafaia e Edir Macedo, não convoquem seus fiéis e seguidores para a celebração de cultos”, afirma a peça.
Edir Macedo, da Igreja Universal, afirmou que o coronavírus é uma tática de Satanás. “Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas”, afirma Macedo
Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, por exemplo, tem dito que não diminuirá cultos nem fechará igrejas, e que só mudará de posição mediante decisão da Justiça.
Ao contrário de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, Doria emitiu apenas recomendações, enquanto o prefeito paulistano proibiu estabelecimentos. Por isso, a Promotoria também cobra endurecimento da fiscalização estadual.
Promotores pedem “a imediata fiscalização e aplicação das sanções administrativas/sanitárias, inclusive com a interdição administrativa dos estabelecimentos, caso necessário, e comunicação dos fatos à autoridade policial competente”.
Ação pede multas de R$ 10 mil para descumprimento dos itens requeridos à Justiça.
O governo estadual enviou nota à Folha afirmando que “que recomendou a suspensão de cerimônias, celebrações, missas ou cultos a partir de segunda-feira (23) e não o fechamento de templos e igrejas, que podem continuar a receber fiéis para orações e orientação religiosa individual, mas segundo regras específicas para mitigar a circulação do vírus”. “Contudo, se houver necessidade, poderá adotar medidas mais restritivas”, acrescentou.
Folhapress

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