Tudo nos leva a uma greve’, diz vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários

Foto: Reprodução/Sindicato dos Rodoviários
Terminou sem acordo a primeira reunião entre representantes dos rodoviários e do sindicato patronal, mediada pela Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT-BA).
O encontro ocorreu nesta terça-feira (2), sob coordenação da superintendente Gerta Schultz, que já havia atuado no processo de negociações em anos anteriores. De acordo com os trabalhadores, “os empresários não estão dispostos a negociar”.
“Tudo hoje nos leva a uma greve. Infelizmente a gente vê a nossa campanha salarial sem uma luz no fim do túnel. Os empresários continuam sem fazer uma proposta que contemple os trabalhadores. Eles desdenham da categoria. A gente vê nossa campanha salarial desnorteando para uma greve”, disse ao bahia.ba o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo.
De acordo com ele, outra reunião foi agendada para o dia 10 de maio, às 10h30, na sede do SRT-BA. “Antes disso a gente deve fazer uma assembleia. Certamente também terá passeata. Na próxima semana já deveremos estar em estado de greve, deixando correr os trâmites para uma greve geral por tempo indeterminado”, afirmou.
Segundo o assessor de relações sindicais da Integra (Associação das Concessionárias do Serviço de Transporte Público de Passageiros por Ônibus Urbanos de Salvador), Jorge Castro, durante a reunião, a superintendente Gerta Schultz “fez alguns posicionamentos e mandou fazer o dever de casa”. Questionado sobre quais seriam, ele se limitou a dizer:
“Dá um toque para o Ministério do Trabalho. Ela que fez, então é bom que ela mesmo transmita para vocês. Eu vou ficar apenas como receptor da mensagem”.
A reportagem tentou contato com o SRT-BA, mas não conseguiu um posicionamento até esta publicação.
Reivindicações – Consta na pauta de reivindicações dos rodoviários reajuste salarial de 8%, aumento de 15% no tíquete-alimentação e um ônibus equipado para atender demandas jurídicas dos trabalhadores nos terminais.
O sindicato patronal propôs, até o momento, reajustar o salário em 2,7%, mas a categoria recusou por unanimidade.

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