Associação de Jornalismo Investigativo cobra punição de PMs por violência

O fotógrafo Sérgio Silva, da Futura Press, foi atingido pela PM no olho esquerdo Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota nesta sexta-feira condenando veementemente os "ataques deliberados da Polícia Militar à imprensa" durante o protesto de quinta-feira contra o aumento da tarifa de transporte coletivo em São Paulo. O texto exigiu punição aos policiais autores dos abusos. "A Abraji cobra dos responsáveis que os agentes envolvidos nas agressões físicas contra repórteres e manifestantes sejam identificados e punidos."

O órgão também cobrou que as autoridades estaduais esclareçam os motivos da violência policial registrada na manifestação. "A Abraji também espera uma explicação oficial da Secretaria de Segurança Pública para a prisão de todos os jornalistas detidos."
"Impedir o repórter de realizar seu trabalho é violentar toda a sociedade; é atentar contra a democracia", diz a nota. "Pelo menos quinze jornalistas foram feridos pela Polícia Militar durante a manifestação dessa quinta-feira. Outros dois repórteres foram detidos", afirmou a Abraji.
Jornalistas agredidos e presos por PMs
Vários repórteres e fotógrafos que cobriam o protesto na noite de quinta-feira foram presos ou agredidos por policiais militares enquanto trabalhavam. O repórter do Terra Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete no braço por um PM, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Vagner alertou os policiais que é repórter e que estava trabalhando no local, mas foi agredido. Os PMs ainda lançaram bombas sobre um grupo de jornalistas que partiu em sua ajuda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria.