Prefeito de Cansanção contratou empresa em nome de sobrinho; vereador acusa gestor de montar esquema
O prefeito reeleito de Cansanção, Ranulfo Gomes (PSD),
contratou por diversos meios de licitação a empresa G. S. Informática –
de nome empresarial G. S. de Oliveira ME – para prestar uma série de
serviços à administração municipal, desde o fornecimento de material de
expediente ou didático até aparelhos de ar condicionado, ou mesmo
suprimentos de informática. Nos contratos com a prefeitura, a empresa é
representada por Gabriel Santos de Oliveira, sobrinho da primeira-dama
Vilma Rosa de Oliveira Gomes, também secretária de Saúde. Uma publicação
do Diário Oficial da prefeitura de Cansanção no dia 6 de abril de 2011
dá uma ideia da quantidade de recursos obtidos pela G. S. Informática.
De acordo com homologação do pregão presencial 021/2011, a empresa foi
vencedora de 10 lotes para “suprir necessidades das secretarias
municipais”, o que representava aproximadamente R$ 385 mil. A
proximidade entre o gestor e seu sobrinho é tanta que, em 2 de dezembro
de 2009, Gabriel constituiu Ranulfo seu procurador e lhe conferiu
autoridade para movimentar sua conta bancária no Banco Bradesco, segundo
certidão do Cartório 1º do Tabelionato de Notas com Funções de
Protestos da Comarca de Cansanção. O fato levantou a suspeita de que
Gabriel poderia atuar como laranja do político, que seria o verdadeiro
proprietário da G. S. Informática. Em extrato do contrato 003/2011, o
endereço informado como sede da empresa (Avenida Monte Santo, 346) é o
mesmo do prefeito e de Gabriel. Segundo o vereador Cirilo Damasceno
(PSDC), em entrevista ao Bahia Notícias, o gestor montou um esquema que
incluiria outras empresas para se beneficiar em contratos com a
prefeitura. “Todas as licitações são vencidas pelas empresas do próprio
gestor, que estão em nomes de laranjas. Ele está beneficiando ele e a
família; compra dele mesmo. É um prefeito procurador”, acusou Damasceno,
que entrou com representações no Ministério Público Estadual e uma
notícia-crime no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). De acordo com o
vereador, também fariam parte do esquema as empresas M Neves de
Oliveira – contratada para locação de veículos – e a E. S. de Oliveira
ME, que forneceu combustível para a prefeitura.
Informações Bahia noticias
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