Bancários entram em greve nacional

Os bancários decidiram pela greve
Os bancários decidiram pela greve
Os bancários iniciaram à zero hora desta terça-feira (17), greve na Bahia por tempo indeterminado. A deliberação foi referendada em assembleia sindical realizada na noite de ontem no ginásio de esportes dos Bancários da Bahia, na Ladeira dos Aflitos.
A paralisação atinge também as demais agências bancárias - públicas e privadas - do território nacional. O objetivo da classe é pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a apresentar uma contraproposta que atenda às reivindicações da categoria.
Até o início da noite de segunda-feira, a assessoria de comunicação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), estrutura paralela à Fenaban, informou que não tem ‘nada a comentar’ sobre a greve dos bancários.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.416,38 (atualmente é R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da décima terceira cesta-alimentação, além da criação do décimo terceiro auxílio-refeição.
Os funcionários querem ainda mais contratações, proteção contra demissões sem motivos e fim da rotatividade.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA), Euclides Fagundes Neves, parte das agências de Salvador e do interior já amanhceu fechada. As demais devem interromper os serviços gradativamente até atingir a totalidade no Estado. No entanto, o atendimento por meio de caixas de auto-atendimento continua a funcionar normalmente para atender os clientes.
Euclides disse ainda que a expectativa é que a paralisação dos bancários seja duradoura e que todas as 660 agências bancárias (260 na capital e 400 no interior), em que o sindicato representa no Estado, fiquem de portas fechadas. Os agrupamentos que representam os municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Jacobina, Irecê, Juazeiro e região do Extremo Sul da Bahia, também aderiram ao movimento.
No ano passado, a classe cruzou os braços por 21 dias. À época, a greve do setor contou com participação recorde da base - que atualmente conta com cerca de 508 mil bancários.
A greve não pode prejudicar o consumidor, que deve buscar meios alternativos para quitar as dívidas. Quem precisar pagar uma conta e encontrar a agência fechada deve tentar fazer o pagamento utilizando caixa eletrônico, internet, telefone e correspondentes bancários - como, por exemplo, lotéricas e alguns hipermercados que oferecem o serviço.
Conforme o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o atraso no pagamento não deve gerar penalidades ao consumidor. Caso o pagamento não seja possível, a dívida não poderá ser cobrada com juros ou multa. Contudo, é interessante manter alguma prova da tentativa de pagamento, como uma foto tirada do celular mostrando que a agência estava fechada, para evitar tais cobranças.
Caso o consumidor tentar pagar a conta, não conseguir e ainda assim foi cobrado de multa ou juros pelo atraso, ele deve fazer o pagamento, para não ter o nome incluído em cadastros de proteção ao crédito. Depois, deve registrar queixa no Procon ou nos Juizados Especiais Cíveis.
Fonte tribuna da Bahia
 

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