Rotina de posto de saúde é alterada por guerra entre traficantes, dizem pacientes e funcionários

Moradores de Paripe e funcionários da Unidade de Saúde da Família do Bate Coração denunciam o fechamento do posto em diversas ocasiões por causa de conflitos entre traficantes da localidade e da Fazenda Coutos 3. Segundo relatos colhidos por uma reportagem do A Tarde, não foram poucas as vezes em que tiroteios ou ordens de bandidos interromperam o funcionamento da unidade médica. “Já aconteceu de chegar aqui e ter que voltar porque os traficantes tinham mandado fechar. Se tiver tiroteio, não tem como funcionar. Aqui fica no fundo de Fazenda Coutos”, afirma Bárbara Lorena, paciente do posto. “A guerra é intensa. Se chegar por aqui um morador de Fazenda Coutos 3, a gente é quase impedido de realizar qualquer tipo de procedimento. Ficamos no meio da guerra. Se a gente não atende, ficamos jurados; se atende os daqui, pedem nossa cabeça. E aí, no desespero, a gente faz o quê?”, questiona uma funcionária, que preferiu não se identificar por medo de sofrer represália. A assessoria da Secretaria Municipal da Saúde informou que desconhece a situação descrita e o gerente da unidade, Ricardo Miranda, disse que “já existiu isso, mas hoje é tudo mais tranquilo”. O delegado Antônio Carlos Magalhães dos Santos, da 5ª DT, reconheceu a ocorrência de episódios do tipo, mas afirmou que a situação ficou mais tranquila após a prisão do traficante Índio e o desaparecimento de Neguinho do Bate. 

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