Assistência técnica para comunidades quilombolas direciona ações para as mulheres

Marcelino Galo fala para mulheres do MST durante visita ao acompamento Margarida Alves no extremo sul - FOTO Vitor Fernandes.jpg

Cerca de 4.500 famílias de 39 comunidades quilombolas em estados como a Bahia, Pernambuco, Maranhão e Minas Gerais terão, a partir de fevereiro, assistência técnica rural pela atuação de 65 profissionais, que trarão a atenção especial para as mulheres do campo. Essa ação é do governo federal, por meio do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A iniciativa foi destacada pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT), que enfatizou a importância da capacitação para técnicos rurais que vão trabalhar em comunidades quilombolas.

“Esses técnicos, em fase de capacitação, darão organicidade realizando mutirões de documentação, auxiliando na criação de cooperativas e de associações e estimulando a superação das diferenças de gênero no campo”, declara Galo. Ele aponta os dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que “revelam que um entre cada quatro brasileiros que vivem no campo está em situação de extrema pobreza. No Nordeste, 48,5% dessa população é mulher e historicamente, principalmente no meio rural, as mulheres são as mais afetadas pela extrema pobreza”.

O parlamentar avalia que o direcionamento para as mulheres é fundamental para modificar os índices de pobreza no estado. “Nas comunidades quilombolas a serem visitadas pelos técnicos, a orientação é criar mecanismos para as mulheres acompanharem o diagnóstico e a elaboração dos projetos produtivos individuais e coletivos. Esses mecanismos vão desde a criação de espaços recreativos para as crianças, que propiciem tempo livre às mães para participar das discussões, até o método de abordagem dos técnicos ao fazer as entrevistas em cada residência”.

Galo ressalta também que “no Brasil, entre as mulheres em extrema pobreza do meio rural chefes de família, 1,6 milhão não têm rendimento próprio. O menor acesso das moradoras do campo aos recursos fica mais claro nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios [Pnad] de 2009. A pesquisa mostra que, enquanto um homem recebe, em média, R$ 84 mensais pelo trabalho na produção agrícola, o rendimento médio delas é de apenas R$ 9 mensais”.

Ascom do deputado Marcelino Galo

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