Polícia procura carga de explosivos roubada em mineradora


A polícia de Brumado, a 654 km de Salvador, está mobilizada, nesta segunda-feira (25), na busca a um carregamento com 130 kg de explosivos que foram roubados da Mineradora Magnesita, na madrugada desse domingo (24).
Policiais temem que a carga tenha deixado a região camuflada no bagageiro de veículos de passeio. Contudo, o material também pode ter sido deslocado em bagageiros de ônibus ou van, escondido em mochilas, caixas de papelão ou sacolas. Todas essas hipóteses são mantidas pelos investigadores, que continuam em campo, nos arredores da Vila de Catiboaba, a 10 km do centro da cidade.
Além de Brumado, a mobilização acontece em todas as cidades vizinhas, no Centro Sul da Bahia. O temor é que os explosivos usados para extração de minério e com elevado poder de destruição, sejam utilizados em assaltos a bancos e caixas eletrônicos, como já ocorreu este ano em Aracatu e Caetanos, sudoeste do Estado.
Além das polícias civil e militar, as buscas contam com apoio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), mobilizada em revista a veículos suspeitos que trafegam pelas rodovias que cortam o município. A falta de imagens do sistema de vídeomonitoramento dificultam o trabalho investigatório.
O delegado Elvander Miranda, coordenador regional de polícia que apura o caso, não fornece detalhes das investigações por se tratar de um trabalho minucioso de inteligência. Ele também não sustenta uma eventual participação ou facilitação de funcionários da empresa, situada na Vila de Catiboaba, a cerca de 10 km do centro de Brumado.
A direção da Magnesita ainda não se manifestou. Ainda não se sabe como os bandidos tiveram acesso à sede da empresa, muito menos como conseguiram localizar e chegar ao depósito de produtos controlados, o que pode ser esclarecido a partir das análises de imagens dos circuitos externo e interno de vídeo.

Cerca Elétrica – Para ter acesso ao depósito da multinacional os bandidos cortaram sete fios de arames, transpuseram uma cerca elétrica, abriram um buraco num dos muros internos e arrombaram dois cadeados.
Miranda diz que ainda não se sabe quantos são, nem quem são os suspeitos. Ele não quis comentar sobre uma provável participação de funcionários ou ex-funcionários no esquema, mas assegurou que grande parte da população da vila conhece o esquema de funcionamento da Magnesita, incluindo o manuseio dos explosivos.
No final da manhã dessa segunda-feira, 25, a direção da empresa, instalada em Brumado em 1939, divulgou nota sobre o episódio, informando que “a Magnesita Refratários informa que já comunicou oficialmente ao Exército e à Polícia que foi vítima de furto de explosivos na unidade de Brumado”.
Ainda conforme a nota, emitida por meio da responsável pelo setor de Relações com a Mídia, Daniela Moll, “a companhia está colaborando com as autoridades para a investigação do caso, que segue sob sigilo”.
A tarde

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